sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Bombeiros registram incêndio criminoso às margens de rodovia, PB

29/11/2012 17h24 - Atualizado em 29/11/2012 17h27

Fogo foi apagado por volta do meio-dia, mas alguém o iniciou novamente.
Corpo de Bombeiros diz que incêndio foi criminoso.
 
Do G1 PB
 
 
Um incêndio de média proporção foi registrado na tarde desta quinta-feira (29) às margens do Acesso Oeste, em João Pessoa. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio começou por volta das 12h. "Uma guarnição foi enviada para o local e conseguiu debela (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Um incêndio foi registrado na tarde desta quinta-feira (29) às margens do
Acesso Oeste, em João Pessoa. De acordo com o Corpo de Bombeiros,
o fogo começou por volta das 12h. "Uma guarnição foi enviada para o
local e conseguiu debelar as chamas. Depois que a equipe saiu atearam fogo
novamente em pneus. Trata-se de um incêndio criminoso", afirmou
o sargento Alisson, do Corpo de Bombeiros. (Foto: Walter Paparazzo/G1)
 

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio não oferece risco, mesmo sendo de média proporção. (Foto: Walter Paparazzo/G1)
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio não oferece risco, mesmo
sendo de média proporção (Foto: Walter Paparazzo/G1)
 Fonte

Polícia Ambiental apreende aves silvestres em João Pessoa


28/11/2012 10h08 - Atualizado em 28/11/2012 10h08

Pelo menos 20 aves foram apreendidas em bairros da capital.
Pássaros serão encaminhados para o Centro de Triagem do Ibama.
 
Do G1 PB

 
Entre as aves apreendidas estavam galo-de-campina, pintassilvo e sangue-de-boi, segundo a PM Ambiental (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Entre as aves apreendidas estavam galo-de-campina, pintassilvo e
sangue-de-boi, segundo a PM Ambiental (Foto: Walter Paparazzo/G1)
 
Vinte aves silvestres foram apreendidas em uma operação do Batalhão de Polícia Ambiental de João Pessoa nesta quarta-feira (28). De acordo com o subcomandante do Batalhão, Oscar Beauttenmüller, a apreensão aconteceu nos bairros da Torre, Ipês, Treze de Maio e na Avenida Beira-Rio.
 
Entre as aves, estavam galo-de-campina, curió, sabiá, caboclinho, tico-tico e sangue-de-boi. Oscar Beauttenmüller explicou que a criação dessas aves não é permitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiental (Ibama). “Essas aves não estão em extinção. Porém, levando em consideração as apreensões que fazemos constantemente, não vai demorar muito para que essas espécies entrem na lista”, explicou.
A multa por ave é de R$ 500, podendo chegar a R$ 5000, caso esteja na lista de extinção (Foto: Walter Paparazzo/G1)
A multa por ave é de R$ 500, podendo chegar
a R$ 5000, caso esteja na lista de extinção
(Foto: Walter Paparazzo/G1)
 
Ainda de acordo com o subcomandante do Batalhão Ambiental, os responsáveis pelas aves não foram identificados. “Essas pessoas colocam a gaiola a uma certa distância em que ficam. Quando a polícia ambiental chega, não consegue identificar ninguém responsável pelo crime”, acrescentou. Caso fossem pegas, elas pagariam uma multa de R$ 500 por ave, além de receberem advertência para a não reincidência.
 
Se a ave estiver em risco de extinção, a multa é 10 vezes maior: R$ 5 mil, ainda de acordo com Beauttenmüller.

Os pássaros serão encaminhados para o Centro de Triagem do Ibama (Cetras), onde deverão ser devolvidos à natureza, segundo Beauttenmüller.

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Seca prejudica a cadeia produtiva da cana-de-açúcar

29/11/2012 - 19:41 - Atualizado em 29/11/12 - 19:44  

A seca que atinge a Região Nordeste também deve reduzir em mais de 25% a safra 


A seca que atinge a Região Nordeste também deve reduzir em mais de 25% a safra de cana-de-açúcar dos produtores da Paraíba. A estimativa é da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), que representa 1.700 fornecedores no estado. O problema, explicou o presidente da Asplan, Murilo Paraíso, está no fato de a estiagem, que normalmente afeta o agreste e o sertão nordestinos, desta vez se estendeu um pouco mais e atingiu também a zona da mata paraibana, onde estão os canaviais. Com a seca, disse ele, o ciclo de vida da cana começou a ser afetado, ou seja, uma planta que vive cinco safras em média, com a escassez da chuva, está morrendo antes do tempo.

Diante das perdas anunciadas, o setor - que segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), gera em torno de 18.000 empregos formais e um total 44.000 empregos quando incluídas as atividades indiretas e dependentes da produção canavieira - também prevê a diminuição do número de contratações. “Com a seca, tivemos uma redução de pelo menos dois meses de safra porque começamos um mês mais tarde e a safra terminará um mês antes. Vamos moer 25% a menos e isso, é claro, se refletirá no número de contratações que não tem como ser o mesmo”, desabafou o dirigente da Asplan, Murilo Paraíso, acrescentando que a situação afetará ainda as safras seguintes porque depois dessa seca existe cana que não brota mais.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria do Álcool e do Açúcar da Paraíba – Sindalcool, Edmundo Barbosa, o segmento sucroalcooleiro paraibano deve ser resguardado pelo poder público de alguma maneira tendo em vista a sua importância na economia do estado. “O setor é o segundo maior exportador e o maior empregador na economia do estado. Analisando o Produto Interno Agrícola, há uma liderança absoluta e na arrecadação de impostos ele é também o setor econômico que mais arrecada encargos sociais, tributos federais como o IPI, e na arrecadação estadual, a contribuição do etanol significa cerca de 4,5% do ICMS arrecadado”, explicou o dirigente, frisando também que a área plantada na Paraíba, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), incluindo todos os municípios canavieiros alcança 140.000 hectares.

Atenuante para o sofrimento

O anúncio de que a Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória (MP) 583 que abre crédito extraordinário de R$ 676 milhões para os municípios, principalmente do semiárido nordestino, que sofrem com a estiagem reacende as esperanças do produtor nordestino que sofre os efeitos da escassez de chuvas este ano. A MP já havia sido aprovada pela Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional e a matéria será apreciada pelo Senado. De acordo com a MP, o dinheiro será destinado ao Ministério da Integração Nacional para a adoção de medidas de defesa civil. Do total dos recursos liberados, R$ 500 milhões deverão ser reservados para aquisição de alimentos, entrega de cestas básicas e abastecimento de água, por meio de carros-pipa, para o consumo da população das áreas atingidas pela seca. O restante do dinheiro será utilizado para auxílio emergencial financeiro dos municípios.

 Da Redação (com Assessoria)

Fonte

 

Sertão, Cariri e Curimataú registra bancadas de chuva na noite desta quinta

30/11/2012 - 00:20 - Atualizado em 30/11/12 - 08:29

Internautas comemoram início das chuvas nas redes sociais


Pancadas de chuva registrada no início da noite desta quinta-feira (29) animaram moradores das regiões do Sertão, Cariri e Curimataú paraibano. O fato foi bastante comemorado por internautas destas regiões, que postaram inúmeras fotos nas redes sociais.

Além do início das chuvas, que neste período são chamadas de trovoadas no Sertão e Cariri, os internautas também comemoraram a mudança do clima, uma vez que as temperaturas começaram a cair.

Entre as cidades citadas pelos internautas estão Patos, Santa Luzia, Triunfo, São Bento, