terça-feira, 31 de julho de 2012

Edifício mais alto da Paraíba e um dos 20 mais altos do país será abastecido por gás natural

Cidades | Em 31/07/12 às 10h56, atualizado em 31/07/12 às 10h59 | Por Ascom
O edifício Rio Mamoré foi entregue recentemente aos seus condôminos e já veio totalmente estruturado para receber esse combustível como solução para cozinha e aquecimento de água.


O condomínio residencial Edifício Rio Mamoré, um dos 20 maiores do Brasil e atualmente o mais alto da Paraíba, acaba de ser ligado ao gás natural canalizado. A Companhia Paraibana de Gás (PBGás) instalou o sistema de distribuição nos 43 pavimentos.

A PBGás está comemorando a instalação como um grande marco da sua história, tendo em vista  ser um empreendimento arrojado, e que vem com o título de edifício mais alto da Paraíba, segundo observou o diretor técnico comercial da Companhia, Germano Sampaio de Lucena.

"Ligar o Edifício Rio Mamoré não representa um fato isolado. É uma conquista emblemática e uma ação que abre precedente para outras instalações de gás natural em condomínios residenciais do Estado, sendo uma forma de atrair nova clientela”, disse.

Germano Sampaio lembrou que, entre 2011 e 2012, a PBGás teve um crescimento de 150 por cento nas instalações de gás natural para residências. "Entre maio do ano passado e abril deste ano, nós pulamos de 1 mil para 3 mil clientes residenciais. Isso demonstra que a companhia está crescendo e que a cultura do gás natural está se enraizando na Paraíba”, comentou.

O edifício Rio Mamoré foi entregue recentemente aos seus condôminos e já veio totalmente estruturado para receber esse combustível como solução para cozinha e aquecimento de água. A PBGás realizou um trabalho junto à construtora responsável para dotar o imóvel com essa estrutura.

"Esse é o trabalho que estamos fazendo junto aos construtores da Paraíba”, explicou Germano, adiantando que a companhia está atenta ao desenvolvimento imobiliário e presente nas grandes conquistas da Paraíba. "Esse edifício é uma conquista não só para a PBGás, mas para todo o Estado. Ele é um marco da construção civil e uma vitrine para outros empreendedores que buscam modernidade associada a soluções energéticas mais sustentáveis, ecologicamente corretas e com maior economia, e estas são as características principais do gás natural”, finalizou.



Biotério é credenciado para usar animais em pesquisas


O avanço nos estudos científicos sobre patologias cardiológicas e neurológicas acabam de ganhar um reforço. Pela primeira vez, a Paraíba tem um biotério, local onde são criados e mantidos animais com a finalidade de serem usados como cobaias em experimentação, credenciado pelo Conselho Nacional de Controle da Experimentação Animal (Concea), o que estimulará as pesquisas na área. O laboratório da Facisa (Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas) recebeu o sinal verde do órgão e deve intensificar os estudos em Medicina, Enfermagem e Fisioterapia.

Ao todo, são 260 animais, entre camundongos e ratos, que servirão para que sejam desenvolvidas aulas práticas com os alunos e desenvolvidos projetos científicos com finalidade para encontrar alternativas de tratamento e cura para várias doenças.

Como explica Thárcia Kiara de Oliveira, médica veterinária e coordenadora do biotério, esse credenciamento foi de fundamental importância para que essas atividades possam ser desenvolvidas de forma que contribua para o avanço nos estudos. O valor investido é de quase R$ 1 milhão.

“Nós temos cerca de 10 professores pesquisadores que estão prontos para desenvolver estudos que são fundamentais para encontrar alternativas de tratamento para doenças cardíacas e neurológicas, como por exemplo Alzheimer. Nós induzimos a esclerose e desenvolvemos estudos para tentar reverter o processo. Temos material cirúrgico adequado, gaiolas onde os animais são mantidos e um vasto equipamento para que tudo esteja dentro do que o Conselho de Ética no Uso de Animais determine”, destacou.

A importância da atuação desse Conselho foi salientada pela especialista, uma vez que, para que esses procedimentos possam ser realizados, existem alguns critérios a serem seguidos: “Nós temos todo um protocolo a seguir. Respeitar os princípios éticos, como reduzir o número de procedimentos, sedar para que o animal não sinta dor, e tratá-lo para que ele tenha todas as condições, não passando fome ou sede”, explicou Kiara, que confirmou que pesquisadores de outras instituições do Estado também procuram a faculdade para dar continuidade aos seus estudos.


segunda-feira, 30 de julho de 2012

Vale do Piancó também receberá águas do São Francisco

Cidades | Em 25/07/12 às 09h48, atualizado em 25/07/12 às 09h54 | Por Da Redação, com Assessoria de Comunicação

Uma adutora de 26,5 quilômetros de extensão vai beneficiar a população do Vale do Piancó com águas da transposição do rio São Francisco.

Uma adutora de 26,5 quilômetros de extensão vai beneficiar a população do Vale do Piancó com águas da transposição do rio São Francisco. O pleito antigo da região para tornar o rio Piancó perene vai se tornar realidade graças à aprovação do projeto técnico encaminhado pelo Governo do Estado ao Ministério da Integração Nacional para a chegada das águas no município de Conceição.

Os estudos foram aprovados por unanimidade pelo Conselho Gestor do São Francisco, que envolve os quatro estados que receberão as águas (Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba), além do Ministério da Integração Nacional; Ministério das Minas e Energia, Casa Civil da Presidência da República, Agência Nacional das Águas, dentre outros órgãos.

O secretário dos Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia, João Azevedo, explicou que a adutora será implantada desde o eixo Norte da transposição até a Barragem Condado, no Município de Conceição. "Estamos agora na fase de detalhamento do projeto para que em 2013 a gente tente incluir como obra prioritária do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”, destacou o secretário, acrescentando que a adutora vai permitir que a água do São Francisco seja melhor distribuída na Paraíba.

As outras três entradas das águas do Rio São Francisco na Paraíba são por Monteiro, via barragem Porções, (eixo Leste) e São José das Espinharas (eixo Norte), esse eixo com duas entradas, uma na barragem Engenheiro Avidos e outra na Lagoa do Arroz. O Governo federal retomou em Pernambuco no mês de abril as obras do lote 12 que vão atingir Monteiro, com previsão de chegada das águas até o final de 2014.

Fonte

 

14 açudes da Paraíba têm menos de 20% de água

Cidades | Em 30/07/12 às 06h57, atualizado em 30/07/12 às 06h58 | Por Daniel Mota, Jornal Correio da PB
 
Aesa: chuvas ocasionais não são suficientes para aumentar a capacidade de mananciais e outros podem entrar em colapso


Catorze açudes estão com menos de 20% da capacidade de armazenamento na Paraíba. Destes, três deles estão com volume inferior a 5%, o que torna a situação crítica. Dos doze açudes, nove ficam no Sertão, quatro no Cariri e um no Curimataú do Estado. Além disso, até ontem a Agência Estadual de Gestão das águas (Aesa) tinha registrado oito reservatórios sangrando, e um totalmente seco, localizado em São José de Sabugi, no Sertão. Outros quatro reservatórios estão próximos de chegar aos 20% de volume armazenado. Em São Gonçalo, perímetro irrigado de Sousa, o Ministério Público determinou racionamento de água.

De acordo com o gerente regional de Bacia da hidrográfica da Aesa, Isnaldo Candido da Costa, as chuvas ocasionais que vem caindo nos últimos dias não serão o suficiente para aumentar a capacidade dos açudes.

“Ainda temos quase sete meses de seca e de lá pra cá não acredito que possa aumentar a capacidade desses açudes. A tendência é que outros que já estão chegando à capacidade mínima entrem em estado crítico. Por outro lado, temos que levar em consideração que os maiores mananciais, como Coremas, Boqueirão e Engenheiro Ávidos, estão com capacidade acima da metade e não oferece muita preocupação”, explicou.

Os açudes que estão com capacidade abaixo dos 20% são ‘Bichinho’, em Barra de São Miguel, com 15,9%, ’Serrote’, em Monteiro, com 5,4% e ‘Ouro Velho’, em Ouro Velho, no Cariri, com 2,9% e ‘Prata II”, em Prata, com18,3%.

