domingo, 31 de março de 2013

Campina Grande ganhará primeiro Jardim Botânico do país a ser instalado em Bioma de Caatinga

jardim botanico campina grande


O primeiro Jardim Botânico do Brasil a ser montado em um bioma de caatinga funcionará em Campina Grande. A informação é do consultor de projetos Secretaria de Cultura do município, Bruno Vaz Diniz. O sítio ‘Louzeiro’, com uma área de 99 hectares e cercado por seis bairros da zona Norte da cidade, foi a área de preservação ambiental escolhida para sediar o Jardim Botânico da ‘Rainha da Borborema’.

A previsão é de que o local (que já possui uma área desapropriada de 25 hectares) esteja aberto à visitação até o final de 2013. “Essa área do sítio ‘Louzeiro’ que abrange uma faixa de preservação da fauna e flora de Campina Grande. Estamos trabalhamos para desapropriar até 70 hectares, talvez não seja a área toda, os 99 hectares. De qualquer maneira, já é uma área muito grande e estamos na fase de conversar com os moradores da área, além da fase de elaboração e implantação do projeto. A parte de compra é feita pela procuradoria jurídica do município”, declarou Bruno.

Segundo ele, a ação acontece em parceria com a Prefeitura de Campina e a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). “Devemos estar com a fundação pronta em breve, que será uma autarquia pública que vai operar o Jardim Botânico. Já pretendemos criar isso agora no mês de abril. Já as obras pioneiras, das edificações, os primeiros plantios de paisagismo deverão acontecer até julho deste ano e com isso, até o final do ano deveremos estar com o local aberto para a visitação”, declarou.

Detalhes do local – A ‘Rainha da Borborema’ já está associada à Rede Brasileira de Jardins Botânicos. O ‘Sítio Louzeiro’, área onde funcionará o Jardim Botânico de Campina Grande, é cercado pelos bairros: Nações, Alto Branco, Conceição, Rosa Mística, Jeremias e Jardim Continental.

Texto: Ligia Coeli

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sábado, 30 de março de 2013

Chove em cidades do Sertão

Sete municípios paraibanos registram precipitações acima de 100 milímetros, em Serra Grande o Açude Cafundó está sangrando. 







A previsão da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa) para as chuvas no final do mês de março, na região do Sertão da Paraíba, já começou a surtir efeito. Em dez dias, sete cidades sertanejas registraram precipitações que ultrapassam os 100 milímetros (mm), o que provocou a primeira sangria nos 121 reservatórios monitorados pela Aesa.

O açude Cafundó, localizado na cidade de Serra Grande, e com capacidade para 33.680 mm, ultrapassou suas barreiras na última terça-feira, uma vez que o volume de reserva hídrica do estado aumentou 8% em comparação ao que foi medido pela Aesa em janeiro. No início do ano, a Paraíba estava com 27,28% de sua água acumulada. Com o início do período chuvoso no Sertão, essa quantidade passou para 35,92%, o que corresponde um crescimento de 1.075.000 metros cúbicos de água para 1.416.000.

Apesar do crescimento, a situação ainda é preocupante. De acordo com a Aesa, 15 reservatórios ainda estão em situação crítica em seu armazenamento, o que corresponde a uma capacidade menor que 5% do volume total. Já 36 açudes estão em observação, ou seja, com volume total menor que 20%, enquanto que 71 reservatórios estão acima de 20% de sua carga máxima. De acordo com Lucílio Santos, gerente executivo de Monitoramento da Aesa, é preciso esperar para que seja confirmadas as previsões, para que o reflexo da chuva no armazenamento dos açudes melhore.

“A recarga em nossos açudes foi significativa durante o mês de março, e confirmaram a previsão de nossos meteorologistas.

Além desta quantidade que ficou acumulada, temos que lembrar que muito já foi consumido durante o mês e também há uma porcentagem que naturalmente é perdida na evaporação. Como os açudes já estão conseguindo acumular água, nossa perspectiva é que o volume hídrico possa aumentar”, destacou o especialista.

Dentre as cidades que registraram as maiores chuvas estão: Cajazeiras, com 118,8 mm no açude localizado no município e 106,1 mm no que fica em Engenheiro Ávidos; Ibiara, com 118 mm; Monte Horebe, com 148 mm; Nova Olinda, com registro de 115,7 mm; Pedra Branca, com 139 mm; Santa Inês, com 118,8 mm; e São José de Caiana, que atingiu a marca de 108,2 mm. Para a Aesa, o mês de abril deverá manter a média de 8% no acúmulo de água nos reservatórios, melhorando as condições de recarga nos açudes e abastecimento nos municípios paraibanos.

Pessoense curte o feriado na praia e na Bica

Para os turistas e moradores de João Pessoa, as principais opções de lazer foram as praias da capital e o Parque Zoobotânico.





Rizemberg Felipe
Praia de Tambaú, uma das que compõem os cerca de 20 quilômetros do Litoral de João Pessoa, estava lotada

Praia, sol, e muita natureza. Estas foram as principais opções de lazer dos pessoenses e turistas que não seguiram a programação religiosa ontem, Sexta-feira Santa. A praia de Tambaú, uma das que compõem os cerca de 20 quilômetros do Litoral de João Pessoa, estava lotada. O Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica) também foi outro local bastante visitado. A estimativa de público do diretor do local, Jair Azevedo, foi de 3 mil pessoas.

Na Bica parecia um dia normal de funcionamento. Ambulantes ofereciam seus produtos na entrada do parque e as lanchonetes funcionaram em ritmo de rotina. “Como muita gente viaja durante a Semana Santa, a estimativa de público neste feriado é o mesmo do final de semana, ou seja, de 3 mil visitantes”, frisou Jair Azevedo.

Nas passarelas do zoológico, os pais aproveitavam o dia de descanso para levar seus filhos para passear nos parquinhos e ver os animais. Muitos deles fizeram logo cedo uma pausa para lanchar. Este foi o caso do auxiliar de cozinha Ricardo Silva.

“Cheguei cedo e escolhi passar o dia na Bica por causa da segurança, tranquilidade e permitir o contato das crianças com a natureza”, disse.

Já a dona de casa Jackeline Tatiana de Azevedo Cordeiro estava no parque zoo com a filha e um sobrinho de cinco meses.

“Gosto daqui por causa do ar puro e da variedade de animais”, disse. Já Maria José Gomes estava passeando no zoológico com o casal de netos. “As crianças pediram para andar nos pedalinhos. Então tomamos café reforçado e viemos”, disse.

