domingo, 30 de junho de 2013

Coleta de lixo gera renda em JP

Na capital, 180 famílias vivem da renda gerada pela coleta seletiva de resíduos sólidos.


Fotos: Kleide Teixeira


Nos últimos anos, o brasileiro passou a ter uma renda um pouco melhor, com esta renda melhor, passou a consumir mais e este consumo, cedo ou tarde, vira lixo. A Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur), da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), estima que os pessoenses geram 19 mil toneladas de lixo domiciliar por mês. Esse monte de resíduos é descartado em maior parte para o Aterro Sanitário Metropolitano e apenas uma pequena parcela de 5% (950 toneladas) segue para a coleta seletiva.

O percentual é bem pequeno e representa – dentre outros aspectos de apelo ambiental, estes já conhecidos pela população – que as 180 famílias que dependem da coleta para sobreviver poderiam ganhar mais, se a coleta fosse mais eficiente, mas não ganham. Na situação de hoje, o apanhado para cada trabalhador não supera uma média R$ 260 por mês.

A coleta seletiva domiciliar, aquela realizada porta a porta pelas associações de catadores, é feita apenas em 31 dos 64 bairros de João Pessoa - o que equivale a 48,4% do total. Esse trabalho é realizado por cinco núcleos de coleta da cidade (nos bairros do Bessa, Cabo Branco, Jardim 13 de Maio, Jardim Cidade Universitária e Mangabeira) e na triagem do Aterro Sanitário.

A catadora Marinalva Santos, que trabalha há nove anos com coleta seletiva - parte deste tempo na cooperativa Acordo Verde, do Núcleo de Coleta Seletiva Acordo Verde do Jardim Cidade Universitária – e outras 14 pessoas catam 10 mil quilos de lixo reciclável por quinzena. “Papel, plástico, garrafa e, de quinze em quinze dias, ganho R$ 130 mais ou menos para completar a renda da família”, diz.

Mãe de dois filhos, ela conta com ajuda do marido para sustentar a casa. “Comecei trabalhando numa fábrica do Distrito Industrial, saí por um tempo, mas voltei para a coleta. Acho que as pessoas estão mais conscientes, mas ainda é muito pouco e não vejo minha renda crescer. O melhor é que sei que faço algo que é para o bem de todos, mesmo recebendo crítica e sofrendo com o preconceito”, comenta.

Conforme o também catador Rodrigo Gomes, o dinheiro é pouco e há ainda as perdas monetárias ao vender o material. “Aqui não se vende direto para a fábrica, mas para os atravessadores. Então o preço pelo quilo do material é ainda mais barato para a gente”, acrescenta.

É barato e precisa de quantidade para fazer diferença no bolso do trabalhador. Um quilo de vidro é vendido, em média, por oito centavos em João Pessoa. O quilo de 'pet' é vendido a R$ 1, o de latinha a R$ 2 e é por isso que cada grama a mais na coleta é tão valiosa. Mesmo um livro, quando encontrado no lixo, ao invés de virar leitura, vira material de reciclagem. “A gente encontra o livro e tenta vender, se não conseguirmos, a capa vai para a seção de papel misto [R$ 0,08/por quilo] e as páginas para o papel branco [R$ 0,25/por quilo]”, explica a catadora Marinalva.

Paraibanos devem evitar 5 praias neste fim de semana, diz Sudema


29/06/2013 06h00 - Atualizado em 29/06/2013 06h00 

Praias do Jacaré, Bessa I, Manaíra, Maceió e Guarita devem ser evitadas.
Relatório da Sudema tem validade até próxima quinta-feira (4).
 
Do G1 PB
As praias do Jacaré, em Cabedelo, Bessa I e Manaíra, em João Pessoa, além das praias do Maceió e da Guarita, no município de Pitimbu devem ser evitadas pelos banhistas, segundo o relatório semanal de balneabilidade das praias do litoral paraibano. A Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) informou que o relatório tem validade até a próxima quinta-feira, dia 4 de julho.
  
Na Praia do Jacaré, deve ser evitada a área localizada na margem direita do estuário do Rio Paraíba e, no município de Pitimbu, os banhistas devem respeitar a distância de 100 metros à direita e à esquerda das desembocaduras do Riacho do Arame, do Riacho do Engenho Velho e toda a extensão da Praia da Guarita. Já na capital, a mesma distância de 100 metros deve ser evitada em relação à desembocadura do Maceió do Bessa, além de toda a extensão da praia de Manaíra.
 
Conforme o relatório, as demais 51 praias do estado são consideradas adequadas para o banho e classificadas nas categorias excelente, muito boa e satisfatória. Apesar de classificadas como próprias à balneabilidade, a Sudema recomenda aos banhistas que evitem os trechos de praias localizados em áreas frontais a desembocaduras de galerias de águas pluviais, principalmente se houver indício de escoamento recente.
 
 
Fonte
 
 

terça-feira, 25 de junho de 2013

Chuvas no Litoral fazem Gramame/Mamuaba sangrar; no Sertão, açudes estão secos

Estado vive dois extremos. Segundo a Aesa, no Sertão paraibano o déficit pluviométrico já teve um desvio negativo de 43,5%. No Litoral, em três dias da semana passada choveu mais do que a média histórica do mês 


Cidades | Em 25/06/2013 às 09h16, atualizado em 25/06/2013 às 15h18 | Por Priscila Andrade e Hermes de Luna

Reprodução/Internet

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Jiboia é capturada às margens de rodovia, em João Pessoa


22/06/2013 17h09 - Atualizado em 22/06/2013 17h09 

Animal mede aproximadamente 2,5 metros de comprimento.
Captura ocorreu nas imediações do bairro Ilha do Bispo.
 
Do G1 PB
 
 
Jiboia mede aproximadamente 2,5 metros, segundo policiais do Batalhão Ambiental  (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Jiboia mede aproximadamente 2,5 metros, segundo policiais
do Batalhão Ambiental (Foto: Walter Paparazzo/G1)
 
Uma jiboia de aproximadamente 2,5 metros, segundo a Polícia Ambiental, foi capturada às margens da rodovia do Acesso Oeste, na altura do bairro Ilha do Bispo, em João Pessoa. Ainda de acordo com a PM Ambiental, a captura ocorreu no início da tarde deste sábado (22).
 
A cobra foi percebida por um morador do bairro, que acionou a PM Ambiental.  Segundo o sargento Rodrigues, que comandou a ação de captura, como estava em bom estado de saúde, a jiboia foi solta no local, área de mata e habitat natural da espécie, segundo o policial.


 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Água de Boqueirão vai ser racionalizada

Só será possível o uso da água para irrigação no limite de cinco hectares até fevereiro de 2014, de acordo com a ANA. 