Já no Sertão, o açude ‘Carneiro’, em Jericó está com apenas 16,6% da capacidade total, ‘Saco’, em Nova Olinda com 7,1%, ‘Chupadouro I’, em São João do Rio do Peixe, com 9,6%, ‘São Mamede’, em São Mamede, com 18,2, “Farinha’ em Patos, com 18,7%, Novo II’, em Tavares, com 17,6% ‘Bastiana’, em Teixeira, com 5,6%, além dos reservatórios de ‘Sabonete’ e ‘São Francisco II’ também com 9,5% e 2,8%, respectivamente.

No Curimataú paraibano, reservatório de Caraibeiras, em Picuí, está com apenas 13,8% de sua capacidade, que é de mais de 2,7 milhões de m³.

Sangrando


Dos oito açudes que estão sangrando, seis ficam na Zona da Mata e dois no Agreste da Paraíba.

Os reservatórios de ‘Aracagi’, em Aracagi, ‘Brejinho’, em Juarez Távora, ‘Chã das Pereiras’ em Ingá, ‘São Salvador’, em Sapé, ‘Tauá’, em Cuitegi, ‘Gramame/Mamuaba’, no Conde, ‘Jangada’, em Mamanguape e ‘Olho d’água’, em Mari.


domingo, 29 de julho de 2012

Areia Vermelha passa bem

Publicado em 29/07/2012 às 08h00  

Sensibilização da comunidade sobre o turismo sustentável, criação de normas para o uso da ilha, redução dos efeitos de degradação, desenvolvimento de novas habilidades nos processos de aprendizagem e profissionalização. Estes foram alguns dos objetivos alcançados após um ano de atividades do projeto de extensão Educação e Preservação Ambiental do Parque de Areia Vermelha, coordenado pelo professor de Biologia do Ensino Médio do Campus V da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), José Jaílson de Farias.

A iniciativa é integrada ao Programa de Educação Ambiental do Campus de João Pessoa, coordenado pela professora Fátima Araújo, contando com a parceria do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), Prefeitura Municipal de Cabedelo e Associação das Tartarugas Urbanas (Guajiru), entre outros.

O projeto foi criado no intuito de desenvolver ações educativas para diminuir os impactos ambientais no Parque Estadual Marinho de Areia Vermelha, considerando o grau de degradação atual de sua ilha e o crescente turismo na área metropolitana de João Pessoa.

De acordo com o professor Jaílson de Farias, “todas as ações de orientação e normas de conduta para o uso sustentável do parque contribuíram, de forma significativa, na sensibilização e conscientização do desenvolvimento do turismo ecologicamente correto dos segmentos que utilizam de maneira direta ou indireta o Parque Estadual Marinho de Areia Vermelha”.

O docente destaca, ainda, a importância do engajamento de discentes não só da UEPB como do IFPB e as parcerias firmadas com patrocinadores e financiadores do projeto que atendeu mais de 30 mil pessoas, entre visitantes e comerciantes do parque.

Ao todo, 40 estudantes da graduação em Ciências Biológicas da UEPB, além de alunos dos cursos técnicos em Meio Ambiente e Pesca do IFPB e um aluno de Engenharia Ambiental da UFPB participaram do projeto, que contou com cursos temáticos para formação, treinamento de técnicas de canoagem, reunião com comerciantes e donos de embarcações, oficinas para produção de material educativo, visitas à Areia Vermelha e execução das ações de orientação de normas de uso do parque, nas embarcações, na ilha e nos corais.

Também constituíram etapas do projeto a montagem de estande para apresentação de materiais educativos sobre as ações desenvolvidas no Parque, divulgação dos resultados obtidos e de práticas adequadas à realidade do Parque de Areia Vermelha em escolas de ensino médio, por meio de palestras, feiras de ciências e outros eventos pertinentes, além da análise de dados e planejamento das ações do projeto a cada período de maré.

Por meio da parceria com a Sudema, o projeto da UEPB auxiliou nas ações da campanha 'Conduta Consciente', desenvolvida pelo órgão, cujo slogan deste ano foi 'Não deixe nossa praia vermelha de vergonha'.

Os agentes ambientais atuaram na distribuição de material informativo, com dicas de preservação da vida no parque marinho, indicação de locais para banho e mergulho, corais e estacionamento de embarcações, além da localização de agentes e polícias ambientais.

O trabalho dos agentes ambientais foi realizado tanto no interior das embarcações, durante o percurso, como no banco de areia e nas áreas destinadas ao banho. Os agentes orientavam quanto aos cuidados com os corais, para que as pessoas não pisassem nesses animais, e também para que as embarcações não ancorem nesses pontos.

Os visitantes também foram orientados a não levar nada da ilha, para não causar desequilíbrio ao meio ambiente, não alimentar os peixes, recolher o lixo, desligar o som ou qualquer tipo de ruído durante a permanência na ilha e nadar ou mergulhar nas áreas reservadas, longe do tráfego de embarcações.

A ação foi realizada durante todo o verão até que chegasse o período de chuvas.


 

Parque foi criado há 12 anos



O Parque Estadual Marinho de Areia Vermelha é localizado no município de Cabedelo e foi criado pelo Decreto Estadual 21.263, de 28 de agosto de 2000. A área, formada por recifes de corais, é um dos poucos ecossistemas recifais do Antlântico Sul e abriga uma grande biodiversidade marinha.

A criação do Parque ocorreu no intuito de proteger e preservar integralmente os recursos naturais do ecossistema, como a coroa, os recifes, a periferia (piscinas naturais), a fauna e a flora marinhas; despertar nos visitantes a consciência ecológica e conservacionista; controlar e ordenar o turismo sustentável e as demais atividades econômicas compatíveis com a conservação ambiental, entre outros.

De acordo com uma legislação ambiental específica, algumas atividades são proibidas no Parque, como práticas que venham a causar danos, poluição e degradação do ecossistema; lançamento de resíduos e detritos de qualquer natureza, passíveis de provocar deterioração à área; exercício de atividades de captura, pesca, etc.


Semam emite autorizações para carros de som atuarem na campanha

Semam continua emitindo as autorizações e licenças ambientais para carros de som durante este período eleitoral. 


 
 
A Prefeitura de João Pessoa (PMJP), por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Semam), continua emitindo as autorizações e licenças ambientais para carros de som durante este período eleitoral. Para os donos de carros que vão trabalhar somente durante as eleições, são concedidas autorizações. Já no caso dos carros que continuarão fazendo propaganda depois do período eleitoral, são concedidas licenças ambientais.

Até o momento, já foram concedidas 18 autorizações ambientais provisórias (com validade até o final do segundo turno), para veículos de propaganda como mini-trios, trios, reboques, carros de passeio e motocicletas.

De acordo com a Semam, a autorização só é concedida depois que os veículos passam pela vistoria do Detran.

Não são concedidas autorizações para carros de passeio com som nos porta-malas. As autorizações são liberadas em até sete dias após a pessoa dar entrada com o processo na Prefeitura. O expediente para atendimento ao público na Semam é das 14h às 18h, no Centro Administrativo Municipal (CAM), em Água Fria.

Documentação
Para dar entrada na licença ou autorização ambiental, os proprietários dos carros de som precisam providenciar os seguintes documentos: Carteira de Identidade ou outro documento de identificação com foto; requerimento e cadastro preenchidos (devem ser solicitados na Semam), além de cópia do DUT do veículo, contendo as especificações do Detran (quando não tiver especificações, o proprietário deve levar a cópia do documento da vistoria do Detran, contendo foto do veículo, do equipamento de som e da placa, assinados pelo Detran).

No caso das motocicletas, deve ser apresentado também o Certificado de Segurança Veicular (CSV). Se o solicitante da licença não for o proprietário, é preciso anexar ao processo o contrato de locação ou o documento de compra e venda do veículo. 


Semam emite licença e autorização ambiental para carros de som

29/07/12 - 10:00 - Atualizado em 29/07/12 - 10:27

Já foram concedidas 18 autorizações ambientais provisórias


A Prefeitura de João Pessoa (PMJP), por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Semam), continua emitindo as autorizações e licenças ambientais para carros de som durante este período eleitoral. Para os donos de carros que vão trabalhar  somente durante as eleições, são concedidas autorizações. Já no caso dos carros que continuarão fazendo propaganda depois do período eleitoral, são concedidas licenças ambientais.

Até o momento, já foram concedidas 18 autorizações ambientais provisórias (com validade até o final do segundo turno), para veículos de propaganda como mini-trios, trios, reboques, carros de passeio e motocicletas.

A Semam só concede a autorização depois que os veículos passam pela vistoria do Detran. Não são concedidas autorizações para carros de passeio com som nos porta-malas. As autorizações são liberadas em até sete dias após a pessoa dar entrada com o processo na Prefeitura. O expediente para atendimento ao público na Semam é das 14h às 18h, no Centro Administrativo Municipal (CAM), em Água Fria.

Documentação – Para dar entrada na licença ou autorização ambiental, os proprietários dos carros de som precisam providenciar os seguintes documentos: Carteira de Identidade ou outro documento de identificação com foto; requerimento e cadastro preenchidos (devem ser solicitados na Semam), além de cópia do DUT do veículo, contendo as especificações do Detran (quando não tiver especificações, o proprietário deve levar a cópia do documento da vistoria do Detran, contendo foto do veículo, do equipamento de som e da placa, assinados pelo Detran).

No caso das motocicletas, deve ser apresentado também o Certificado de Segurança Veicular (CSV). Se o solicitante da licença não for o proprietário, é preciso anexar ao processo o contrato de locação ou o documento de compra e venda do veículo.

Da Redação (com Assessoria)
WSCOM Online


 

sábado, 28 de julho de 2012

SMS vai analisar água fornecida pela Cagepa

Análise da água é uma determinação do MPPB, para evitar que a população consuma água contaminada com metais cancerígenos.



Kleide Teixeira
Obrigatoriedade será estendida aos demais municípios do estado, gestor que não cumprir responderá a processo

A partir deste mês, a Secretaria de Saúde de João Pessoa (SMS) está obrigada a fazer análises mensais sobre a qualidade da água servida à população através da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa). A recomendação é do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e tem a finalidade de evitar a presença de metais pesados e cancerígenos na água, irregularidade que foi constatada quatro anos atrás, por estudos feitos pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

A obrigatoriedade de fazer os exames será estendida às prefeituras dos demais municípios do Estado. Além do abastecimento feito pelo poder público, elas terão que analisar também a água presente em poços. Os gestores que não cumprirem a medida responderão a processo judicial.

Segundo o promotor do Meio Ambiente e coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Meio Ambiente, José Farias de Souza Filho, a Prefeitura de João Pessoa está obrigada a fazer, todos os meses, as análises e enviar os resultados ao MPPB.

“Essa medida, que foi acordada pelos 82 promotores de Meio Ambiente da Paraíba, busca garantir que a água servida à população esteja dentro dos padrões de qualidade estabelecidos por lei. Por serem gestores municipais, essa responsabilidade é das prefeituras”, explicou o promotor.

O Ministério Público da Paraíba decidiu tornar obrigatória a realização das análises, após suspeitar da qualidade da água que é fornecida pela Cagepa à população. Segundo José Farias, a Bacia de Gramame é o principal reservatório usado no abastecimento de água em João Pessoa.

No entanto, em 2009, exames nesse local apontaram quantidade excessiva de agrotóxicos, fertilizantes e 26 tipos diferentes de metais pesados. “Estudos químicos, biológicos e toxicológicos apontaram que a água estava contaminada com metais pesados, cancerígenos e extremamente perigosos para a saúde da sociedade”, afirmou Farias.

Na época, o MPPB criou uma força tarefa com equipes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Ministério Público Federal (MPF), Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) para identificar as fontes poluidoras. “Descobrimos que 60 indústrias, instaladas no Distrito Industrial de João Pessoa, estavam despejando os resíduos sólidos na bacia. Uma delas foi fechada, outras foram autuadas e outras ainda foram obrigadas a adequar as estruturas para evitar a contaminação”, disse o promotor.

A recomendação do MPPB foi publicada no Diário Oficial do órgão, no último dia 16, e está em vigor. Pelo documento, técnicos da Secretaria de Saúde precisam coletar amostras, enviá-las aos laboratórios e cadastrar os resultados no Sistema de Informação e Vigilância da Água para Consumo Humano (Sisagua), serviço vinculado ao Ministério da Saúde.

Fonte

Sudema classifica 6 praias como impróprias para banho na Paraíba

27/07/2012 16h56 - Atualizado em 27/07/2012 16h56
 
Em João Pessoa, banhistas devem evitar Bessa I e Manaíra.
Essa classificação é válida até o próximo relatório, no dia 3 de agosto.

Do G1 PB
 
A Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) classificou 6 praias do Litoral paraibano como impróprias para banho. Segundo o relatório de balneabilidade semanal, das 56 praias monitoradas, os banhistas devem evitar Bessa I e Manaíra, em João Pessoa; Gameleira, em Lucena, Maceió e Acaú, em Pitimbu, e a do Jacaré, em Cabedelo.

De acordo com o monitoramento realizado pela Sudema, continua impróprio para o banho o trecho de 100 metros à esquerda e à direita da desembocadura do Maceió na praia do Bessa I, e, na praia de Manaíra, o trecho de 100 metros à esquerda e à direita da desembocadura de águas pluviais em frente ao Hotel Costa do Atlântico. Na praia do Jacaré, deve ser evitada a área da margem direita do estuário do Rio Paraíba.
No município de Lucena, está impróprio para o banho o trecho de 100 metros à esquerda e à direita da desembocadura do maceió de Lucena, na Praia da Gameleira. E no Município de Pitimbu devem ser evitados os trechos de 100 metros à esquerda e à direita da desembocadura do Riacho do Engenho Velho, na Praia de Maceió, e de 100 metros à esquerda e à direita da desembocadura do Riacho do Arame, na praia de Acaú. Essa classificação é válida até a emissão do próximo relatório, no dia 3 de agosto.

Fonte

 

sexta-feira, 27 de julho de 2012

No calor da indústria do gesso, a ruína da caatinga no Nordeste

Autor(es): Cleide Carvalho
O Globo - 22/07/2012

Em toda a região, 30% das empresas usam lenha como fonte de energia; adesão a planos de manejo ainda é baixa

SÃO PAULO . No Araripe, na divisa de Pernambuco com Piauí, está o maior polo gesseiro do país. Com o incentivo à construção civil, as fábricas estão a pleno vapor e respondem por 95% da produção nacional. A notícia é boa. Mas o sertão nordestino, que a maioria só ouve falar em tempo de seca, segue palco de contradições. Os fornos das fábricas são, em maioria, movidos a lenha. É assim também em boa parte do polo têxtil de Toritama, em Pernambuco, onde as caldeiras que tingem tecidos fervem sob estalos de madeira, ou no Seridó, entre Rio Grande do Norte e Pernambuco, onde olarias produzem tijolos e telhas para toda a região. No Nordeste, hoje, 30% das empresas usam a lenha como fonte de energia.

Por ano, são queimados 25 milhões de metros cúbicos de lenha no Nordeste, o que equivale a desmatar 2.500 km², mais que o dobro da cidade do Rio de Janeiro. Pouca gente se incomoda com isso. Primeiro porque não se tem outra fonte de energia barata. O problema, como diz o sertanejo, é que não se planta um pau. O que queima nos fornos é lenha nativa e, pela lei, 20% da mata de caatinga deveriam ser preservados em cada propriedade. No restante o desmate é permitido, com autorização. Mas ninguém leva em conta. Segundo o Serviço Florestal Brasileiro, 94% da lenha é ilegal, cortada e queimada sem qualquer tipo de controle.

Numa região onde o sol esturrica o solo, o risco é a desertificação. O Nordeste possui hoje quatro núcleos de desertificação, onde a terra, explorada sem qualquer preocupação em preservar alguma coisa, ficou quase estéril. São 18.432 km² na região do Seridó (RN e PB), Irauçuba (CE), Gilbués (PI) e Cabrobó (PE). Pelo menos outros 98 mil km² são considerados em situação muito grave pelo Programa de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos na América do Sul, o que equivale a 10% do semiárido.