Nas praias, o dia quente de sol chamou a atenção de muitos banhistas. Muitas famílias, acompanhadas de suas crianças, aproveitaram o dia na orla pessoense. O desossador Reginaldo José Miguel estava na praia de Tambaú com a esposa e a filha adolescente. “Vim com a família completa e cheguei por volta das 8h30. Só vou embora por volta das 17 horas. Gosto da praia para aproveitar o dia de descanso e relaxar”, afirmou.

Com o comércio fechado, muitos vendedores também passaram o dia de folga na praia. Em alguns pontos, um lugar ao sol ficava disputado. “Estou de folga, então vou aproveitar o dia para relaxar e me bronzear”, disse a comerciante Waleska Maia.
 

Polícia apreende 165 aves e jabuti na Feira Central de Campina Grande

30/03/2013 09h15 - Atualizado em 30/03/2013 09h37

Animais estavam sendo comercializados irregularmente.
Proprietários foram multados por crime ambiental.
 
Do G1 PB
 
 
Aves e um jabuti foram apreendidos em operação na Feira Central (Foto: Divulgação/2ºBPM)
Aves e um jabuti foram apreendidos em operação na Feira Central
(Foto: Divulgação/2ºBPM)

A Polícia Militar apreendeu 165 pássaros em uma operação conjunta contra crimes ambientais na Feira Central de Campina Grande, na manhã deste sábado (30). Na ação, ainda foi apreendido um jabuti. Segundo a polícia, os proprietários foram notificados e multados por crime ambiental.
 
Segundo o tenente-coronel Souza Neto, a operação foi realizada pela Superintendência do Meio Ambiente (Sudema), Ministério Público da Paraíba, 2º Batalhão da Polícia Militar e Polícia Ambiental de João Pessoa.


Vários pássaros foram apreendidos na Feira Central de Campina Grande (Foto: Gil Ribeiro/TV Paraíba)
Vários pássaros foram apreendidos na Feira Central de Campina Grande
(Foto: Gil Ribeiro/TV Paraíba)


 Fonte

sexta-feira, 29 de março de 2013

Açude do Sertão é primeiro a sangrar em 2013 na Paraíba, aponta Aesa


29/03/2013 13h41 - Atualizado em 29/03/2013 13h41

Açude em Serra Grande, no Sertão, registrou sangria na terça-feira.
Segundo Aesa, 51 reservatórios estão com até 20% da capacidade.
 
Do G1 PB

Açude do Serrote, em Monteiro, entrou em colapso (Foto: Taiguara Rangel/G1)
Apesar de início do período de chuvas, açude
do Serrote secou (Foto: Taiguara Rangel/G1)
O período de chuvas começou e conforme previsão dos analistas da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) da Paraíba, alguns açudes já estão retomando seus volumes. O órgão registrou o primeiro sangramento de um reservatório este ano no açude Cafundó, localizado no município de Serra Grande, no Sertão paraibano. O manancial do Cafundó tem capacidade para 313.680 metros cúbicos de água e ultrapassou o limite de sua lâmina máxima na última terça-feira (26).

O Açude do Serrote, em Monteiro, no Cariri, foi também o primeiro a entrar em colapso este ano e secou no último dia 18 de março, quando a Aesa registrou no local uma medição de 0,0% do seu volume. Conforme medição da Aesa, 51 reservatórios ainda estão com até 20% da capacidade, sendo 36 em observação e 15 em situação considerada crítica.
 
Ainda de acordo com a agência, oito municípios tiveram chuvas, segundo registro da última quarta-feira (27). As precipitações atingiram as estações de monitoramento nas cidades de Baraúnas, Cuité, Emas, Frei Martinho, Ouro Velho, Serra Branca, São Bento e Taperoá, no Curimataú, Cariri e Sertão do estado. A previsão dos meteorologistas da Aesa é de que o período chuvoso deve se estender até o mês de maio.
 
"Continuamos apresentando a mesma situação prevista na reunião climática, com início da temporada de chuvas. Já tivemos chuvas isoladas nos últimos dias no Sertão, que devem continuar", disse a meteorologista da Aesa, Marle Bandeira. Segundo o gerente de bacias hidrográficas Lucílio Vieira, as precipitações registradas ainda são insuficientes para que haja uma recarga nos volumes dos açudes.


 

Semana Santa tem três praias impróprias para banho na Paraíba


29/03/2013 06h00 - Atualizado em 29/03/2013 06h00

Banhistas devem evitar as praias da Penha, Guarita e Maceió.
Relatório de balneabilidade é válida até o dia 5 de abril.
 
Do G1 PB

Praia de Coqueirinho na Paraíba (Foto: Inaê Teles/G1)
Praia de Coqueirinho pode ser aproveitada por
banhistas nesse feriadão (Foto: Inaê Teles/G1)
Paraibanos e turistas que estiverem na Paraíba durante o feriadão da Semana Santa vão ter que evitar três praias do estado, segundo o relatório de balneabilidade da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema). As praias da Penha, em João Pessoax, da Guarita e de Maceió, no município de Pitimbu, estão impróprias para banho.
 
O relatório de balneabilidade é válida até o dia 5 de abril. Em Pitimbu, os banhistas devem respeitar a distância de 100 metros à direita e à esquerda das desembocaduras do Riacho do Engenho Velho e da Lagoa do Bernardão. Já na capital, os banhistas devem evitar o trecho próximo ao Rio do Cabelo.

Conforme o relatório, as demais praias são consideradas adequadas para o banho e estão classificadas nas categorias excelente, muito boa e satisfatória.

Apesar de estarem classificadas como próprias para a balneabilidade, a Sudema recomenda aos banhistas que evitem os trechos de praias localizados em áreas frontais a desembocaduras de galerias de águas pluviais, principalmente se houver indício de escoamento recente.
 
Fonte
 
 

Mil famílias quilombolas da Paraíba são cadastradas em mutirão


29/03/2013 12h18 - Atualizado em 29/03/2013 12h18

Ação aconteceu em 36 comunidades distribuídas em 23 municípios.
Famílias cadastradas agora poderão ter acesso a benefícios sociais.
 
Do G1 PB

Famílias quilombolas foram cadastradas na Paraíba (Foto: Divulgação/Secom)
Famílias quilombolas foram cadastradas na Paraíba
(Foto: Divulgação/Secom)
Mais de mil famílias participaram do mutirão para preenchimento do Cadastro Único, realizado em 36 comunidades quilombolas, distribuídas em 23 municípios paraibanos. O mutirão foi encerrado nesta quinta-feira (28), envolvendo mais de 200 profissionais. A ação faz parte de projeto do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para oferecer às famílias benefícios sociais federais.
 
Até o início do mutirão, o Cadastro Único na Paraíba contava com 725 famílias cadastradas como quilombolas, das quais apenas 634 recebem o Bolsa Família. A secretária de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh), Aparecida Ramos, destacou que a iniciativa contou com várias etapas.
 
