Cinco cidades com maior ocorrência de raios da PB ficam no Sertão, diz ELAT, órgão ligado ao INPE.
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A Paraíba tem o 6º menor índice de raios por quilômetro quadrado (km²)
do Brasil. De acordo com levantamento do Grupo de Eletricidade
Atmosférica (ELAT), ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE), a cidade que mais tem incidência de raios no estado é Bom Jesus,
no Sertão, com a média de 6,61 descargas por km² por ano. A média no
país, nos últimos seis anos, são de 77,8 milhões por ano.
Na Paraíba, a densidade é de 1,4 raio por quilômetro quadrado, segundo o
ELAT - 12,2 vezes menor que a densidade do Tocantins, estado com a
maior incidência de raios do Brasil. Os segundo e terceiro lugar
pertencem ao Amazonas e ao Acre, cada um com 15,8 raios por quilômetro
quadrado, em média.
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Raios na Paraíba
As cinco cidades com mais raios por quilômetro quadrado no estado, além
de Bom Jesus, são São Domingos de Pombal - 4,72 raios/km² -, Santa
Helena - 4,64 raios/km² -, Carrapateira - 4,31 raios/km² -, São José da
Lagoa Tapada - 4,15 raios/km² - e São Francisco - 3,84 raios/km². Todas
as cidades que figuram entre as cinco mais da Paraíba ficam no Sertão do
estado.
94,3 milhões de raios no Brasil
O estudo apresentado pelo órgão do INPE contrariou um levantamento
feito em 2002 que dizia que, no Brasil, a incidência era de 55 milhões
de raios. Segundo o relatório, isso se deve à tecnologia na época que
não era tão avançada como a de hoje, onde é possível monitorar 99% das
tempestades do país e conta também os raios que não tocam o chão, diz o
ELAT.
Em 2012 foi o ano que mais apresentou incidências de raios, onde foram
registrados 94,3 milhões no país. No ano 2013 foram 92 milhões, em 2014
foram 62,9 milhões e em 2015 foram 68,6 milhões de raios, ano em que um
acréscimo é observado devido ao registro do evento climático El Niño -
responsável pelo aumento acentuado dos raios nas regiões sul e parte das
regiões sudeste e centro-oeste.
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Mortes por raio
Segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica, são 300 pessoas atingidas
por raios por ano no Brasil, matando cerca de 100 pessoas por período. O
grupo ainda afirma que o número de mortes reduziu porque também os
raios reduziram nos últimos anos. Mas ele alerta que as mortes por raio
ainda são maiores que em países desenvolvidos.
O monitoramento das tempestades elétricas permite elucidar casos onde
pessoas morrem de repente no meio rural por infarto ou propriedades
danificadas onde há a suspeita que sejam raios, conforme o ELAT.
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