Este ano, o Ibama já realizou várias operações para conter o desmatamento ilegal na caatinga. Na Paraíba, onde Cariri e Curimataú são as áreas mais degradadas, foram embargados 195,5 hectares em 23 propriedades. No Oeste da Bahia, foram apreendidos mourões, estacas e carvão vegetal ilegais. No sertão do Araripe, em Pernambuco, o embargo atingiu 547 hectares durante a Operação Borborema, em desmate ilegal nos municípios de Ouricuri, Granito e Arcoverde, onde a lenha abastece fornos de produção de gesso.

Falar em semiárido e caatinga é quase sobrepor mapas. A caatinga ocupa 850 mil km² em nove estados - 11% do território brasileiro. Apenas 5%, ou 85 mil km², são Áreas de Proteção Permanente, segundo dados do Serviço Florestal Brasileiro, ligado ao Ministério do Meio Ambiente.

Apesar de o bioma caatinga ser pouco estudado, sabe-se que reúne cerca de 930 espécies de plantas, 148 de mamíferos e 510 de aves. A região abriga 30 milhões de pessoas, recebendo o título de semiárido mais habitado do planeta.

Assim como os animais, as plantas são fortes. Se cortada a 30 centímetros do chão, mesmo com pouca chuva, a mata começa a rebrotar em nove meses. Mas, mesmo assim, para que a caatinga não vire deserto, seria necessário que o corte, numa mesma área, fosse feito a cada 15 anos. O drama do Serviço Florestal Brasileiro, responsável por disseminar o manejo na região, é que, além do desmate, as criações de gado, ovino e caprino também estão dizimando a flora. Os brotos, quando despontam, são comidos pelos animais.

- Todas as fazendas no sertão tem uma carga animal maior do que poderia ter - diz Frans Pareyn, da ONG Associação Plantas do Nordeste.

Para se ter uma ideia, para que a caatinga não fosse degradada, cada hectare de terra com mata nativa poderia comportar de 10 a 12 cabeças de gado. Se a caatinga já estiver raleada ou rebaixada (quando corta a árvore e mantém o toco, para que rebrote), esse número cai para algo entre dois e quatro.

Com a mudança climática mundial, a seca na caatinga só tende a piorar. Este ano, praticamente não choveu. Se há água de cisternas para beber, falta para os animais e para irrigação, o que perpetua a pobreza. Sem cultivo e sem animal, o sertanejo vende o que sobra. E, na maioria dos casos, o que sobra é a lenha. O preço, que na indústria chega a R$ 30 o metro cúbico, na propriedade não passa de R$ 10. O ganho fica no transporte.

A meta do governo é implantar o manejo florestal em uma área equivalente a 7% do bioma.

- A lenha da caatinga sobrevive à seca e, mesmo com atravessador, rende um bom dinheiro. É por isso que precisa ter o manejo - alerta Newton Barcellos, chefe da Unidade Regional Nordeste do Serviço Florestal Brasileiro.

Desde 2006, o Ministério do Meio Ambiente financia programas de manejo, mas a adesão ainda é baixa. Este ano, os recursos são maiores e somam R$ 8 milhões. O Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF) e o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC) trabalham para implantar o manejo na região do Seridó, Médio Sertão e Cariri Ocidental, na Paraíba, e do Sertão do Apodi, no Rio Grande do Norte. Além de ensinar a técnica aos agricultores, é preciso incentivar e financiar indústrias na modernização de fornos para gerar o mesmo calor, com menos lenha.

Fonte

Serviço Florestal Brasileiro: No NE, 94% da lenha é ilegal, cortada e queimada sem qualquer tipo de controle

Publicado em julho 24, 2012 por HC

Carvão ilegal. Foto de arquivo MMA
Carvão ilegal. Foto de arquivo MMA

No calor da indústria do gesso, a ruína da caatinga no Nordeste – Em toda a região, 30% das empresas usam lenha como fonte de energia; adesão a planos de manejo ainda é baixa

No Araripe, na divisa de Pernambuco com Piauí, está o maior polo gesseiro do país. Com o incentivo à construção civil, as fábricas estão a pleno vapor e respondem por 95% da produção nacional. A notícia é boa. Mas o sertão nordestino, que a maioria só ouve falar em tempo de seca, segue palco de contradições. Os fornos das fábricas são, em maioria, movidos a lenha. É assim também em boa parte do polo têxtil de Toritama, em Pernambuco, onde as caldeiras que tingem tecidos fervem sob estalos de madeira, ou no Seridó, entre Rio Grande do Norte e Pernambuco, onde olarias produzem tijolos e telhas para toda a região. No Nordeste, hoje, 30% das empresas usam a lenha como fonte de energia. Matéria de Cleide Carvalho, em O Globo, socializada pelo ClippingMP.

Por ano, são queimados 25 milhões de metros cúbicos de lenha no Nordeste, o que equivale a desmatar 2.500 km², mais que o dobro da cidade do Rio de Janeiro. Pouca gente se incomoda com isso. Primeiro porque não se tem outra fonte de energia barata. O problema, como diz o sertanejo, é que não se planta um pau. O que queima nos fornos é lenha nativa e, pela lei, 20% da mata de caatinga deveriam ser preservados em cada propriedade. No restante o desmate é permitido, com autorização. Mas ninguém leva em conta. Segundo o Serviço Florestal Brasileiro, 94% da lenha é ilegal, cortada e queimada sem qualquer tipo de controle.

Numa região onde o sol esturrica o solo, o risco é a desertificação. O Nordeste possui hoje quatro núcleos de desertificação, onde a terra, explorada sem qualquer preocupação em preservar alguma coisa, ficou quase estéril. São 18.432 km² na região do Seridó (RN e PB), Irauçuba (CE), Gilbués (PI) e Cabrobó (PE). Pelo menos outros 98 mil km² são considerados em situação muito grave pelo Programa de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos na América do Sul, o que equivale a 10% do semiárido.

Este ano, o Ibama já realizou várias operações para conter o desmatamento ilegal na caatinga. Na Paraíba, onde Cariri e Curimataú são as áreas mais degradadas, foram embargados 195,5 hectares em 23 propriedades. No Oeste da Bahia, foram apreendidos mourões, estacas e carvão vegetal ilegais. No sertão do Araripe, em Pernambuco, o embargo atingiu 547 hectares durante a Operação Borborema, em desmate ilegal nos Municípios de Ouricuri, Granito e Arcoverde, onde a lenha abastece fornos de produção de gesso.

Falar em semiárido e caatinga é quase sobrepor mapas. A caatinga ocupa 850 mil km² em nove estados – 11% do território brasileiro. Apenas 5%, ou 85 mil km², são Áreas de Proteção Permanente, segundo dados do Serviço Florestal Brasileiro, ligado ao Ministério do Meio Ambiente.

Apesar de o bioma caatinga ser pouco estudado, sabe-se que reúne cerca de 930 espécies de plantas, 148 de mamíferos e 510 de aves. A região abriga 30 milhões de pessoas, recebendo o título de semiárido mais habitado do planeta.

Assim como os animais, as plantas são fortes. Se cortada a 30 centímetros do chão, mesmo com pouca chuva, a mata começa a rebrotar em nove meses. Mas, mesmo assim, para que a caatinga não vire deserto, seria necessário que o corte, numa mesma área, fosse feito a cada 15 anos. O drama do Serviço Florestal Brasileiro, responsável por disseminar o manejo na região, é que, além do desmate, as criações de gado, ovino e caprino também estão dizimando a flora. Os brotos, quando despontam, são comidos pelos animais.
- Todas as fazendas no sertão tem uma carga animal maior do que poderia ter – diz Frans Pareyn, da ONG Associação Plantas do Nordeste.

Para se ter uma ideia, para que a caatinga não fosse degradada, cada hectare de terra com mata nativa poderia comportar de 10 a 12 cabeças de gado. Se a caatinga já estiver raleada ou rebaixada (quando corta a árvore e mantém o toco, para que rebrote), esse número cai para algo entre dois e quatro.

Com a mudança climática mundial, a seca na caatinga só tende a piorar. Este ano, praticamente não choveu. Se há água de cisternas para beber, falta para os animais e para irrigação, o que perpetua a pobreza. Sem cultivo e sem animal, o sertanejo vende o que sobra. E, na maioria dos casos, o que sobra é a lenha. O preço, que na indústria chega a R$ 30 o metro cúbico, na propriedade não passa de R$ 10. O ganho fica no transporte.