“Fizemos primeiro capacitação na sede da Secretaria para os profissionais dos 23 municípios que fizeram as entrevistas com as famílias quilombolas. Paralelo a isso, encaminhamos uma equipe do Programa Cidadão que registrou toda a documentação das pessoas para que elas pudessem fazer a inscrição no Cadastro Único”, disse.
 
Para receber o mutirão, os municípios mobilizaram a população convocando para a ação. No Conde, durante a mobilização em 26 e 27 de março, em tendas armadas nas comunidades Mituaçu, Gurugi e Ipiranga, as famílias quilombolas tiveram a oportunidade também de demonstrar atividades culturais exibições de teatro e capoeira.

A Sedh também informou que está acompanhando o levantamento que a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) da Paraíba está fazendo da produção dos quilombolas na Paraíba, para que as famílias sejam inseridas em programas de segurança alimentar.
 
Fonte
 
 
 

quinta-feira, 28 de março de 2013

Convênio projeta futuro de JP

Prefeitura de João Pessoa e BID assinam convênio incluindo a capital no Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis.





Divulgação / Secom-JP
De acordo com o prefeito Luciano Cartaxo, um grande projeto estruturante deverá projetar a cidade para o futuro


Um convênio assinado ontem pela prefeitura de João Pessoa com o Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) e Caixa Econômica Federal inseriu oficialmente a capital paraibana no Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis. De acordo com o prefeito Luciano Cartaxo, um grande projeto estruturante deverá projetar a cidade para o futuro. O estudo preliminar para elaboração do projeto está orçado em US$ 1 milhão de dólares e acontecerá nos próximos nove meses.

De acordo com o prefeito Luciano Cartaxo, a prefeitura tem trabalhado preocupada com o presente, cumprindo suas obrigações de forma eficiente, mas também mantém um olho no futuro. “Estamos ousando. O desafio de governar não é governar durante quatro anos, mas ter a capacidade de projetar a cidade para o futuro. João Pessoa vai chegar logo ao seu primeiro milhão de habitantes e temos que estar prontos para isso. O Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis vai possibilitar isso”, garantiu. Conforme pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em setembro do ano passado, a população da capital deve chegar a um milhão de habitantes em 2030.

O primeiro passo após a celebração do convênio é a elaboração de estudos realizados por uma equipe de técnicos do BID e da Caixa em diversas áreas para detectar as demandas da cidade. “Nos próximos nove meses saberemos quais intervenções serão necessárias para fazer com que a cidade cresça de forma equilibrada e sustentável. Serão levados em consideração 150 indicadores nas áreas do setor ambiental e mudanças climáticas, setor urbano e setores fiscal e de governabilidade”, explicou o secretário da Receita de João Pessoa, Fábio Guerra.

Ele citou como exemplo as visitas ao Porto do Capim e Comunidade do 'S' feitas pelos técnicos ontem à tarde.

“Teremos uma ideia das intervenções que são necessárias àquela localidade, como saneamento, locação de equipamentos públicos e a revitalização do Centro Histórico, ou seja, ver aquela localidade com um viés econômico sustentável.

De um modo geral, o investimento acontecerá em intervenções integradas que dotam a localidade das condições necessárias ao desenvolvimento humano e sustentável”, explicou. Ainda de acordo com o secretário, a perspectiva é que em um ano as intervenções na cidade comecem a sair do papel.

A Iniciativa de Fomento às Cidades Emergentes e Sustentáveis (ICES) lida com desafios em cidades emergentes da América Latina e Caribe. A meta é integrar a sustentabilidade ambiental e fiscal, o desenvolvimento urbano e a governabilidade. Após a finalização dos estudos, a prefeitura poderá pleitear financiamento na ordem de R$ 100 milhões para executar as intervenções propostas.

O coordenador-geral da Ices, Ellis Juan, disse que João Pessoa terá uma excelente oportunidade para se desenvolver. “Trata-se de uma cidade costeira que tem muito potencial e esperamos que até o início do próximo ano possamos entregar este plano de ação pronto para ser executado”, afirmou. Já o superintendente da Caixa na Paraíba, Elan Miranda, destacou o olhar para o futuro. “É no contexto da garantia da qualidade de vida que nos unimos nesse projeto, que tem a função de olhar além do amanhã”, afirmou.

Para o cientista político e professor da Universidade Federal da Paraíba, Ítalo Fittipaldi, o convênio da prefeitura com o BID é importante não só pela possibilidade de financiamento, mas pelo conhecimento que a prefeitura adquire a partir das exigências do programa. “A grande questão não é o crédito, mas a expertise que a prefeitura vai adquirir na elaboração dos projetos, levando em consideração os indicadores para a execução e os impactos desses projetos. Com acesso a uma linha de crédito internacional, a gestão municipal, por tabela, passa a ser mais qualificada tecnicamente porque uma falha pode comprometer financiamentos futuros”, disse o especialista.

Para ele, a mobilidade urbana é um dos pontos que deve ser visto como prioridade na criação de um projeto estruturante e sustentável para João Pessoa, considerando a tendência de crescimento da cidade. “Qualquer projeto como esse que não faça um redesenho da estrutura de mobilidade urbana vai ficar devendo”, disse.



Cobra de 1,5 metro é apreendida em bairro de João Pessoa

28/03/2013 08h12 - Atualizado em 28/03/2013 08h12

Jiboia foi encontrada entre os bairros de Mangabeira e Valentina.
Animal foi apreendido e encaminhado para o Cetas, em Cabedelo.
 
Do G1 PB
 

Cobra foi encontrada em João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Cobra foi encontrada em João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1)

Um homem encontrou e capturou nesta quarta-feira (27) uma cobra Jibóia de 1,5 metro, entre os bairros de Mangabeira e Valentina em João Pessoa. Ele acionou a Polícia Ambiental que foi até o local e recolheu o animal.
 
Segundo a polícia, a cobra capturada foi levada para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) em Cabedelo, na Grande João Pessoa, onde receberá cuidados e depois será devolvida à natureza.




terça-feira, 26 de março de 2013

PM Ambiental apreende 41 aves em feira de João Pessoa


25/03/2013 08h41 - Atualizado em 25/03/2013 16h45

Aves apresentam sinais de maus tratos, segundo PM Ambiental.
Apreensão aconteceu durante a realização da feira de Oitizeiro.
 