Leonardo Silva
Medida visa evitar um futuro colapso no abastecimento da região

Irrigantes que sobrevivem da água do açude Epitácio Pessoa (Boqueirão) terão que racionalizar a água a partir dos próximos dias, na tentativa de evitar um futuro colapso no abastecimento da região.
 
De acordo com o superintendente de Regulamentação da Agência Nacional de Água (ANA), Rodrigo Flecha, só será possível o uso da água para irrigação no limite de cinco hectares até fevereiro de 2014, quando se inicia o período chuvoso. Os produtores que não cumprirem a determinação, poderão ser multados e terem seus equipamentos apreendidos.
 
A providência foi articulada durante uma audiência no Ministério Público Estadual, através das promotorias do Meio Ambiente e do Consumidor, ontem pela manhã. Conforme o superintendente da ANA, Rodrigo Flecha, haverá um trabalho conjunto entre diversos órgãos, como a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), iniciando pelo cadastramento dos irrigantes, que ocupam mais de 500 propriedades na região do Açude de Boqueirão e fiscalização a partir do dia 1º do próximo mês.
 
“Nós definimos um conjunto de ações que vamos validá-las com a Associação dos Irrigantes também. A Cagepa também tem que fazer o ser 'dever de casa'. Nós vamos manter a vazão da adutora de Campina Grande, mas a Cagepa vai ter que fazer campanhas educativas, vai ter que aumentar a instalação de hidrômetros. Com os irrigantes, informar que a irrigação só vai poder ser feita com até cinco hectares e para isso, vamos publicar boletins oficiais para acompanhamento dos níveis de reservatórios. A situação ainda está confortável, mas merece vigilância e atenção da parte de todos, sobretudo da população, que deve fazer a sua parte”, disse Rodrigo Flecha.
 
De acordo com ele, Boqueirão ainda está com 201 milhões de metros cúbicos (m³ )ou 48% do seu volume total. O superintendente explicou que ainda não existe a necessidade de racionamento, mas a água precisa ser racionalizada. “Nós observamos que muitos agricultores sobrevivem do que plantam e tirar essa água deles poderia causar um problema social”, contou. Segundo o que foi acordado, essa redução do uso da água deverá ser fiscalizada, possivelmente com o apoio da Polícia Ambiental, em todas as áreas demarcadas. Conforme o diretor do Dnocs, em Boqueirão, Jacobino Moura, hoje o açude perde sete milhões de m³ de água, por mês, mas no final de agosto, quando o clima começa a esquentar novamente, esse número pode aumentar para até 16 milhões de m³.

Segundo o diretor-presidente da Aesa, João Vicente Machado, se não houver mais recarga de água e sem racionalização, o manancial poderá passar para seu volume “morto” (cerca de 14% do volume total), em janeiro de 2015. O diretor, que também fez parte da diretoria da Cagepa, informou que a Companhia realizará uma série de serviços e atividades, na tentativa de controlar mais o uso da água, como a instalação de 30 mil hidrômetros, em Campina Grande, além do reaproveitamento da água utilizada para a lavagem dos seus filtros, que chega a ser de 90 litros por segundo.

Conforme a ANA, hoje a Cagepa utiliza 1.450 litros de água por segundo, mais do que foi outorgado pela agência, que era de 1.230 l/s, e cerca de 42% desse total acaba sendo desperdiçado com perdas físicas e não físicas. “São os vazamentos, ligações clandestinas, desperdício de água pela própria população”, frisou o superintendente da ANA. Para o promotor do Meio Ambiente, Eulâmpio Duarte, uma das alternativas que poderiam ser criadas pelo governo estadual, seria a criação de um auxílio que pudesse ser encaminhado aos pequenos agricultores, que necessitam da água de Boqueirão para irrigar suas pequenas plantações.
 
“Por que não, em uma necessidade premente, como uma seca, por que o governo não pode subsidiar os pequenos irrigantes, que inclusive não são muitas pessoas, aproximadamente 300 a 400 pessoas, que ficariam satisfeitas com um subsídio de um salário mínimo, por exemplo?”, questionou. A intenção dos órgãos é continuar realizando reuniões bimestrais, para avaliar se o que foi proposto funcionará. Uma nova reunião foi marcada para o dia 15 de agosto, no Ministério Público em Campina.




 

Agência Nacional de Águas e Governo do Estado restringem consumo da água do açude de Boqueirão

Da Redação com Assessoria
 
Governo do Estado restringe consumo da água do açude de BoqueirãoImagem ( Da Internet)
O Governo do Estado juntamente com a Agência Nacional de Água (ANA), o Ministério Público decidiram restringir o consumo da água do Açude Epitácio Pessoa, localizado no Município de Boqueirão, a partir desta quarta-feira (19), só podem ser irrigadas áreas com até cinco hectares.
 
A decisão foi anunciada nessa terça-feira (18), durante encontro de representantes dos órgãos na sede do Ministério Público da Paraíba, em Campina Grande. A expectativa é de que a determinação deva permanecer até fevereiro de 2014, quando se inicia o período chuvoso.
"A medida é importante para garantir a segurança hídrica desta região. É preciso racionalizar agora para que possamos evitar problemas maiores. Os produtores que não cumprirem a determinação poderão ser multados e terem seus equipamentos apreendidos por determinação judicial", alertou o presidente da Aesa, João Vicente Machado Sobrinho.
 
O cadastramento dos irrigantes tem início no próximo dia 26 e as fiscalizações começam a partir de 1º de julho.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Bombeiros inspecionam barracas

Iniciativa faz parte das ações de prevenção de acidentes provocados por materiais pirotécnicos e ocorreu em dois turnos




Ontem, o Corpo de Bombeiros fez uma vistoria nas 21 barracas que comercializam fogos de artifícios nas proximidades do estádio Almeidão, no bairro do Cristo, em João Pessoa. A iniciativa faz parte das ações de prevenção de acidentes provocados por materiais pirotécnicos e ocorreu em dois turnos. Pela manhã, a inspeção constatou problemas em seis barracas, principalmente em relação ao armazenamento dos produtos, que deveriam ficar a 20 centímetros (cm) do piso. Os barraqueiros foram notificados e tiveram até o período da tarde para regularizar a situação. Durante a segunda visita, porém, foi verificado que os problemas persistiram.
 
Na manhã de hoje, os ambulantes que estiverem regulares vão receber um certificado, comprovando a adequação às normas estabelecidas pelo Corpo de Bombeiros. Já as barracas que não se enquadrarem, serão interditadas. Não é a primeira vez que ocorre esse tipo de fiscalização. Uma inspeção anterior havia constatado irregularidades em sete barracas, e os comerciantes receberam um prazo de sete dias para se adequar e então receber o certificado.
 