A meta do governo é implantar o manejo florestal em uma área equivalente a 7% do bioma.

- A lenha da caatinga sobrevive à seca e, mesmo com atravessador, rende um bom dinheiro. É por isso que precisa ter o manejo – alerta Newton Barcellos, chefe da Unidade Regional Nordeste do Serviço Florestal Brasileiro.

Desde 2006, o Ministério do Meio Ambiente financia programas de manejo, mas a adesão ainda é baixa. Este ano, os recursos são maiores e somam R$ 8 milhões. O Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF) e o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC) trabalham para implantar o manejo na região do Seridó, Médio Sertão e Cariri Ocidental, na Paraíba, e do Sertão do Apodi, no Rio Grande do Norte. Além de ensinar a técnica aos agricultores, é preciso incentivar e financiar indústrias na modernização de fornos para gerar o mesmo calor, com menos lenha.

EcoDebate, 24/07/2012


Justiça Eleitoral Apreende Máquina Perfuratriz

quinta-feira, 26 de julho de 2012

22:45 | Postado por Dema Macedo 
 



A Justiça Eleitoral da 74ª Zona, com sede no Município de Prata, determinou a apreensão de veículos e maquinários que estavam perfurando poços no município de Ouro Velho.

A partir de denúncia formulada pela coligação “100% Ouro Velho”, através do coordenador jurídico da coligação o advogado Josedeo Saraiva, a Justiça Eleitoral constatou que as máquinas estavam perfurando poços em propriedades particulares, no Município de Ouro Velho.

Segundo a denúncia, a coligação “Ouro Velho Avante” estaria perfurando poços em troca de votos para as eleições de outubro, como forma de beneficiar a candidatura de Natália de Doutor Júnior, do PSD.

A ação foi proposta pela coligação “100% Ouro Velho”, formada pelos partidos PSB, PT, Democratas e PDT, que tem como candidata a prefeita Ravena Farias e vice João de Lilia.

Blog do Sertão 



Em 18 meses, o Ibama emite 1,4 mil infrações

Retirada de lenha sem manejo sustentável é crime; além do Ibama, a Polícia Ambiental também fiscaliza extração irregular na Paraíba.





A prática de retirada de lenha sem manejo sustentável é considerada crime e tem sido responsável pelo maior número de multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Somente nos últimos 18 meses o Instituto já lavrou 1.442 autos de infração e aplicou o equivalente a R$ 18 milhões em multas. Somente este ano três grandes operações foram realizadas no intuito de coibir o desmatamento ilegal no Estado: operação 'Dalgerbia', operação 'Borborema' e operação 'Bonifácio'. As ações tiveram como intuito coibir o desmatamento nas regiões do Litoral, Brejo, Cariri e Sertão do Estado.

Conforme o superintendente do Ibama na Paraíba, Bruno Faro Eloy, a responsabilidade de fiscalização é comum ao Ibama, Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e aos municípios. Ele lembra que compete à Sudema emitir autorização de desmatamento ou limpeza de área e autorização para o uso alternativo do solo. “Nesse sentido, todo e qualquer desmatamento somente poderá ser realizado, de forma lícita, mediante a obtenção prévia das referidas autorizações”, acrescentou Bruno.

O superintendente do Ibama ressaltou que o grande problema da degradação ambiental é a ausência de uma consciência ambiental por parte da população quanto à necessidade de preservação da natureza.

“É preciso que o poder público invista cada vez mais na educação ambiental, o que já é feito pelo Ibama, através de atividades em escolas, assentamentos rurais, entre outras”, disse Bruno Faro Eloy.

POLÍCIA AMBIENTAL
O Batalhão de Policiamento Ambiental da Paraíba também fiscaliza a extração irregular de lenha. No entanto, segundo o chefe de fiscalização do BPA, tenente Handerson da Silva, o monitoramento semanal só é possível de João Pessoa até Campina Grande.

No interior, o trabalho é feito conforme chegam denúncias. “Nós temos três viaturas, sendo cada uma com três homens, realizando a fiscalização nas quartas ou sextas-feiras na Grande João Pessoa. Amanhã mesmo temos uma operação da capital até Mamanguape, a fim de fiscalizar as madeireiras”, contou o tenente, ao acrescentar que os policiais ambientais trabalham junto com o Ibama e têm convênio firmado com a Sudema para atuar na lavração de autos.

A reportagem procurou entrar em contato por telefone com a chefia de fiscalização da Secretaria do Meio Ambiente da capital e a coordenadoria do meio ambiente de Campina Grande, mas não obteve êxito. (Colaborou Luzia Santos)


PB fica sem 10 mil hectares de floresta anualmente

Cerca de 90% da lenha retirada na Paraíba é de corte irregular; extração desordenada representa sério risco para o meio ambiente no estado.




Felipe Almeida/Divulgação
Para minimizar problema, recursos serão liberados para os estados do NE, Paraíba pode enviar projetos e concorrer
A atividade irregular causa sérios danos ao meio ambiente e conforme estimativa do chefe da Unidade Regional Nordeste do Serviço Florestal Brasileiro, Newton Duque Estrada, a Paraíba perde anualmente cerca de 10 mil hectares (ha) de florestas em decorrência da extração de lenha. As regiões do Cariri e Sertão são as mais prejudicadas.

Newton acrescenta que a devastação desenfreada já começa a apresentar as primeiras consequências contribuindo para a aceleração do processo de desertificação na região. “Com essa ação dos desmatadores o solo perde a qualidade, provoca o assoreamento dos rios e contribui para a extinção de várias espécies animais”, disse Newton.

Com o intuito de minimizar o problema, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal e o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima se uniram e vão oferecer recursos de R$ 3 milhões para os estados do Nordeste, e a Paraíba poderá enviar projetos para concorrer para a captação de parte desses recursos.

Para o Estado, serão liberados recursos destinados a práticas de manejo sustentável nos assentamentos da Paraíba e no setor de cerâmica da região do Vale do Sabugi. Os projetos poderão ser enviados por instituições públicas e ONGs até o dia 12 de agosto. Mais informações podem ser obtidas no site www.florestal.gov.br. (Colaborou Luzia Santos)


JP ganha mais de 400 novas árvores

Ação desenvolvida pela Semam visa a tornar João Pessoa uma das cidades mais verdes do mundo.



João Pessoa vai ganhar mais de 400 mudas e árvores. A ação, intitulada “João Pessoa mais verde, 427 mudas plantadas” e desenvolvida pela Secretaria de Meio Ambiente (Semam) da Prefeitura Municipal, começou com o plantio de 17 palmeiras imperiais no anel interno do Parque Solon de Lucena (Lagoa), durante essa semana. Até o fim de agosto, as principais vias, canteiros e praças, em 14 áreas diferentes de sete bairros e duas comunidades da capital, receberão árvores e mudas.

Segundo a secretária adjunta da Semam, Welintânia Freitas, em algumas áreas, a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) está preparando calçadas e canteiros para receber as mudas. No entorno da escola Alice Carneiro, em Manaíra, serão plantadas 34 árvores. “A ação também pretende orientar sobre a importância da preservação ambiental”, disse.

 A meta, de acordo com ela, é tornar João Pessoa uma das cidades mais verdes do mundo e seguir as diretrizes do Plano da Mata Atlântica. “Temos esse potencial, pois é comum a preservação de árvores nas residências de João Pessoa.

Precisamos dar continuidade a um trabalho que já existe, estimulando ainda mais a população”, destacou.

Serão plantadas mudas nos bairros de Mandacaru, Padre Zé, Roger, Manaíra, Bessa, Alto do Mateus e Jardim Veneza, como também nas comunidades Colinas do Sul e Cidade Verde, perto de Mangabeira. No Alto do Mateus, por exemplo, serão plantadas mudas no Centro de Referência de Educação Infantil Maria de Lourdes, no campo de futebol Jabiracão e, ainda, na Praça 5 de Junho.

O projeto é feito em parceria com a Seinfra, Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) e com a Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur).