Do G1 PB
 
 
Aves foram apreendidas em uma feira livre de João Pessoa  (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Aves foram apreendidas em uma feira livre de João Pessoa
(Foto: Walter Paparazzo/G1)

Quarenta e uma aves silvestres foram apreendidas na tarde do domingo (24) em uma feira livre do bairro de Oitizeiro, em João Pessoa. De acordo com o tenente Eduardo Rodrigues, da Polícia Ambiental, algumas aves apresentavam sinais de maus tratos. Durante a ação da polícia, nenhum responsável pelas aves, que seriam vendidas, foi identificado.

Entre as espécies apreendidas estavam sanhaço, bico-de-lata, corda-negra e cravina. “Essas aves estavam em gaiolas de pequeno porte, o que dificultava bastante a mobilidade delas. Isso causava estresse e poderia provocar a morte de algumas”, disse o tenente Eduardo Rodrigues.
 
De acordo com o tenente, no momento da abordagem, os responsáveis pelas aves se "infiltraram" no meio das pessoas que estavam na feira. Por isso, ninguém foi preso. “Se nós tivéssemos conseguido realizar a prisão, os responsáveis pagariam multa de R$ 500 por ave apreendida. Se a ave estiver em risco de extinção, a multa poderia chegar a R$ 5 mil, além de reclusão”, acrescentou.

Eduardo Rodrigues alerta a população para não criar nenhuma espécie de animal silvestre sem autorização dos órgãos ambientais. “É contrariar a legislação, que diz ser crime manter, caçar e perseguir animais silvestres. Quem insistir na prática desse tipo de crime vai ter que enfrentar as nossas ações, que serão desenvolvidas com cada vez mais frequência”, afirmou.

As aves serão encaminhadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama (Cetras) para um período de quarentena. Após esse período, serão devolvidas à natureza, ainda de acordo com o tenente Eduardo Rodrigues.
 

Aves silvestres serão levadas para o Centro de Triagem do Ibama (Cetras) (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Aves silvestres serão levadas para o Centro de Triagem do Ibama (Cetras)
(Foto: Walter Paparazzo/G1)
 
 
 

segunda-feira, 25 de março de 2013

Cabedelo: Bar do Surfista será demolido por determinação da Justiça Federal

Janildo Silva
 
Cebedelo: Bar do Surfista será demolido por determinação da Justiça FederalFoto: Da internet
Um dos símbolos da cultura surf na Paraíba está com os dias contados. O Bar do Surfista, localizado na Praia de Intermares, em Cabedelo, deverá ser demolido nos próximos dias, por determinação da Justiça Federal.

Palco de boa parte das competições de surfistas amadores e celeiro de alguns dos mais importantes talentos do surf na Paraíba, o Bar do Surfista  é alvo de uma ação do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) desde outubro de 2004 e depois que o TRF 5ª Região (Tribunal Regional Federal) negou provimento a apelação movida pelo dono do bar, Valdi Silva Moreira, a Justiça Federal da Paraíba entendeu que o processo está transitado em julgado, não cabendo mais recurso.

Conforme mostra a página da Justiça Federal, "Considerando que o TRF5ª Região negou provimento às apelações, e, em consequência ocorreu o trânsito em julgado da sentença, intime-se VALDI SILVA MOREIRA e o MUNICÍPIO DE CABEDELO/PB, para, em solidariedade, demolir o estabelecimento comercial conhecido como "Bar do Surfista" inclusive as fossas, e a retirar o aterro da construção, bem como remover o entulho gerado pela demolição, tudo a ser efetivado às suas expensas, no prazo de 30 dias.", diz o despacho.

O processo é o de nº 0011653-22.2004.4.05.8200, onde a juíza federal, Cristina Maria Costa Garcez assinou a sentença.


 

sábado, 23 de março de 2013

Três praias devem ser evitadas por banhistas na PB, diz Sudema


23/03/2013 06h00 - Atualizado em 23/03/2013 06h00 

Praias do Jacaré, Arraial e da Guarita devem ser evitadas.
Relatório da Sudema vale até a próxima quinta-feira (28).
 
Do G1 PB
 

Estuário do Rio Paraíba, na praia de Jacaré, deve ser evitado por banhistas (Foto: Krystine Carneiro/G1)
Estuário do Rio Paraíba, na Praia de Jacaré, deve
ser evitado (Foto: Krystine Carneiro/G1)
Das 56 praias do litoral paraibano monitoradas pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), três estão classificadas como impróprias para o banho até a próxima quinta-feira (28). As praias do Jacaré, em Cabedelo, na Grande João Pessoa, e do Arraial, na capital, devem ser evitadas pelos banhistas. No município de Pitimbu, a Praia da Guarita também está considerada imprópria.
 
Segundo relatório de balneabilidade da Sudema, na Praia do Jacaré, deve ser evitada a área localizada na margem direita do estuário do Rio Paraíba. Em Pitimbu, os banhistas devem respeitar a distância de 100 metros à direita e à esquerda da desembocadura do Riacho do Engenho Velho. Já na Capital, os banhistas devem evitar o trecho próximo ao Rio Cuiá.

A Sudema também recomenda aos banhistas que, mesmo em áreas classificadas como própria para o banho, sejam evitados os trechos de praia localizados em áreas frontais a desembocaduras de galerias de águas pluviais, principalmente se houver indício de escoamento recente.
 
O monitoramento é realizado semanalmente pela equipe da Coordenadoria de Medições Ambientais nos municípios localizados em centros urbanos com grande fluxo de banhistas: João Pessoa, Lucena e Pitimbu. Nos demais municípios do litoral paraibano, a análise é feita mensalmente.
 
 Fonte
 
 
 

Estudo prevê colapso do açude de Boqueirão até 2014 na Paraíba

23/03/2013 06h00 - Atualizado em 23/03/2013 06h00 

Apresentado em sessão especial da ALPB, estudo foi feito pela UFCG.
Reservatório abastece 19 municípios em 26 localidades na Paraíba.
 
Taiguara Rangel  

Do G1 PB
 
 
Pesquisador Janiro Rêgo, da UFCG, apresentou estudo em sessão da ALPB (Foto: Taiguara Rangel/G1)
Pesquisador Janiro Rêgo, da UFCG, apresentou estudo em
sessão da ALPB (Foto: Taiguara Rangel/G1)

Um estudo apresentado em sessão especial da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) nesta sexta-feira (22), prevê que cerca de 1 milhão de pessoas podem ficar sem abatecimento de água a partir de 2014 no estado. Segundo o pesquisador Janiro Costa Rêgo, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), a falta de controle entre a demanda e a oferta de água deve provocar o colapso do açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, no Agreste paraibano.

Segundo o coordenador do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) no estado, Solon Alves Diniz, foi determinada a partir do mês de abril a suspensão da irrigação com água do açude de Boqueirão. "O prazo limite para os irrigantes é no fim do mês. Se não houver uma recarga significativa com chuvas frequentes, continuará suspensa", afirmou.