Na inspeção, foram observados o armazenamento dos fogos, sinalização e localização dos extintores de incêndio, além das instalações elétricas e distribuição dos produtos à venda. As barracas que estavam fechadas foram notificadas pela equipe e os proprietários deverão comparecer ao Corpo de Bombeiros para regularizar a situação e receber certificado para funcionamento.
 
Jozanir Muniz, comercializa fogos de artifício há 20 anos e aprova o trabalho realizado pelo Corpo de Bombeiros. “É correto e necessário até para a segurança de quem trabalha com fogos”, disse o comerciante. A partir do próximo sábado, uma equipe dos Bombeiros irá montar um ponto base na área destinada à comercialização, no Bairro do Cristo, para orientar consumidores e comerciantes.
 
Quem perceber a comercialização ilegal deve denunciar o caso aos Bombeiros pelos telefones 193 e 3218-5733. (Michelle Farias)



Venda de lenha para fogueira é fiscalizada em JP e interior

A fim de evitar o comércio ilegal de espécies nativas, órgãos ambientais fiscalizam a venda de lenha para fogueiras.



Ilustração
Vendedores de lenha deverão fazer cadastro junto à Sudema
Faltando uma semana para os festejos de São João, em João Pessoa já é possível encontrar vários pontos de comercialização de lenhas para a montagem de fogueiras. Em virtude disto, órgãos ambientais já fiscalizam, deste o início do mês, a comercialização de lenha, a fim de evitar que espécies nativas sejam vendidas, o que é ilegal. Aquele que tiver interesse em ofertar o produto à população terá que se cadastrar na Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), pois caso seja flagrado sem a autorização do órgão, o vendedor poderá ser punido até penalmente.
 
De acordo com o chefe de Fiscalização do Batalhão de Polícia Ambiental e da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), major Luiz Tibério, existem 15 fiscais da Sudema realizando as fiscalizações em várias regiões do Estado, como na capital, no interior e Alto Sertão, que acontecem o apoio do Batalhão de Polícia Ambiental.
 
Major Luiz Tibério ressaltou que as pessoas que desejam trabalhar com a venda de lenha devem procurar a Sudema e oficializar a atividade. “Essas pessoas devem se deslocar até o órgão solicitando a autorização e aí, uma equipe técnica da Divisão de Floresta vai verificar se a espécie da lenha, a qual será comercializada, é legal para a atividade. Só então essas pessoas recebem a autorização para comercializar o produto”, explicou.
 
No entanto, quem descumprir a orientação será punido, conforme disse o major Luiz Tibério. “O vendedor que não for cadastrado na Sudema e for flagrado comercializando a lenha ilegalmente, pode ter o material apreendido, terá que pagar uma multa de R$ 300 por unidade ou fração, além da punição penal, que é de seis meses a um ano de detenção”, afirmou.
 
O vendedor José dos Santos tomou conhecimento que em anos anteriores alguns colegas que tentaram comercializar lenha, sem ter a autorização da Sudema, foram punidos, e, por esse motivo, buscou o órgão antes de começar a atividade. “Eu já sabia que não podia vender sem o órgão autorizar, então providenciei logo para não perder tempo e nem me prejudicar depois. Eu acho bom que tenha essas fiscalizações, porque a gente faz de tudo para trabalhar certo, não é? E por outro lado tem uns que querem se dar bem às custas dos outros”, declarou.
 
Além das fiscalizações do comércio de lenha, os fiscais da Sudema e do Batalhão de Polícia Ambiental também orientam a população sobre os locais que as fogueiras são proibidas de serem acesas.
 
“As fogueiras não devem ser acesas próximo de vegetações e árvores, abaixo de fiações elétricas e próximo de unidades hospitalares”, recomendou major Luiz Tibério. “Em Campina Grande, ainda existe outra ressalva, pois o Código Ambiental Municipal proíbe que fogueiras sejam acesas no asfalto, a menos 200 metros de estabelecimentos públicos ou particulares de uso coletivo, como igrejas, bares, restaurantes, creches e escolas, e ainda dos locais citados anteriormente, que são válidos para qualquer região do Estado”, completou.

domingo, 16 de junho de 2013

Bicho é usado para curar gente

Curiosidades | 16.06.2013 - 09:11h

Técnica diminui risco de doença cardíaca, fortalece sistema imunológico e aumenta expectativa de vida

Amanda Carvalho
 
Os riscos de doenças cardíacas diminuem, o sistema imunológico é fortalecido e a expectativa de vida aumenta. Estes são alguns benefícios – comprovados cientificamente – da interação do homem com animais. As terapias assistidas por animais estão ganhando espaço no País e, recentemente, o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, liberou a visita de bichos a pacientes. Em João Pessoa, a cinoterapia e a equoterapia são usadas em pacientes com atraso neuropsicomotor, paralisias, hiperatividade, timidez, stress... Os benefícios são tratados em vários trabalhos acadêmicos no mundo, mas as terapias ainda são pouco exploradas. Um detalhe importante: embora o cão seja o mais usado, qualquer animal – do escargot ao golfinho – pode ser um terapeuta.

Fonte


Sanhauá sofre com poluição intensa

No Rio Sanhauá vivem várias espécies de peixes, como curimã, bagre e saúna, além de camarão de água doce e caranguejos.

 


Fotos: Francisco França
 
A vida no Rio Sanhauá não tem sido fácil. Como se não bastasse o descaso por parte da população, o rio também sofre com os resíduos jogados pelas fábricas que ficam nas proximidades.

As consequências têm sido drásticas. Há duas semanas, por exemplo, centenas de peixes apareceram mortos. Os caranguejos dos manguezais que ficam às margens do Sanhauá também correm risco de serem extintos. Contudo, a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) descarta poluição química no rio. Os ambientalistas discordam.
 
No Rio Sanhauá vivem várias espécies de peixes, como curimã, bagre e saúna, além de camarão de água doce e caranguejos. A poluição afeta diretamente esses seres que, em casos extremos, morrem.
 
Segundo o ambientalista Fernando Yplá, o problema é decorrente de vários fatores: poluição industrial, do ar, da população ribeirinha, das pessoas que jogam lixo pela janela do ônibus e do carro, etc. “Cada um tem sua parcela de culpa”, afirmou.
 
Ele explicou que o Rio Sanhauá padece de dois problemas: a poluição, que é generalizada, e a contaminação, que é pontual. “Esta ocorre quando as indústrias jogam seus líquidos de forma irresponsável nos rios”, declarou.
 
Segundo ele, o mais coerente seria que antes mesmo de uma indústria se instalar em determinada área, apresentasse um plano de afluentes líquidos. A responsabilidade do poder público e dos órgãos ambientais também não pode ser esquecida.
 