Água mineral é a entrada de show em prol das vítimas da seca da Paraíba

26/07/2012 12h30 - Atualizado em 26/07/2012 12h30

Entrada para show da banda custará R$ 4 e uma garrafa de 1,5l de água.
Bandas carioca e paraibana fazem apresentação neste domingo (29).
 
Do G1 PB

Banda carioca Jason volta a se apresentar no Nordeste após cinco anos (Foto: Divulgação)
Banda carioca Jason volta a se apresentar no
Nordeste após cinco anos (Foto: Divulgação)
Unindo hardcore com solidariedade, as bandas Jason, do Rio de Janeiro, e Zefirina Bomba, da Paraíba, fazem show em João Pessoa no próximo domingo (29) em prol das vítimas da seca. A entrada para a apresentação será um litro e meio de água mineral mais a quantia de R$ 4. As apresentações começam às 18h, na Casa de Musicultura, localizada na Praça Antenor Navarro, no Centro Histórico de João Pessoa.

Há mais de cinco anos sem se apresentar em terras nordestinas, o grupo carioca Jason traz à capital paraibana o show de divulgação do seu último álbum, “Obtuso”. O baterista da banda, Marcelo de Souza, garantiu que a espera pelo show da banda em solo paraibano será recompensado com muita entrega no palco.

“A gente está planejando isso há muito tempo. Ia ser ano passado, e não deu. Neste ano, fizemos uma verdadeira força-tarefa para viabilizar essa turnê, e mesmo não podendo atingir 100% das cidades que a gente queria, estamos satisfeitos em poder retribuir as boas vibrações, dando o melhor da melhor fase criativa de nossas vidas”, comentou Marcelo. Ainda de acordo com o baterista, o setlist da banda terá músicas de todas as fases dos 15 anos de carreira.

O Zefirina Bomba, que retornou as origens após deixar São Paulo, onde residiam os integrantes, para voltar a João Pessoa, se apresenta com a formação que já era conhecida pelas turnês na região. Liderado pelo vocalista e guitarista Ilsom Barros, e contando com o baixista Edy Gonzaga e o baterista Rayan Lins, o Zefirina promete mostrar o som que fez da banda paraibana um dos principais nomes do hardcore nacional nos últimos dez anos. A caçula, também paraibana, DxDxA completa o rock and roll solidário. O show integra a série BeRRo (Beneficência e Rock n’Rold), é de produção do Subfolk e tem o apoio da Prefeitura de João Pessoa, através de sua Fundação Cultural, como também do Coletivo Mundo e integra a agenda do Varadouro Cultural.

Serviço
BeRRo (Beneficência & Rock n’Roll)
Zefirina Bomba (PB), Jason (RJ) e DxDxA (PB)
Domingo, 29 de julho, às 18h
Casa de Musicultura (Praça Antenor Navarro, Centro histórico de João Pessoa)
R$ 4 + Água mineral de 1,5 l


Candidatos trocam água por votos no semi-árido

Políticos teriam oferecido também pagar contas de energia elétrica e até contribuição previdenciária para conseguirem mais eleitores

23 de julho de 2012 | 17h 06

Luciano Coelho, especial para O Estado de S. Paulo

O procurador regional eleitoral, Alexandre Assunção, revelou que existem diversos inquéritos em andamento para apurar a compra de votos em troca de água no semi-árido, do pagamento de contas de energia elétrica, e até em troca de pagamento de contribuição previdenciária. O MPE orientou aos promotores que abram inquérito para apurar as denúncias e ingressem com as respectivas ações em cada caso. O procurador não quis revelar o nome dos candidatos denunciados e nem quais municípios estavam sob investigação.

Para Alexandre Assunção, a aplicação da Lei da Ficha Limpa e o rigor na fiscalização das eleições vão impor mais transparência ao pleito e inibir atos ilícitos de alguns políticos em busca de votos.
"Esta lei da ficha limpa é uma esperança e um marco nas eleições. É uma nova página na história política e para isso contamos com o apoio dos cidadãos e com os promotores atuando com todo o rigor que a lei requer. Vamos fazer todo o possível para ter uma eleição mais correta.", comentou o procurador eleitoral.
Segundo ele, todas as denúncias estão sendo apuradas e investigadas para que os candidatos eleitos sejam capazes de exercer bem suas funções. Alexandre Assunção confirmou que foram feitas denúncias sobre a compra de votos em troca de água no semi-árido, e até o pagamento de contribuição previdenciária para obter o sufrágio.
"Tomamos conhecimento e o fato está sendo apurado pelo promotor local. Estão sendo abertos investigações cível e criminal sobre o caso. É lamentável este tipo de comportamento, principalmente, se aproveitando da necessidade da população para tirar proveito disso, com um ato ilícito que deve ser punido.", confirmou o procurador, sem querer informar qual o político ou em qual município isso estava acontecendo. Ele se limitou a dizer apenas que era no semi-árido, onde tem escassez de água em decorrência da seca.
Alexandre Assunção revelou que dois ilícitos estavam sob investigação sobre compra de votos, mas pelo menos outros sete estão sendo apurados pelo Ministério Público. "Isso, se comprovado, pode resultar em ações criminal e cíveis. O candidato pode ter o registro de candidatura cassado, ter pena de multa e ainda ficar inelegível por até oito anos.", advertiu o procurador.
Ele estava indignado com a compra de votos se aproveitando das necessidades da população mais carente. "Tivemos noticias de compra de votos com material de construção, de pagamento de conta de energia, pagamento de conta de água e até o pagamento de contribuição previdenciária, fatos que estão sendo apurados e investigados, inclusive pela Polícia Federal. Não vamos facilitar. Tudo está sendo apurado e, em alguns casos, já tem até condenação em primeira instância. Nossa missão é combater a corrupção e a compra de votos.", adiantou o procurador regional eleitoral.


terça-feira, 24 de julho de 2012

Poluição pode causar câncer



Pesquisa da UEPB mostra que resíduos desepejados no açude de Bodocongó podem causar câncer na população.

Leonardo Silva
Com mais de 3 milhões de metros cúbicos, açude de Bodocongó está com 80% das suas águas poluídas
Cerca de 80% do açude de Bodocongó, em Campina Grande, já está completamente poluído, segundo a Associação de Proteção ao Meio Ambiente (Apam). Mas o pior foi descoberto através de uma pesquisa realizada pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), onde consta que os resíduos despejados pela comunidade local, condomínios e fábricas podem causar câncer.

De acordo com a oncologista Renata Gurgel, um longo período de exposição a um ambiente altamente contaminado pode provocar uma alteração no DNA e desaceleração celular.

O açude já possuiu mais de 3 milhões de metros cúbicos (m³), mas hoje tem pouco mais de 1 milhão de m³, devido à deteriorização ao longo dos anos. Por causa da constante poluição, causada também pelos próprios moradores da cidade, a consequência está sendo ainda mais grave, atingindo comunidades próximas ao manancial, que estão sendo atingidas diretamente, através do surgimento de doenças graves, como o câncer. Foi o que mostrou uma pesquisa realizada há dois anos pela UEPB.

Segundo a professora do Departamento de Química Verônica Evangelista, uma das coordenadoras do projeto, a pesquisa foi realizada através da coleta de amostras da água, que foram analisadas em laboratório e que apontaram contaminação do açude por derramamento de óleo, além de metais pesados. Ela informou que o contato com a água pode ocasionar contaminação humana por vias dermal, respiratória e oral.

“Grupos de risco estão susceptíveis a adquirir doenças conforme a natureza de alguns componentes serem classificados como carcinogênicos, que podem causar modificações e levá-los ao câncer”, informou.

A oncologista Renata Gurgel informou que, dependendo da quantidade de substâncias tóxicas encontradas no açude, é possível que comunidades próximas ao local adquiram a doença, ao longo dos anos. “Se houver uma grande poluição, com componentes como os metais pesados, é possível que em dez anos de contato direto haja uma alteração no DNA e as células comecem a desacelerar. Esses fatores de poluição podem causar grandes malefícios à saúde, assim como um longo período de exposição ao álcool ou ao tabaco”, explicou.