O reservatório construído pelo Dnocs possui capacidade de 411 milhões de metros cúbicos de água, estando atualmente com 54,3% de seu volume, segundo dados da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) da Paraíba.
Conforme a pesquisa da UFCG, o consumo da água do açude é bem superior à sua capacidade, viabilizando assim uma situação de possível racionamento do abastecimento até o fim deste ano e um colapso a partir de 2014. A Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) atualmente retira 1,3 metros cúbicos de água por segundo do manancial, enquanto a irrigação retira cerca de 0,95 metros cúbicos por segundo, conforme levantamento da UFCG.

De acordo com o Plano Estadual de Recursos Hídricos da Paraíba, aprovado em 2006, o açude Epitácio Pessoa possui capacidade de fornecer 1,23 metros cúbicos de água por segundo. No entanto, foi autorizada a Cagepa a retirar 1,301 metros cúbicos. Somado à estimativa retirada pela irrigação na região, esse total chega a 2,45 metros cúbicos de água.


Pesquisador Janiro Rêgo, da UFCG (Foto: Taiguara Rangel/G1)
Pesquisador Janiro Rêgo, da UFCG
(Foto: Taiguara Rangel/G1)
"O que podemos afirmar é que se seguir nessa sequência de seca, comparada aos períodos anteriores de estiagem já enfrentados na Paraíba, ao fim do ano chegaremos ao racionamento e em 2014 teremos colapso. A solução é implantar a gestão de recursos hídricos, com instrumentos técnicos e pessoal especializado. Porém, essa medição que é fundamental para o estudo da gestão hídrica, é inadequado, insuficiente ou inexistente no açude de Boqueirão", afirmou o pesquisador Janiro Costa Rêgo.

No entanto, o presidente da Cagepa, Deusdeste Queiroga, disse que por enquanto não existe a possibilidade de racionamento de água nas cidades que são abastecidas por Boqueirão. De acordo com ele, a companhia trabalha com as previsões meteorológicas da Aesa dando conta que deve haver chuva na região nos próximos meses.

Segundo o gerente de bacias da Aesa, Lucílio dos Santos Vieira, o estudo de Janiro Costa Rêgo  bate com a simulação feita pela agência. A diferença é que o pesquisador da UFCG não leva em conta a possibilidade de chuva. “Ele (o pesquisador) apresentou o cenário para a pior situação, o que o estudo mostrou pode acontecer realmente se caso não houver chuvas. No entanto, nós estamos com a previsão de ter chuvas significativas esse ano”, afirmou.

Sessão Especial
A ALPB realizou nesta sexta-feira uma sessão especial em homenagem ao Dia Mundial da Água, no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEP) em Campina Grande. O deputado Francisco de Assis Quintans, autor da propositura, ressaltou que a assembleia busca debater soluções para que a população não sofra com a falta de água.

"Queremos disciplinar o abastecimento de água para que haja segurança hídrica e não o constrangimento do racionamento e perda de investimentos na Paraíba. Realizamos uma discussão detalhada e técnica para sugerir medidas a serem adotadas, estamos todos de mãos dadas nessa luta", afirmou o parlamentar.


Em sessão na FIEP, Deputado Assis Quintans falou sobre a seca na Paraíba (Foto: Taiguara Rangel/G1)
Em sessão na FIEP, Deputado Assis Quintans falou sobre a seca
na Paraíba (Foto: Taiguara Rangel/G1)
 

 
Fonte
 
 

PMJP se engaja no movimento global à Hora do Planeta

23/03/2013 - 09:50 

João Pessoa foi a primeira capital do Nordeste a aderir formalmente à Hora do Planeta 

 

Atenta às mobilizações em todo o mundo pela preservação do planeta, a Prefeitura de João Pessoa (PMJP), por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Semam), foi a primeira capital do Nordeste a aderir formalmente à Hora do Planeta. O movimento global acontece neste sábado (23), das 20h30 às 21h30, nos principais prédios das repartições públicas, que apagarão suas luzes.
A Hora do Planeta é um movimento global, promovido pelo quinto ano consecutivo pela Rede WWF Brasil (World Wildlife Fund), com o objetivo de sensibilizar os cidadãos sobre os problemas ambientais enfrentados mundialmente. Em 2012, monumentos como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, a Ponte Estaiada, em São Paulo e a Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, tiveram as luzes desligadas durante uma hora. Mais de 150 países e territórios também se envolveram na manifestação.

Clima – As mudanças no clima são consideradas pelos cientistas uma das maiores ameaças ambientais do século XXI, afetando cidadãos comuns, empresas, governos e toda a natureza. Ondas de calor e períodos de grandes secas têm provocado perdas agrícolas e são uma ameaça para a economia mundial. A Hora do Planeta propõe uma hora de reflexão para os cidadãos, para que repensemos nossas ações sobre o meio ambiente.


Secom-PB


 

Palmeiras imperiais da Lagoa recebem tratamento contra fungos

Secom-JP

Técnicos da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) e Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) estão monitorando e fazendo tratamento das palmeiras imperiais da Lagoa do Parque Sólon de Lucena. Neste domingo (24), a partir das 7h, eles farão a poda com limpeza das folhas e também a retirada de 10 árvores infectadas com o fungo Thielaviopsis paradoxa.

Há registros de que esse mesmo fungo infectou palmeiras imperiais nas cidades de Teresina (PI), em 1999, e Fortaleza (CE), em 2002, e agora em João Pessoa. O engenheiro agrônomo e  chefe da Divisão de Arborização e Reflorestamento da Semam, Anderson Fontes, destacou ainda que "as árvores estão recebendo tratamento, com irrigação, adubação em quantidade ideal para fortalecer o solo e aplicação de fungicida à base de cobre", contou.

 O fungo que atacou as palmeiras seca as árvores, que sofrem com o que os técnicos chamam de "quebra-do-pescoço" (quebramento na região do palmito), tombamento progressivo das folhas e ainda caule com ferimentos.

Legislação - Para a retirada das árvores os técnicos da Semam tomam como base o Código Municipal de Meio ambiente de João Pessoa (Portaria nº 37-N/1992/IBAMA) e a Lei da Mata Atlântica (Lei nº 428/2006), que autorizam a retirada e o tratamento de árvores doentes.