A poluição ocasionada pelas indústrias também implica em problemas para os manguezais do Sanhauá. “Até certo tempo as pessoas tinham desprezo pelos manguezais devido ao cheiro forte, mas eles são o filtro natural dos rios e são muito importantes para a cadeia alimentar”, frisou o ambientalista. Quando resíduos são jogados no rio, o manguezal consequentemente é afetado. Isso implica na diminuição de caranguejos.
 
A diretora superintendente Laura Farias, da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), negou que a morte dos peixes tenha ocorrido por falha da fiscalização do órgão. Ela classificou o episódio como 'um acidente'.
 
“Não houve falha da Sudema, a fiscalização está sendo feita de forma correta e constante”, declarou. Entretanto, a diretora admitiu a possibilidade de ter ocorrido algum vazamento de algum produto químico em fábricas. “Estamos apurando as responsabilidades”, disse.

Diminuição de caranguejos é investigada pelo Ministério Público

Promotora cobrou esclarecimentos às fábricas existentes às margens do Rio Sanhauá e à Sudema.
 


 
 
A diminuição no número de caranguejos no Rio Sanhauá se tornou alvo de um inquérito por parte do Ministério Público Estadual (MPE). O pedido foi feito pela promotora de Justiça Maria Edlígia Chaves Leite, que cobrou esclarecimentos às fábricas existentes às margens do rio Sanhauá e à Sudema, sobre a regularidade das licenças ambientais.
De acordo com a promotora, essa preocupação é antiga. “O inquérito surgiu de um procedimento preparatório que existia há algum tempo”, declarou.
Ainda segundo ela, o relatório da Sudema identificou cinco fábricas na área em questão: Fibrasa, Sinremo, Brascorda, Monteiro e Cirla. Todas foram notificadas, mas das cinco, três fecharam. Restaram, portanto, duas: Cirla e Fibrasa. “As duas foram notificadas para apresentar a licença ambiental perante o MP".



Ambulantes do ‘São João Pra Valer’ farão curso sobre normas sanitárias e ambientais

SECOM
 
Ambulantes do ‘São João Pra Valer’ farão curso sobre normas sanitárias e ambientaisImagem ( Da Internet)
Os cerca de 400 ambulantes que irão trabalhar no 'São João Pra Valer' poderão contar com mais uma novidade na edição 2013. Em uma iniciativa pioneira, a Prefeitura Municipal de João Pessoa, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), disponibilizará um curso de noções básicas de manipulação e acondicionamento de alimentos e de normas sanitárias e ambientais. A capacitação será na próxima terça-feira (18), a partir das 13h, no auditório do Centro Administrativo Municipal (CAM), em Água Fria.

O curso será ministrado por técnicos da Secretaria do Meio Ambiente (Semam), do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Sanitária. As técnicas servirão para que os comerciantes ampliem a higienização do local em que vão trabalhar e atendam melhor o cliente. O secretário da Sedurb, Assis Freire, ressaltou a iniciativa da Prefeitura. "Este curso é de muita importância tanto para o ambulante que irá trabalhar quanto para o cliente que irá consumir os produtos. O prefeito Luciano Cartaxo acertou nesta decisão pioneira", frisou.

Programação - Às 13h haverá uma palestra com um técnico da Semam para orientar os comerciantes a como depositar o lixo no local adequado. Das 14 às 15h é a vez do Corpo de Bombeiros dar dicas de segurança para prevenção de algum incidente. Das 15h às 17h, técnicos da Vigilância Sanitária explicarão as noções básicas de manipulação e acondicionamento de alimentos.

No término da capacitação, os ambulantes receberão a camisa que será usada durante o evento, o crachá de identificação e o certificado de conclusão do curso.

São João Pra Valer - Este ano, o São João terá mais de 150 atrações, incluindo nomes como Gilberto Gil, Antônio Barros e Cecéu, Nando Cordel, Cavalo de Pau, Mastruz com Leite, Santanna, Genival Lacerda e Banda Encantu's. A programação inclui ainda cultura popular, Festival de Quadrilhas e a Vila Gastronômica.


 

sábado, 15 de junho de 2013

Aesa prevê chuva neste domingo, 16, em João Pessoa

15/06/2013 - 14:57

A temperatura deve ficar entre 29º e 22º, com nebulosidade variável e ocorrência de chuvas.

 
Apesar do sol deste sábado, 15, na Capital paraibana, a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa) informou que o domingo, 16, deverá ser de chuva.

A temperatura deve ficar entre 29 ºC e 22 ºC, com nebulosidade variável e ocorrência de chuvas.
 
Segundo a Aesa, as chuvas devem permanecer no Litoral, Agreste e Brejo da Paraíba até o mês de julho, já que este é o período chuvoso da região.
 
Para as regiões do Sertão, Cariri e Curimataú, o período característico de chuvas já se encerrou, o que se pode esperar são apenas precipitações isoladas.

da redação
WSCOM Online


Garimpo e agricultura causam desertificação em Picuí, diz pesquisa da UFCG

 

UFCG
 
Um trabalho científico desenvolvido na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) aponta a extração de minérios e o cultivo de espécies como agave e algodão como fatores importantes na desertificação de áreas do interior nordestino.
 
O estudo, realizado no município paraibano de Piauí, utilizou técnicas avançadas de geoprocessamento, associando análises espaciais em Sistemas de Informação Geográfica (SIG) com Sensoriamento Remoto, para produzir um mapa de classificação dos novéis de degradação do solo.
 
Verificou-se que a degradação ambiental dos solos pelo garimpo a significativa, mais não mais expressiva do que a degradação das terras pelos meios convencionais de cultivo da agriculturas, observa o doutorando em Recursos Naturais, Thyago de Almeida Silveira, autor da pesquisa.
 
O trabalho, intitulado Estimativa das áeas em Processo Degradaçao Ambiental por Garimpo e Agricultura no Município de Picuí, será apresentado em setembro na Universidad Nacional Agraria La Molina, em Lima, Peru, durante o IV Congreso Latinoamericano de Agroecologia.


 

Banhistas devem evitar quatro praias da Paraíba, alerta Sudema


15/06/2013 06h00 - Atualizado em 15/06/2013 06h00 

Relatório semanal é válido até a próxima quinta-feira (20).
 Praias de Bonsucesso, Jacaré, Manaíra e Maceió devem ser evitadas.
 
Do G1 PB
 
 
Praia de Manaíra, em João Pessoa (Foto: Krystine Carneiro/G1)
Praia de Manaíra deve ser evitada pelos banhistas
(Foto: Krystine Carneiro/G1)
Quatro praias paraibanas foram classificadas como impróprias para banho nesta semana pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema). De acordo com o relatório divulgado nesta sexta-feira (14), os banhistas devem evitar as praias de Bonsucesso, no município de Lucena; Jacaré, em Cabedelo; Manaíra, em João Pessoa, e Maceió, no município de Pitimbu.