O secretário de Obras do município, Alex Azevedo, informou que a prefeitura tem um projeto de urbanização do Açude de Bodocongó, em parceria com o governo federal, previsto para ser licitado após o período de eleições. “O projeto de urbanização do Açude de Bodocongó será um investimento de R$ 10 milhões, dos quais R$ 2 milhões serão investidos pela Prefeitura Municipal e nós estamos apenas aguardando o sinal verde do governo federal para licitá-lo.



Lixo a céu aberto é o tipo de poluição que mais incomoda

Pesquisa realizada em CG mostra que lixo a céu aberto, é o tipo de poluição que mais incomoda a população.




Uma pesquisa realizada no último mês de junho por alunos do Colégio Teensite, com 380 moradores de Campina Grande, constatou que o tipo de poluição que mais incomoda a sociedade é a do lixo depositado a céu aberto. Pelo menos foi o que apontaram 42,6% dos entrevistados, que também confirmaram um número preocupante para o futuro do meio ambiente na cidade. Apenas 15,8% afirmaram ser um defensor da natureza.

Coordenada pelo professor de matemática, Dinary Schneweiss, a proposta da pesquisa Meio Ambiente no Meu Ambiente foi inicialmente conscientizar os estudantes da escola, para depois, com o resultado dela buscar propagar a necessidade de preservação de áreas vitais para a vida em sociedade. “Se a maioria das pessoas afirmam que não fazem nada para defender o meio ambiente, isso é preocupante. Assim como o maior vilão da poluição ser o lixo jogado em terrenos a céu aberto”, confirmou o professor.

O resultado dessa pesquisa traduziu a realidade de várias localidades do município onde diversos terrenos sem muro são transformados em depósitos de lixo. O comerciante Humberto Barbosa, 42 anos, morador do bairro de Bodocongó, é vizinho de um desses locais e não esconde os transtornos que passa por conta da presença dos restos que são despejados no local. “Na minha casa tudo é fechado para impedir a entrada de ratos, porque por aqui é normal. E quem tem criança em casa fica com medo por conta de doenças”, disse o morador da rua Manoel Joaquim Ribeiro.

Já a dona de casa Maria do Socorro denunciou que se houvesse participado da pesquisa também apontaria a poluição do lixo como principal preocupação. “Quem sofre com essa sujeira são os moradores próximos dos terrenos, porque quem mora longe vem e joga o lixo no terreno. A coleta passa, mas as pessoas não respeitam de jeito nenhum”, confirmou.

Com o resultado da pesquisa, o professor Dinary espera que Organizações Não Governamentais (ONGs), bem como órgãos públicos ligados ao meio ambiente, possam estabelecer metas e estratégias para mudar esse panorama. “Quase a metade das pessoas que participaram da pesquisa admitiram que não sabem o que fazer para reciclar o próprio lixo. Se não existe uma educação nesse sentido, nós deveremos ter implicações graves no futuro, já que a produção de lixo é cada vez maior”, acrescentou.

A representante da coordenadoria de Meio Ambiente de Campina Grande, Marília Pereira, afirmou que está em processo de conclusão o projeto de coleta seletiva que será implantado na cidade para que o lixo produzido seja melhor aproveitado. Já o secretário de Serviços Urbanos, Fábio Almeida, afirmou que Campina produz um total entre 15 e 17 mil toneladas de lixo por mês, e que existe regularidade na coleta dos bairros com dez carros de transporte para o lixo e 14 caçambas.


Ibama e Sudema fiscalizam

Animais na lista de risco não podem ser retirados de seu habitat; na PB a fiscalização é feita pelo Ibama, Sudema e militares da Polícia Ambiental.

O ICMBio não possui dados sobre a quantidade exata da fauna brasileira, mas estima que o país abrigue entre 170 mil a 210 mil espécies diferentes de animais. Essa quantidade equivale a 9,5% do total existente no mundo. No entanto, a estimativa ainda pode alcançar proporções maiores, se for considerado que ainda existem espécies não descritas pelos biólogos. Neste caso, a fauna brasileira pode chegar a valores entre 1,4 e 2,4 milhões de espécies, o que representaria 13,1% do número mundial.

Por serem protegidos por leis ambientais, os animais na lista de risco do governo federal não podem ser retirados de seu habitat.

Na Paraíba, a fiscalização é feita por equipes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e militares do Batalhão de Policiamento Ambiental.

Segundo o superintendente do Ibama, Bruno Faro Eloy Dunda, as operações de proteção aos animais são realizadas de forma rotineira. “Além de João Pessoa, temos equipes do Ibama sediadas nos municípios de Campina Grande e Sousa, que são mobilizadas para outras cidades, para realizar ações de fiscalização e combate ao tráfico de animais. Além desses trabalhos, temos operações programadas, feitas com apoio de outros órgãos de proteção ao meio ambiente”, explica.

Das 627 espécies ameaçadas em extinção, 313 estão presentes em unidades de conservação, mantidas por órgãos federais.

Uma delas é o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), que funciona na Mata do Amém, às margens da BR-230, no trecho que dá acesso ao município de Cabedelo.

Vinculado ao Ibama, o serviço recebe animais encontrados durante as operações ambientais. Só entre janeiro e maio deste ano, as equipes do Batalhão de Policiamento Ambiental apreenderam 2.645 animais. “Muitos estavam em situação de maus tratos, machucados, acondicionados dentro de caixas e até correndo risco de morte. Após as apreensões, levamos os animais ao Cetas, onde ficam em quarentena, recebendo assistência. Em seguida, são devolvidos ao seu habitat”, disse o comandante do Policiamento Ambiental, tenente-coronel, Adielson Pereira. 


 

Pena por tráfico é de R$ 500 para cada animal apreendido

Manter animais silvestres em cativeiro é crime ambiental; infrator pode ser preso e multado em até R$ 500 por animal apreendido.


As penas para quem pratica tráfico de animais são severas. Se pego em flagrante, o traficante é multado em R$ 500, por animal apreendido e o valor aumenta em dez vezes, se a espécie estiver ameaçada em extinção. “A pena fica em R$ 5 mil, por cada animal apreendido. Além da multa, a pessoa pode ficar presa por um período de seis meses até um ano. O crime é inafiançável. O suspeito fica preso e precisa contratar advogado, para pedir o relaxamento da prisão ao juiz”, afirma o oficial.

De acordo com o comandante, manter qualquer animal silvestre em cativeiro, sem autorização do Ibama é crime previsto na Lei nº 9.605. Além das multas e inquérito policial, o infrator responde processo judicial. A situação se agrava ainda mais quando o caso envolve maus tratos. “Quem entregar voluntariamente os animais silvestres aos policiais florestais ou ao Ibama, fica isento das penalidades”, acrescenta Adielson Pereira.

Fonte

Situação de espécies preocupa

Órgãos de defesa do meio-ambiente estão preocupados com a morte dos três peixes-boi, ocorridas recentemente na Paraíba.

 


A morte de três peixes-boi, ocorrida nos últimos 15 dias, na Paraíba, aumentou a preocupação de órgãos de defesa do meio ambiente com a situação das espécies ameaçadas de extinção.

Além destes animais marinhos, outras 626 espécies da fauna brasileira estão atualmente protegidas por leis federais, em virtude do risco de desaparecerem do país, segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). As aves representam 82% dos registros.

Na lista dos ameaçados estão jaguatiricas, tatus, arara vermelha, onça pintada, lobo guará, tucanos, pica-paus e tartarugas. De acordo com o ICMBio, das 627 espécies ameaçadas, 313 estão presentes em biomas, como a Mata Atlântica e Zona Costeira-Marinha. Estas áreas chegam a concentrar até 75% dos animais que correm o risco de desaparecer do país.

Na Paraíba, não existem dados oficiais sobre a quantidade de animais que sofrem do risco de extinção. No entanto, um levantamento feito pela Organização Não Governamental Fundação Mamíferos Aquáticos, estimou que o Estado era habitado, há dois anos, por 30 peixes-bois.

Porém, essa quantidade, que já era considerado pequena, sofreu redução de 10% neste mês, quando três animais morreram, dentro de uma área de proteção ambiental, no município de Mamanguape. As causas da morte ainda estão sendo investigadas.