 

Praia de Tambaba: Não vale estuprar a mais bela praia de naturismo do mundo

Turismo & sustentabilidade
 
PRAIA DE TAMBABA
Não vale estuprar a mais bela praia de naturismo do mundo
 
21/03/2013 Reginaldo Marinho, de João Pessoa-PB
 

A praia de Tambaba pode estar com os dias contados. Indicada pelo portal Brasil Naturista como sendo a praia mais conhecida do segmento, no plano internacional, além de ter sido sede do 30º Congresso Internacional de Naturismo, em 2008, a praia integra a Área de Proteção Estadual de Tambaba, criada pelo decreto estadual 22.882, de 26 de março de 2002. Adjacente à praia de Tambaba, encontra-se uma extensão de Mata Atlântica que está em pleno processo de recomposição, desde o desmatamento provocado pelo mercado imobiliário, com a demarcação de vários loteamentos, na década de 80. Em apenas 30 anos, esse nicho de Mata Atlântica expressa, através dessa força que se reconstitui, o símbolo de um organismo que insiste em viver. Essa Unidade de Conservação está ameaçada de ter um de seus recantos mais nobres extinto para dar lugar a gigantesco complexo turístico, composto de quatro resorts, com 1.892 apartamentos, um campo de golfe de 18 buracos, quatro condomínios com 959 lotes residenciais, três pousadas com 288 unidades habitacionais, três clubes, un centro comercial e estacionamentos com 1.400 vagas.
 
Todo trecho da praia de Tambaba, praia naturista conhecida internacionalmente, se insere na APA de mesmo nome e apresenta orla exposta, retilínea, com grandes falésias e estreita faixa de praia. A erosão é bastante intensa na área atuando diretamente sobre as falésias favorecendo voçorocas. No trecho predomina cobertura do bioma da Mata Atlântica em estágio de regeneração. Possui grande concentração de arrecifes areníticos, com formatos interpretativos como Pedra da Baleia, da Caveira, do Elefante, etc.

 
O anúncio desse megaprojeto turístico assusta muita gente. Assusta a população local, assusta os ambientalistas e assusta as ONGs que defendem a natureza. É compreensível que o prestígio que Tambaba conquistou ao longo dos anos provoque todo tipo de fantasias na mente consumidora, mas empreendimentos dessa magnitude deveriam ser instalados em áreas já antropisadas, que existem várias na região. 


Ao sair de Tambaba, registrei um crime ambiental que para queimar a mata que fica na fronteira da Área de Proteção Ambiental de Tambaba e o assentamento rural denominado Sítio Tambaba. Para incendiar, sem nenhuma precaução, quatro lotes de 15x35m, os proprietários causaram incêndio que atingiu uma extensão aproximada de 10 hectares. Restaram na área a mesa construída com parte da madeira derrubada, o banco, troncos calcinados e vestígios de uma divertida bebedeira com muitas latas de cerveja.
 

 Antônio Augusto de Almeida - ENTREVISTA

 “A agressão à APA de Tambaba é um triste exemplo. A verdade é que gestão ambiental em nosso estado – e muito no Brasil inteiro - é somente formalidade para mascarar a legalidade”.
 
O engenheiro Antônio Augusto de Almeida tem histórico de seriedade e de luta pelas questões ambientais. Professor, ambientalista, sanitarista, Antônio Augusto foi secretário de Meio Ambiente de João Pessoa, na gestão do prefeito Ricardo Coutinho, atual governador do Estado da Paraíba, e é vice-presidente da Associação dos Amigos da Natureza. (RM)
 
 
Folha do Meio - O projeto Reserva de Garaú vai ocupar uma área contínua de 186 hectares. Que impactos ambientais vão ocorrer para a fauna e flora da região?
Antônio Augusto -  A área escolhida para implantação do projeto é a mais preservada e a que ainda guarda as características básicas do ecossistema local, entre as quais a fauna remanescente. As demais áreas já estão antropisadas.  
“Essa coisa do empresário imobiliário se apropriar de uma área notável por suas características naturais e paisagísticas, que é um patrimônio da sociedade, para agregar valor ao produto e, consequentemente, maximizar o lucro do capital, é uma velha estratégia posta em prática nos países que ainda não tem uma consciência da sustentabilidade”.
 
FMA - Pelo mapa de ocupação da área, se percebe que a cobertura florestal a ser conservada corresponde a apenas a uma franja perimetral a Leste do empreendimento. Nesse caso, a nesga de floresta residual passaria a exercer uma função paisagística simplesmente? 
Antônio Augusto -  Exatamente. A flora que restará terá função simplesmente paisagística para vender o empreendimento e depois passará a  sofrer pressão porque “incomoda” pois tem custo de manutenção e segurança.  Essa coisa do empresário imobiliário se apropriar de uma área notável por suas características naturais e paisagísticas, que é um bem comum de todos ou, patrimônio da sociedade, para agregar valor ao produto e, consequentemente, maximizar o lucro do capital, é uma velha estratégia posta em prática nos países que ainda não tem uma consciência da sustentabilidade. Em resumo: destrói a notabilidade, sai incólume da cena do crime e transfere a culpa para os compradores e seja lá quem for.
 
FMA - A área do empreendimento irá ocupar uma extensão de floresta secundária, do bioma Mata Atlântica, em estágio avançado de recomposição. A conservação dessa recuperação florestal não poderia cumprir uma função pedagógica para difundir uma experiência de sucesso que nasceu do acaso?
Antônio Augusto -  Claro que sim, a natureza dá lições, a todo momento, porém a ganância e a mentalidade da destruição impedem que se tirem proveito delas. 
 
FMA - Para construir esse complexo turístico, o empreendimento terá que desflorestar praticamente a área toda. Não seria mais interessante que esse projeto fosse deslocado para uma área já degradada?
Antônio Augusto - Sim. A visão da sustentabilidade econômica e socioambiental  aponta para uma apropriação de um patrimônio natural notável preservado, por uma maioria, inclusive de empresas, que se instalassem no entorno, passando a gozar de uma qualidade de vida cada vez melhor. Num país sério, o responsável por um órgão ambiental que licencia um empreendimento localizado numa APA, oficialmente instituída, mofaria na cadeia.
 
FMA - O incremento populacional previsto será de 8.800 pessoas, que corresponde a 41% do total de habitantes do município. Que impactos poderiam ser causados por essa concentração de população adicional?
Antônio Augusto -  Imagine-se cerca de 9 mil pessoas, numa estimativa por baixo, e mais de 1.400 veículos  trafegando em áreas pavimentadas. É a urbanização de uma área de preservação. Infelizmente, em nosso país a culpa por prática de ilícitos, que implicam em perdas de vidas ou danos coletivos diversos, acaba diluindo-se e vem a impunidade. Num país sério, o responsável por um órgão ambiental que licencia um empreendimento localizado numa APA, oficialmente instituída, mofaria na cadeia.
 