Na praia de Bonsucesso, em Lucena, os banhistas devem evitar a área localizada 100 metros à direita e à esquerda da desembocadura do Rio Camaçari. Em Pitimbu, a mesma distância deve ser respeitada em relação à desembocadura do Riacho do Engenho Velho, na praia do Maceió. Em Cabedelo, está considerada imprópria ao banho a margem direita do estuário do Rio Paraíba na praia do Jacaré: e na Capital, os banhistas devem evitar toda a extensão da praia de Manaíra. Esta classificação é válida até a emissão do próximo relatório, no dia 21 de junho.

Outras 52 praias são consideradas adequadas para o banho e estão classificadas nas categorias excelente, muito boa e satisfatória até a próxima quinta-feira (20). Mesmo assim, a Sudema recomenda aos banhistas que evitem os trechos de praias localizados em áreas frontais a desembocaduras de galerias de águas pluviais, principalmente se houver indício de escoamento recente.


 

Alagamentos ainda causam transtornos

Mesmo com céu aberto, avenida Beira Rio ainda está alagada por causa da cheia do Rio Jaguaribe e requer atenção dos motoristas.
 

 

 
 
Após dois dias de chuvas intensas em João Pessoa, a cidade ontem amanheceu com o céu aberto, sem nuvens, porém os estragos deixados pelas precipitações continuam causando transtornos aos moradores da capital. A Avenida Ministro José Américo de Almeida, mais conhecida como Beira Rio, está alagada em virtude da cheia do rio Jaguaribe. Motoristas temem prejuízos nos veículos, inclusive a perda das placas de identificação.
 
Na manhã de ontem, muitos motoristas se arriscavam na travessia da avenida que ficou encoberta pelas águas do rio, no entanto a Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob) de João Pessoa informou que embora o tráfego na via esteja liberado para a passagem de veículos, carros de pequeno porte devem evitar o caminho. Como consequência do alagamento, o trânsito flui com lentidão. A Semob afirmou que não há outra via na cidade que esteja com a situação semelhante à Beira Rio, pois onde foram registrados os pontos de alagamento na última quinta-feira, a água já foi escoada e o tráfego voltou ao normal.
 
A advogada Ana Queiroga passou pelo local em seu veículo, mas além de ter a placa do carro retirada pela força da água, se preocupou com o mecanismo do veículo. “A placa é o de menos, até já resolvi esse problema, mas a preocupação maior é se tiver danificado alguma parte mecânica do carro, porque aí o prejuízo é maior”, relatou.
 
Para recuperar a placa do veículo, Ana Queiroga retornou ao trecho alagado e pagou a um rapaz a quantia de R$ 30 para ter o item de volta. O motivo é que embora as consequências das chuvas causem prejuízo para uns, outros encontram um meio de ganhar dinheiro com a situação. É o caso de um desempregado que preferiu não se identificar. Ele fica no ponto de alagamento da Beira Rio, catando do chão as placas que caem do veículo.
 
“Quando eu vejo o carro saindo da água sem a placa já faço o sinal para o motorista. Procuro as placas com os pés e guardo. Depois os motoristas voltam, dizem qual é a placa e me pagam por elas”, relatou, sem o menor pudor. “Estou ganhando meu dinheirinho”, completou.
 
Já o empresário Alvary Candeia não teve a mesma sorte que a advogada e maioria dos motoristas. Certo de que resgataria sua placa, voltou ao local, mas foi embora sem ela. “Antes de vir, me informei com o Detran (Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba) sobre como recuperar a placa, através do órgão, mas é muita burocracia. Para mim, o pior é a perda de tempo, sem contar que no Detran o serviço custa R$ 150, aqui (na rua) eles cobram R$ 30, mas eu pagaria até R$ 50 pela praticidade”, declarou.
 
Alvary Candeia ainda comentou. “O rio encher e a cidade ter pontos de alagamento são situações corriqueiras, que acontecem todos os anos nos períodos de chuva. Sabemos que se trata de um fenômeno natural, mas ninguém faz nada para mudar o cenário”, asseverou.
 
COMUNIDADES
Trânsito à parte, as consequências vão além. Com a pausa das chuvas, os moradores das comunidades localizadas nas áreas de risco de João Pessoa, aproveitaram o dia de sol para realizar a limpeza das casas que ficaram tomadas pela lama, oriundas das cheias e dos deslizamentos de barreiras, como na comunidade do Timbó, no bairro dos Bancários, de onde foram retiradas 40 famílias.
 
Saturnino de Brito, no bairro Jaguaribe e São José, em Manaíra, também estão localizadas em áreas de risco. As três comunidades foram as localidades mais atingidas pelas chuvas intensas e constantes dos últimos dois dias. Segundo a Defesa Civil Municipal, 160 famílias dessas áreas já foram relocadas para abrigos seguros e serão beneficiadas pelo auxílio aluguel até que o condomínio da prefeitura seja concluído e entregue à população. (Colaborou Luzia Santos)
 
CG: PREVISÃO DE CHUVA
As chuvas que têm caído sobre Campina Grande nos últimos dias devem continuar neste fim de semana. Pelo menos é essa a previsão da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), que apontou a manutenção dessas precipitações, só que de forma irregular, uma vez que o período chuvoso da região da Borborema está em fase final de ciclo. Por isso, a Coordenação da Defesa Civil do município se manterá em alerta para agir em caso de problemas nas áreas de risco.
 
Como a cidade possui 26 pontos de alagamento, principalmente localizados nos bairros de Bodocongó, Araxá, Cruzeiro, Rosa Mística, Serrotão, Cidades, Distrito dos Mecânicos e Três Irmãs, duas equipes da Defesa Civil estão se revezando para atender a população. Contudo, desde a última segunda-feira até ontem, a coordenação do órgão ainda não havia sido acionada pela população denunciando problemas, devido ao acúmulo e invasão de águas nas residências.
 
“Nossas equipes continuarão monitorando todas essas áreas da cidade, mas até agora não fomos acionados para nenhuma ocorrência. Como a chuva não tem sido forte, não há grandes problemas nos bairros no que diz respeito aos alagamentos. Como nós realizamos atividades preventivas, as pessoas estão bem informadas como devem agir, contudo, pela pouca intensidade da chuva nos últimos dias, o monitoramento tem sido bastante tranquilo”, destacou Ruiter Sansão, coordenador da Defesa Civil de Campina Grande. (Givaldo Cavalcanti)

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Dois jacarés são capturados em João Pessoa

14/06/2013 08h50 - Atualizado em 14/06/2013 11h04 

Um dos animais estava próximo a uma escola municipal.
Um dos jacarés chega a medir mais de 2 m de comprimento.
 