Para o médico veterinário e ambientalista João Carlos Borges, presidente da Organização Não Governamental Fundação Mamíferos Aquáticos, o caso é motivo de preocupação e deve ser apurado corretamente. “Esses animais são costeiros e vivem principalmente em áreas próximas a praias e aos rios. Esses óbitos foram precoces e repentinos e nos preocuparam muito porque os animais já estão ameaçados de extinção”, opinou.

Já o chefe da Área de Preservação Ambiental da Barra de Mamanguape, Sandro Roberto da Silva Pereira, explicou que, após as mortes, foram feitos exames no rio Mamanguape, no entanto, os resultados mostraram que a água está em níveis normais, sem alteração que justificasse o óbito dos animais.
Apesar disso, novas análises serão feitas para encontrar as causas da morte. “Estamos tentando fazer um diagnóstico maior, com exames da água, plantas e crustáceos para ter uma resposta sobre o que aconteceu com os peixes-bois. Não iremos trazer mais animais para cá até descobrirmos o que aconteceu”, explica.


Chuvas em junho agravaram a situação na Barreia do Cabo Branco

Defesa Civil de João Pessoa vai colocar uma faixa de segurança para evitar que as pessoas passem muito perto da barreira.

 




Durante as chuvas registradas em meados de junho, em João Pessoa, o problema de desmoronamento na barreira do Cabo Branco preocupou as autoridades da Defesa Civil de João Pessoa. Quando isso ocorre, passar pelo local pode terminar em uma tragédia. Como medida preventiva e emergencial, o coordenador da Defesa Civil, Noé Estrela, tomou algumas providências.

“Desde as chuvas do mês passado reforçamos o monitoramento nessa área e decidimos que é necessário colocar uma faixa de segurança para evitar que as pessoas passem muito perto da barreira. O perigo é maior quando a maré está alta, o que pode resultar em uma tragédia”, declara. O coordenador lembra que não será preciso, pelo menos por enquanto, interditar totalmente a área. O trabalho será executado nas próximas semanas em parceria com a Secretaria de Infraestrutura.

No ano passado, a Secretaria do Meio Ambiente de João Pessoa realizou um estudo de contenção da erosão da barreira do Cabo Branco, Praça de Iemanjá e Praia do Seixas. O projeto de engenharia prevê soluções para a área, que tem os pontos mais críticos quando o assunto é erosão e avanço do mar. Os estudos tiveram início em 2008 e contaram com participação de professores de várias universidades do Nordeste.

O estudo feito pela Semam já foi entregue à Secretaria de Planejamento de João Pessoa, mas o secretário Aldo Prestes não atendeu à solicitação do JORNAL DA PARAÍBA para responder o andamento do processo licitatório. No início de junho, a previsão feita pelo secretário-adjunto da Seplan, Glauco Oliveira, foi de que o processo de licitação para contratação da empresa seria aberto este mês.

O projeto inclui obras de contenção da erosão da barreira do Cabo Branco, Praia do Seixas e Praça de Iemanjá. A obra está orçada em R$16 milhões, mas apenas R$6 milhões estão assegurados pela Caixa Econômica Federal. O restante do dinheiro, segundo a Seplan, deve ser obtido através de emendas parlamentares.
 

Ações são insuficientes para conter erosão na barreira

O problema se estende até Baía da Traição, no litoral Norte.




As ações realizadas até agora pela Prefeitura de João Pessoa, segundo o pesquisador Max Furrier, não têm sido suficientes para conter a erosão. “É possível sim conter o avanço do mar, mas isso dependeria de obras muito caras, as quais necessitam de estudos prévios pormenorizados e as obras de engenharia devem se adequar ao ambiente em questão”, explica. Em resumo, o pesquisador lembra que obras costeiras são “caras, complexas e de manutenção sistemática periódica”.

O processo de erosão não atinge apenas a Barreira do Cabo Branco. Em João Pessoa, há outras áreas consideradas críticas pelos estudiosos, que são: praça de Iemanjá, trecho Sul das praias do Cabo Branco e Manaíra e a ponta do Bessa, nas proximidades do Iate Clube. “Volto a salientar que erosão costeira independe do aumento relativo do nível do mar”, frisa Furrier.

O problema se estende até Baía da Traição, no litoral Norte.

Conforme o professor, a situação é praticamente a mesma encontrada na Barreira do Cabo Branco. “Lá a erosão ocorre por falta de sedimentos que deveriam chegar à praia e são bloqueados por obras de engenharia diversas”, comenta. Ao longo do litoral paraibano é possível verificar as consequências do avanço do mar em parte da praia do Seixas, trechos da praia de Pitimbu, trecho Sul da praia de Cabo Branco, trecho Sul de Manaíra, dentre outros.

Apesar de o problema existir há décadas, a ocupação humana contribui para dinamizar o processo. “Há praias na Paraíba que estão em processo de erosão, mas não há urbanização nas proximidades, então a população não percebe”, observa.


Veículos ameaçam a Barreira do Cabo Branco

Tráfego de caminhões e ônibus contribui para a erosão da falésia do Cabo Branco, que também sofre com efeito da chuva e marés.



Francisco França
Para o pesquisador Max Furrier, a circulação de veículos pesados deveria ser desviada da área
A discussão acerca do processo erosivo na barreira do Cabo Branco vem de muitos anos e, apesar dos estudos complexos feitos por pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e pela Prefeitura de João Pessoa, o local vem sofrendo aos poucos com o desmoronamento, ocasionado pelo avanço do mar e a erosão. Um dos fatores que agrava a situação é o tráfego de veículos pesados, como ônibus e caminhões, o que gera trepidações no solo.

A afirmação foi feita pelo professor do departamento de Geociências da UFPB, Max Furrier, que estuda o processo de erosão no litoral paraibano. Segundo ele, seria interessante impedir a passagem de veículos naquela área. “Porém, temos que ser realistas. Toda área ao entorno se tornou um grande centro de atração turística que deve ser aproveitada por todos”, frisa. Fatores climáticos (chuvas) e marítimos (marés altas, incidência direta de ondas, frequência e porte de ondas) também contribuem para a erosão na barreira.

Ainda sobre o tráfego de veículos na área, o professor faz outras observações. “Ao meu ver, seria mais interessante construir outras vias de acesso para, ao menos, afastar das proximidades da barreira do Cabo Branco os ônibus e demais veículos pesados, principalmente da via de acesso que sai do final da praia do Cabo Branco e chega à Estação Ciência”, completa. A atual situação é considerada 'muito crítica'.

Mesmo com os estudos complexos feitos por pesquisadores qualificados, não há como dizer o que acontecerá daqui para frente, ou projeções do tipo 'barreira do Cabo Branco desaparecerá em 20 ou 30 anos'. Furrier explica que “isso vai depender de fatores climáticos, geológicos, geodésicos e, principalmente, da interferência humana”. O professor declara ainda que é “complicado fazer algum tipo de projeção quando se tem pouco ou quase nenhum estudo sistemático prévio sobre uma determinada área”.

Outro fator que acentua os deslizamentos é a ocorrência de chuvas, segundo o professor. “Isso ocorre devido à infiltração da água, o que torna a rocha mais pesada e faz com que os grãos que a formam fiquem menos coesos”, explica. “Há, também, nesse período, a incidência de ondas mais fortes e com mais frequência”, completa.

Mas é importante lembrar que, mesmo antes da intervenção humana, o processo erosivo na barreira do Cabo Branco já vinha ocorrendo no entorno da área. “As edificações construídas no topo do tabuleiro, na retaguarda da barreira, modificaram, substancialmente, a percolação da água das chuvas tanto em superfície como no subsolo”, afirma. Não há estudos sistemáticos e científicos que comprovem que essas construções dinamizaram a erosão na barreira do Cabo Branco.

De acordo com Furrier, no Brasil, os marégrafos mais antigos (instrumentos utilizados para medir as marés) apontam para uma elevação do nível do mar de 30 a 50 centímetros por século. “É uma média brasileira”, declara. “Em outros países, por motivos geológicos e geodésicos, o nível do mar está abaixando, como na Noruega e Suécia. Portanto, os processos erosivos que verificamos no litoral da Paraíba e em outras partes do Brasil se devem ao déficit de sedimentos que formam as praias”, acrescenta. Construções, barragens, asfaltamento de ruas e avenidas impedem que os sedimentos cheguem às praias, o que ocasiona a erosão costeira.