FMA - Qual seria a vocação turística mais adequada para Tambaba, considerando-se o patrimônio ambiental existente?
Antônio Augusto - Como disse anteriormente ou, ao invés de matar a galinha dos ovos de ouro, preservá-la, colher e fazer eclodir seus ovos para se ter novas galinhas.
 
FMA - As experiências fracassadas de megacomplexos turísticos, no Brasil e na Espanha, indicariam que a licença ambiental poderia ser usada para mascarar o loteamento da área?
Antônio Augusto -  Sim. Vivemos uma vulnerabilidade total das instituições responsáveis pela implementação das bases da sustentabilidade em nosso país, especialmente na Paraíba. A verdade é que gestão ambiental em nosso estado – e muito no Brasil inteiro - é somente formalidade para mascarar a legalidade.
 
FMA - O projeto arquitetônico apresentado não incorpora nenhuma vinculação sustentável ou comprometida com o turismo ecológico. De que forma poderia se praticar um turismo ambiental, que garantisse a manutenção florestal e assegurasse o desenvolvimento econômico vocacionado da região?
Antônio Augusto -  Como já disse, é um projeto, de um modo geral,  votado para o lucro imediato e nisso, como não poderia deixar de ser, está contribuindo a arquitetura convencional.
 
FMA - Considerando o prestígio internacional de Tambaba, de que modo poderia ser praticado o turismo na área, como vetor econômico, sem impactar o meio ambiente?
Antônio Augusto - Tambaba tem os pré-requisitos para o desenvolvimento de um turismo sustentável, desde que preservada na sua integridade. Há inúmeras experiências mundiais e algumas em nosso país nesse sentido. São muitos os exemplos recentemente divulgados, guardadas as diferenças culturais, como na Croácia.
 
 FMA - Numa visão macro, que medidas a Prefeitura do Conde deveria adotar para potencializar a vocação turística natural, sem causar tantos danos ambientais?
Antônio Augusto -  Uma prefeitura como a do Conde deveria ter, além de uma legislação ambiental consubstanciada no seu plano diretor, um projeto estratégico de desenvolvimento sustentável. 
Porém, não nos devemos iludir. Como está o sistema eleitoral e o processo da gestão pública em nosso país e estado, em que não há continuidade administrativa e o administrador se comporta como dono, proprietário, não é fácil. A própria comunidade ambiental tem que reagir. Há que haver mobilização séria na área política e junto aos órgãos fiscalizadores.
 

Para salvar Tambaba, a própria comunidade ambiental tem que reagir.
Há que haver mobilização séria na área política e junto aos
órgãos fiscalizadores
 
 
 
 
Fotos: Reginaldo Marinho  
 

O crime ambiental choca os olhos de quem visita a APA de Tambaba. O assentamento rural denominado Sítio Tambaba virou cinza. Aproximadamente 10 hectares foram queimados para virar lotes de 5x35m. Tambaba está ameaçada de ter um de seus recantos mais nobres extinto para dar lugar a gigantesco complexo turístico, composto de quatro resorts, com 1.892 apartamentos, um campo de golfe, quatro condomínios com 959 lotes residenciais, três pousadas com 288 unidades habitacionais, três clubes, un centro comercial e estacionamentos com 1.400 vagas.Como licenciar um empreendimento situado dentro de uma APA?
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 









Professor ANDRÉ PIVA adverte:
um absurdo acontece na APA de Tambaba
O grave é que a licença ambiental já foi até previamente concedida


 Professor André Piva, da UFPB, e sua filha Alice.

O professor André Piva, da Universidade Federal da Paraíba, tem conhecimento, experiência e autoridade para criticar e analisar projetos que envolvem turismo e meio ambiente. André Piva, Doutorado em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia, é o Coordenador do Programa de Pós-graduação lato sensu em Turismo de Base Local - UFPB. Com vasta experiência em planejamento, organização e execução de eventos artístico-culturais, especialmente na cadeia produtiva do turismo, André Piva conhece muito bem o empreendimento na APA de Tambaba e tem posições. Pesquisador nas áreas de turismo e cultura em perspectivas da economia criativa e indústrias criativas.    (Reginaldo Marinho)

Violência ambiental - “Tambaba já é oficialmente considerada como Área de Proteção Ambiental, por isso nosso estarrecimento com uma licença já previamente concedida, e indícios de que o empreendimento pode se tornar realidade. Como isso é possível? Quais as forças e interesses que estão possibilitando tal conduta?”
 
Massacre na fauna - “Um impacto total e violento. Vai simplesmente erradicar a fauna do lugar. Não se trata apenas de extinguir ou expulsar animais silvestres que habitam e sobrevivem da área, mas de comprometer toda a fauna de uma grande área de todo o entorno que depende da mata que o projeto vai destruir, ou seja, há animais do próprio local e de outras áreas que dependem da alimentação nativa do lugar, de relacionamentos para procriação, de pássaros que lá vivem e voam para outros locais fazendo o natural trabalho de semeadura, como também de pássaros que trazem sementes dos outros locais. 
 
O megaempreendimento vai quebrar a contiguidade de áreas conservadas com áreas em recuperação e o rio com áreas de mangues, fontes de alimentação da vida silvestre. Vai fechar o contato natural dos animais com suas fontes de alimentação e, certamente, as construções e dejetos a serem despejados poluirão o rio e o mangue”.
 
Na contramão da ONU e da sustentabilidade - “Walter Aguiar, enquanto representante do governo da Paraíba, disse que o Estado não tem posição contrária a construção de resorts porque condiz com a realidade do turismo.Explicou que a tentativa é construir em conjunto com a sociedade de forma participativa e de maneira sustentável, levando em conta os objetivos do milênio pautados pela ONU”.
 
Esse pensamento nos preocupa. Se o Estado aceita os resorts na Paraíba por condizer com a realidade do turismo, colocamo-nos, como pesquisadores, embasados na literatura acadêmico-científica, que o turismo compatível com tal tipo de empreendimento, nada tem de sustentável, contrário, portanto, às diretrizes da ONU. 
 
No caso, o empreendimento se torna um oásis de luxo cercado de favelas. O Estado não pode pender para o poder econômico, beneficiando poucos privilegiados em detrimento do povo”.
 
Agressão irrecuperável - “O projeto trará uma agressão irrecuperável ao meio ambiente, poluição do rio Garaú e uma urbanização desordenada no entorno, além da extinção da praia naturista de Tambaba, que é um produto turístico especial, claro que para públicos específicos, entretanto de grande valor simbólico. 
O certo é que o projeto arquitetônico, assim como toda a concepção do empreendimento nada tem de sustentabilidade, mesmo que no projeto se diga isso, ou mesmo se tratar de um projeto ecoturístico tudo não passa de falácias”. 
 