Do G1 PB
 
 
Um dos jacarés media mais de 2 metros de comprimento, segundo a PM Ambiental  (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Um dos jacarés mede mais de 2 metros de comprimento,
segundo a PM Ambiental (Foto: Walter Paparazzo/G1)

Dois jacarés foram apreendidos pela Polícia Ambiental na madrugada desta sexta-feira (14) no bairro do Cristo Redentor, em João Pessoa. De acordo com o tenente Eduardo Rodrigues, um dos animais chega a medir mais de 2 metros de comprimento. Um deles foi capturado próximo a uma escola municipal.
  
O tenente Eduardo Rodrigues disse que os animais estavam muito agressivos e os policiais encontraram dificuldades durante a captura.
 
“O estresse desses animais foi motivado pelo fato de eles não estarem no hábitat natural deles. Quando em contato com a área urbana, esses animais ficam agressivos”, explicou o policial, que acrescentou ainda que as chuvas facilitam o aparecimento desses répteis.
 
O segundo jacaré foi capturado na Comunidade Novo Horizonte, também no bairro do Cristo. Moradores do bairro ligaram para a PM ambiental avisando da presença dos jacarés. “Essa é uma atitude em que toda a população deve se espelhar. Ao avisar à polícia, a população não vai correr riscos de sofrer acidentes e também estará preservando a vida dos animais”, completou Eduardo Rodrigues. O telefone para a população entrar em contato sempre que presenciar animais silvestres é o 3218-7222 ou o 190.
 
Os animais, segundo a polícia, estavam em bom estado de saúde e serão levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama. Após um período de quarentena, serão devolvidos à Natureza.
 
 
Animais serão levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetras) do Ibama (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Animais serão levados para o Centro de Triagem de Animais
Silvestres (Cetras) do Ibama (Foto: Walter Paparazzo/G1)
 
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Chuvas suspendem visitação no Jardim Botânico até o final de semana

O acesso a alguns locais do Jardim Botânico está impossibilitado devido à elevação do nível do Rio Jaguaribe

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Chuvas suspendem visitação no Jardim Botânico até o final de semanaA Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) suspendeu as atividades de visitação ao Jardim Botânico de João Pessoa até o final de semana, devido às chuvas que têm atingido a capital nos últimos dias.
 
Com as chuvas, o nível do Rio Jaguaribe se elevou, impedindo o acesso a alguns locais no Jardim Botânico. O acúmulo de água nas trilhas também prejudica o passeio e pode causar acidentes, colocando em risco a segurança dos visitantes.
 
De acordo com a diretoria do Jardim Botânico, as visitações devem ser retomadas na próxima terça-feira (18). Enquanto isso, a administração segue funcionando em seu expediente normal: de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h.
 
O Jardim Botânico de João Pessoa recebe pessoenses e turistas de terça a sábado, das 8h às 17h. Para mais informações sobre agendamento e horário de trilhas, o visitante pode entrar em contato pelo número 3218-7880.


João Pessoa terá descarte e destinação corretos de lâmpadas fluorescentes


Projeto é pioneiro na região Nordeste e pretende diminuir o dano ao meio ambiente e à saúde pública, causados pelo mercúrio tóxico 
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Notícias
João Pessoa terá descarte e destinação corretos de lâmpadas fluorescentesGrande parte dos consumidores brasileiros aderiu às lâmpadas fluorescentes, no início dos anos 2000, por serem até 80% mais econômicas que as convencionais. Bom para a economia, no entanto, um problema para o meio ambiente. Essas lâmpadas têm como um dos principais componentes o mercúrio, um metal pesado extremamente tóxico. O que fazer com as lâmpadas, então, quando não funcionam mais? Em João Pessoa, um projeto pioneiro irá coletar, separar e destinar esse material para preservar a saúde pública e o meio ambiente.
 
O projeto está sendo iniciado agora, através do Sebrae Paraíba e do Grupo Emporium. As empresas paraibanas Empório da Luz e Light Design receberão uma consultoria especializada e se tornarão pontos de coleta das lâmpadas fluorescentes e lâmpadas que contém gases metálicos. As empresas serão responsáveis pela destinação desse material para uma indústria de reciclagem, que fará a separação dos componentes e o descarte adequado. A estimativa é que os pontos de coletas estejam disponíveis em, no máximo, três meses.
 
“O mercúrio é extremamente tóxico e não pode ser descartado no meio ambiente. A Lei ambiental 12.305/2010 prevê o gerenciamento de resíduos sólidos e determina que quem opera ou fabrica esses resíduos deve fazer a coleta e dar destino adequado. Estamos preocupados com isso e resolvemos iniciar o projeto”, afirmou o empresário Daniel Muniz, proprietário da Empório da Luz.
 
Os pontos de coleta das lâmpadas ficarão na rua Maciel Pinheiro (Centro) e na avenida João Câncio (Manaíra), em João Pessoa. Quaisquer consumidores e empresários poderão depositar suas lâmpadas nesses pontos. A previsão é que sejam coletadas cerca de duas mil lâmpadas a cada mês.
 
A analista técnica do Sebrae e gestora do projeto setorial do comércio, Alessandra Travassos, destaca a importância dessa ação. “Esse é um projeto inovador na região Nordeste e que serve como modelo a ser adotado por outras empresas. O Sebrae apóia e incentiva esse tipo de iniciativa, pois queremos trabalhar juntos pela sustentabilidade, com ações inovadoras”, afirmou Alessandra.
 
Ela explicou que a iniciativa da ação partiu de soluções identificadas por agentes locais de inovação (ALI), enquanto a empresa era atendida pelo programa do Sebrae. “A empresa também participou do programa SebraeTec e foi direcionada para o projeto de Desenvolvimento Setorial do Comércio”, destacou Alessandra, explicando que esses programas e projetos do Sebrae fomentam a inovação e o emprego da tecnologia, com atendimento in loco nas micro e pequenas empresas.
 
“É muito importante que os empresários tenham essa visão e compreendam a relevância de projetos sócio ambientais, tanto para o crescimento do seu negócio, como para a melhoria da sociedade em que vivemos. O Sebrae estimula o uso de tecnologia e ideias inovadoras nas empresas, como uma prática que resulte em crescimento do negócio”, acrescentou a analista do Sebrae.
 
 

Caatinga: um bioma entre a devastação e a conservação

Por Maria Marta Avancini e Glória Tega 

10/06/2013

A diversidade da flora e da fauna da Caatinga coloca o bioma – considerado o único tipicamente brasileiro, dentre os nove que ocupam o território nacional – em uma posição privilegiada no cenário internacional: em 2003, foi classificada pela organização Conservation International como uma das 37 grandes regiões naturais do planeta que devem ser conservadas e protegidas, pois assim como outros biomas, colabora para a manutenção dos padrões regionais e globais do clima, da disponibilidade de água potável, de solos agriculturáveis e de parte relevante da biodiversidade do planeta. Apesar disso, o interesse pelo bioma, inclusive no campo da ciência, é recente, e o conhecimento produzido ainda é restrito. Esse cenário, somado à crescente devastação da Caatinga, remete ao debate urgente sobre sua conservação.

A Caatinga é o bioma que predomina na região do semiárido brasileiro, com uma população de cerca 22 milhões de pessoas – ou 11,8% da população nacional. Na Caatinga estão catalogadas 2.240 espécies de vegetais e animais, segundo informações publicadas no site da Associação Caatinga, que atua em prol da preservação do bioma. Dessas, 481 são endêmicas – ou seja, só existem na região. Elas se distribuem em uma área estimada em 959 mil km² (ou 9,9% do território nacional), ocupando nove estados brasileiros: Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Bahia e norte de Minas Gerais.
 
O semiárido se caracteriza pela baixa incidência de chuvas (em relação a outros biomas) e pela irregularidade da precipitação. Em média, por ano, chove entre 300 mm e 500 mm, mas nas áreas de maior altitude tende a chover mais – a média pode chegar a 1.200 mm/ano. A temperatura é sempre elevada: 25 ºC a 30 °C, em média, e o clima severo faz com que os rios sejam temporários e que na vegetação predominem as plantas xerófitas (cactáceas e outras espécies espinhosas).
 
A baixa incidência de chuvas, a irregularidade do regime pluviométrico, as elevadas temperaturas e o solo predominantemente cristalino (pouco permeável) configuram um cenário de déficit hídrico, que alimentou o imaginário de que “não há nada”. No entanto, como pontua a organização Articulação Seminário Brasileiro (ASA), o semiárido brasileiro não se caracteriza pela falta de água; pelo contrário, é o semiárido mais chuvoso do planeta.
 
Ao contrário do que parece à primeira vista, há uma grande variedade de paisagens na região, com dez tipos de unidades: depressão sertaneja, chapadas altas, superfícies dissecadas, superfícies trabalhadas, Chapada Diamantina, dentre outras, evidenciando as especificidades do bioma em termos de estrutura física e dos aspectos bióticos, segundo a publicação Biodiversidade da Caatinga: áreas e ações prioritárias para a conservação, do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
 
Riqueza esquecida
A diversidade de espécies faz da Caatinga a região semiárida mais rica em fauna e flora do mundo. Essa riqueza, contudo, só começou a ser valorizada recentemente. “A diversidade da Caatinga sempre foi subestimada, por isso se tornou o bioma menos valorizado e conhecido do país”, analisa o geólogo Washington Franca-Rocha, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), na Bahia.
 
Mais do que uma percepção, a afirmação do professor se sustenta em dados: Franca-Rocha coordenou o “Mapeamento da cobertura vegetal do bioma Caatinga”, que integra o Mapeamento de cobertura vegetal dos biomas brasileiros, lançado em 2007 pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Utilizando imagens feitas por satélites e comparando dados atuais com os do fim da década de 1960, o estudo concluiu que até 2002 a cobertura vegetal natural correspondia a 62,69% da região.
 
Outro estudo mais recente, o Relatório do monitoramento do desmatamento do bioma Caatinga, divulgado pelo MMA e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em 2011, aponta para uma aceleração do processo de desmatamento ao longo da primeira década do século XXI: em 2002, 43% da vegetação original havia sido suprimida; em 2008, o desmatamento chegava a 45%. Em números absolutos, a Caatinga teve 16,5 mil km² de cobertura nativa suprimida no período analisado – ou uma perda média de 0,33% por ano. “Em nosso estudo constatamos algumas áreas com maior aceleração da desertificação”, conta o professor da UEFS. Essas áreas concentram-se nos estados de Pernambuco, Paraíba, Piauí, Bahia e norte de Minas Gerais.
 
A mão do homem
No livro Mudanças climáticas e desertificação no semiárido brasileiro, Franca-Rocha explica que a região era ocupada por florestas durante o período pré-colombiano. Com a chegada dos portugueses, já no século XVI, a área começou a ser utilizada para a criação de gado, o que acarretou na mudança da vegetação, que assumiu características mais parecidas com a atual – arbustiva e ramificada. Assim, em um processo que remonta ao século XVI, já se observam os principais vetores da destruição da Caatinga: a pressão populacional, combinada com a exploração econômica dos recursos naturais.

De um lado, a Caatinga é a região semiárida mais povoada do planeta; são cerca 28 milhões de pessoas que dependem dos recursos naturais para viver. De outro lado, vem sofrendo as pressões da expansão da fronteira agrícola no país, passando a ter grandes áreas ocupadas para a plantação de soja, milho e algodão. É o que está ocorrendo no Piauí: de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado perdeu 48,7 mil quilômetros de Caatinga, o que corresponde a 30,9% do bioma. O dado consta dos Indicadores de desenvolvimento sustentável 2012, lançado durante a conferência Rio +20.

O avanço da fronteira agrícola significa desmatamento, fragilizando ainda mais o delicado equilíbrio climático da Caatinga. No caso do Piauí, afirma o IBGE, boa parte do desmatamento é feito para viabilizar a agricultura familiar, mas o agronegócio também começa a ganhar espaço na região, intensificando os impactos ambientais. Em 2009, por exemplo, foram identificados 3,9 mil focos de calor no Piauí contra 3,5 mil em 2004, de acordo com o IBGE.

A exploração de carvão é outro fator que contribui para acelerar o desmatamento. Novamente, o estado do Piauí é o cenário de devastação, exemplificando um processo que se repete em outras partes da Caatinga. Em 2006, foi implantado na região da Serra Vermelha o projeto Energia Verde, com aprovação do Ministério do Meio Ambiente, prevendo o desmatamento de 78 mil hectares de matas nativas para a produção de carvão vegetal. “Seria o maior projeto de exploração de carvão vegetal do Brasil, com autorização do governo federal para exportar o material, o que hoje é proibido pela legislação, que veda a exportação de carvão vegetal oriundo de matas nativas”, afirma o fotojornalista André Pessoa, especializado em reportagens ambientais e responsável por um extenso registro fotográfico da Caatinga.

O projeto acabou envolvido em uma série de irregularidades ambientais e trabalhistas, como o uso comprovado de trabalho escravo. Por isso, foi suspenso pela Justiça, mas não houve a interrupção da exploração de carvão. “O projeto foi paralisado no início, freando as consequências negativas como a intensificação da desertificação de uma área já bastante ameaçada. Mas, depois que a Justiça paralisou o projeto, os empresários terceirizaram a exploração de carvão nas pequenas propriedades no sul do estado, gerando uma destruição de mais de 100 mil hectares de Caatinga”, denuncia Pessoa, que registrou a destruição em fotos.