Como confiar na fiscalização? - “É sabido que os construtores, após o projeto aprovado, não cumprem com o comprometido e não há como se confiar na fiscalização. Não vemos quaisquer chances de sustentabilidade estrutural no projeto: abastecimento de água, coleta de lixo e tratamento de esgotos, formas de se evitar a favelização da área, estrutura de mobilidade compatível com o número de público que se quer atrair”.
 
Desafio do novo prefeito - “O município do Conde já foi muito agredido e muito depredado, mas ainda dá tempo de corrigir muita coisa. Temos que pensar em programas macros e micros para o desenvolvimento de seu turismo em bases exclusivamente sustentáveis. Há muito o que fazer e muitos desafios para a nova administração. O setor de turismo conta com pessoal competente, com muita boa vontade, porém temo se eles realmente conseguirão derrotar interesses poderosos”.
 
APA de Tambaba - “É fundamental conservar as áreas da APA de Tambaba. O verde do município deve ser preservado e valorizado ao máximo, em função do turismo. Há que se incrementar parques ecológicos, bosques, hortos florestais e florais, estruturas variadas para práticas ecoturísticas, construções de vias mais condizentes com o tráfego de veículos, leis mais severas para construções e aí por diante”. 
 
 
  
Área de Proteção Ambiental de Tambaba
A APA tem por finalidade garantir a integridade dos ecossistemas terrestres e aquáticos, proteger os cursos d`água, melhorar a qualidade de vida da população e disciplinar a ocupação da área.
 
Silvestre Gorgulho
 
Tambaba é uma praia situada no município de Conde, a 17 km de João Pessoa-PB. É conhecida por ser uma praia onde se pratica o nudismo, sendo a primeira praia do Brasil a permitir o naturismo por lei municipal.
 
 
 

A área é de rara beleza e tem mirantes lindíssimos que permitem observar a natureza exuberante de toda a costa, com trilhas para caminhadas a beira mar. Além das falésias multicoloridas, existe uma Unidade de Conservação de uso sustentável – APA de Tambaba - que abrange parte da microrregião do litoral sul do estado da Paraíba entre os municípios de Conde, Alhandra e Pitimbú
 
 
 
 
 
O nome vem do tupi-guarani e tem dois significados: “o conteúdo das conchas” e “monte de Vênus”. Segundo a lenda, uma bela índia de nome Tambaba, apaixonou-se por um guerreiro de outra tribo. O cacique, pai de Tambaba, não permitiu o casamento. A bela índia pôs-se a  chorar e suas lágrimas inundaram as terras secas e transformaram primeiro num lago e depois numa praia, com ondas suaves. Deus sol eternizou o local como um templo natural do amor e da vida. A praia, que tem uma topografia intimista e protegida, é um presente dos deuses com suas águas cristalinas e mornas.
 
A área é de rara beleza e tem mirantes lindíssimos que permitem observar a natureza exuberante de toda a costa, com trilhas para caminhadas a beira mar. Além das falésias multicoloridas, existe uma Unidade de Conservação de uso sustentável – APA de Tambaba - que abrange parte da microrregião do litoral sul do estado da Paraíba entre os municípios de Conde, Alhandra e Pitimbu. 
 
Encontram-se inseridas na APA as praias de Tabatinga, Coqueirinho, Tambaba, Graú e praia Bela e as localidades de Mata da Chica, Garapaú, Andreza, Roncador e Mucatu.
 
A APA está em uma das mais belas áreas do litoral paraibano, resguardando um mosaico de fitofisionomias da Floresta Atlântica, como a mata de tabuleiro, a mata de reestinga e os maguezais. Além disso, apresenta formações geomorfológicas   de beleza singular como suas falésias, nichos de cabeceiras, vales e canyons.
 
A APA de Tambaba tem por finalidade garantir a integridade dos ecossistemas terrestres e aquáticos, proteger os cursos d`água que integram a região, melhorar a qualidade de vida da população e disciplinar a ocupação da área, para que esta não avance de forma desordenada e em ritmo acelerado, como se apresentava antes da criação da UC, contribuindo assim para a redução da degradação do ambiente local e sua restauração futura.
 
 
 
 

terça-feira, 19 de março de 2013

Fortes chuvas atingem o Sertão, deixam ruas alagadas e sertanejos esperançosos

19/03/13 - 12:37 - Atualizado em 19/03/13 - 13:22

AESA prevê novas chuvas no sertão nesta terça-feira (19), Dia de São José.



Centro da cidade de Uiraúna (Crédito: Cofemac)
Fortes chuvas atingiram praticamente todo o Sertão paraibano nas últimas 24 horas. No município de Sousa, por exemplo, choveu forte por várias horas e o tempo continua nublado com previsão de mais chuvas. Várias ruas ficaram alagadas.

Já em Cajazeiras, a situação foi semelhante aos outros municípios. A chuva durou várias horas e se estendeu até a madrugada desta terça-feira (19).


Em Sousa a previsão é de mais chuva nas próximas 24 horas
(Crédito: Charley Garrido / Diário do Sertão)
A meteorologista da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), Carmem Beckee, prevê uma pequena quantidade de chuva no sertão para essa terça-feira (19), Dia de São José, que se notabiliza como um bom sinal para a colheita no inverno, segundo as tradições sertanejas.

A meteorologista Carmem Beckee afirmou que a previsão de chuva é favorável em cidades isoladas do sertão com pequenas pancadas de chuva.


Em São João do Rio do Peixe choveu 75,0mm
(Crédito: Folha do Vale)
 
Crença popular
Em relação com a crença popular do dia do São José e as chuvas no mês de março, a meteorologista explicou: “Tem uma relação interessante entre o dia de São José e esse período de 15 a 31 de março. Nesta época as nuvens estão associadas à zona de convergência intertropical, sendo o principal fator que causa chuva no semiárido nordestino na segunda quinzena do mês de março, coincidindo então com o dia de São José, fazendo que as pessoas associem”.

Confira abaixo alguns os índices pluviométricos identificados nesta segunda-feira:

Sousa: 65,0mm
Cajazeiras: 50,1mm
Poço de José de Moura: 80,0mm
Catolé do Rocha: 114,0mm
Santa Helena: 95,0mm
Santa Helena (Várzea de Ema): 124,0mm
São João do Rio do Peixe: 75,0mm
São José de Piranhas: 23,0mm
São Domingos de Pombal: 75,0mm
São Francisco: 80,0mm
Triunfo (sede): 78,0mm
Triunfo (Pilões): 42,0mm
Triunfo (sítio Cacimba Velha): 126,0mm
Vieirópolis: 110,0mm
Uiraúna: 41,0mm

Da Redação com Diário do Sertão
WSCOM Online 


Fonte