A expansão da fronteira agrícola e a exploração irregular de carvão vegetal não são ameaças restritas ao Piauí, estendendo-se também ao norte de Bahia, Pernambuco e Paraíba, alerta o professor Franca-Rocha, sendo observadas inclusive em áreas de baixíssima incidência de chuvas. “Esse tipo de exploração dos recursos intensifica o processo de desertificação, gerando perdas para a biodiversidade e agravando a pobreza da população”, reitera.


   

 
Os fornos para a produção insustentável de carvão no Piauí. Desmatamento e desertificação que colocam o bioma em risco. Fotos: André Pessoa


Convivendo com a seca
A reversão desse cenário remete às políticas de conservação da Caatinga, as quais deveriam se traduzir em ações tais como a conversão de algumas áreas do bioma em áreas de preservação. “Isso tem que ser feito pelos órgãos de proteção ambiental, caso contrário corremos o risco de perdas irreparáveis para o bioma e o ecossistema”, pontua o professor da UEFS.

Atualmente, a criação de unidades de conservação como os parques nacionais tem sido uma das principais linhas das políticas públicas voltadas para a preservação da Caatinga. Existem na região 24 unidades de conservação sob responsabilidade do Instituto Chico Mendes (ICMBio), ligado ao Ministério do Meio Ambiente, mas representam cerca de 1% da área total do bioma. Dessa forma, em relação a outros biomas brasileiros, as ações de conservação da Caatinga são menos intensas, pontua o geólogo Franca-Rocha, ampliando o risco de devastação. Some-se a isso as políticas de combate à seca no passado, que enfatizaram o “enfrentamento” em vez da “convivência” com as condições e características do clima e do bioma do semiárido.

Nesse cenário, organizações da sociedade civil ganham espaço no sentido de propor alternativas voltadas à conservação, por meio de projetos, campanhas e outros tipos de iniciativas. A Associação Caatinga, por exemplo, foi a responsável pela campanha que resultou na escolha do tatu-bola como mascote da Copa do Mundo de 2014 e mantém um projeto destinado à preservação do animal, listado entre as espécies ameaçadas de extinção. Esse tipo de iniciativa, somada a tantas outras, entretanto, permanecem isoladas.


Mesmo lugar, duas paisagens
Quando se fala da Caatinga, a memória traz a imagem ligada a galhos secos e retorcidos, estáticos, sobre uma terra laranja que o sol escaldante secou. O vento quente, que às vezes bate, não balança nenhuma folha verde, pois todas estão completamente secas, mortas talvez.

Mas a seca não dura o ano todo. Na época da chuva a paisagem muda completamente. A morte dá lugar à vida, ou melhor, àquela vida que estamos acostumados, já que, na verdade, a morte nunca esteve presente na vegetação da Caatinga.

 
                             



A Caatinga e suas facetas: em setembro de 2012 e janeiro de 2013. A vida sob diferentes aspectos. Fotos: Glória Tega

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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Licenças ambientais sem acompanhamento

Segundo pesquisa do IBGE apenas 13 cidades da Paraíba acompanham vigência das licenças ambientais de abastecimento de água.








Divulgação
Segundo Laura Farias, da Sudema, a falta de acompanhamento pode trazer prejuízos


Dos 223 municípios da Paraíba, 90,1% deles não adotam nenhum tipo de procedimento para acompanhar a vigência das licenças ambientais relativas aos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, o que corresponde a 201 cidades. Os dados fazem parte do Perfil dos Municípios Brasileiros 2011, estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
Segundo a pesquisa, apenas 13 cidades acompanham a vigência das licenças ambientais de abastecimento de água (5,8%), 16 adotam o procedimento no sistema de esgotamento sanitário (7,1%) e somente 19 acompanham a vigência das licenças ambientais de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas (8,5%).
De acordo com a titular da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), Laura Farias, o órgão não tem como apontar quais as principais localidades onde há ausência de procedimentos que acompanhem a vigência da licença, pois esse tipo de acompanhamento fica a cargo de cada requerente, ou seja, quando as Prefeituras dão entrada nas licenças ambientais, o órgão municipal do meio ambiente será o responsável por observar os prazos. “A Sudema só entra na fase fiscalizatória, caso haja algum descumprimento quanto à vigência da licença ambiental, iremos atuar”, afirmou.
 
Segundo Laura Farias, a falta de acompanhamento no prazo da licença pode acarretar prejuízos para os municípios.
 
“Independente do procedimento que será executado, seja abastecimento, esgotamento ou drenagem, o licenciamento, em relação ao período da vigência da licença ambiental e suas condicionantes, é importante para todos os municípios, pois o descumprimento dele pode gerar alguns transtornos para o órgão ou empresa executora, como multa, interdição da obra e até mesmo o embargamento dela”, ressaltou.
 
“Para a população, o prejuízo está relacionado à demora na conclusão do serviço, caso a obra seja interditada por parte da Sudema”, completou ao destacar que não há diferença no método de acompanhamento, sejam em cidade pequenas ou nos grandes centros urbanos.
 
Para o vice-presidente da Associação Paraibana do Meio Ambiente (Apan), Antônio Augusto de Almeida, as Prefeituras da Paraíba estão deixando a desejar no que diz respeito às políticas públicas que presam pelo meio ambiente. “De modo geral, as Prefeituras da Paraíba estão atrasadas em relação às políticas públicas estabelecidas pelo governo federal em relação ao meio ambiente, habitação, captação de recursos, entre outros quesitos. Só as maiores cidades, com mais 30 mil habitantes, que possuem algum quadro técnico com qualificação para atuar nessas áreas e com isso deixam a desejar”, afirmou.

Segundo Antônio Augusto de Almeida, apesar do Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual da Paraíba (Ideme) apoiar os municípios, passando alguma assessoria, não é suficiente para que as prefeituras tenha bom desempenho.
 
“Somente isso não traz bons resultados, a exemplo dessa estatística apontada pelo IBGE. Em matéria de meio ambiente, a situação é vergonhosa. Apenas João Pessoa possui uma secretaria de Meio Ambiente, Campina Grande apenas uma coordenadoria, as demais cidades estão totalmente alheias à questão ambiental, que teve o planejamento sustentável na conferência realizada há mais de 20 anos”, disse.
 
“No ano passado, houve a Rio+20 para rever o plano e, infelizmente, a Paraíba tem se mantido ausente dessa questão, principalmente agora, com os processos de mudanças climáticas, considerando que nossa região tem mais de 80% de sua área incluída no Semiárido”, completou.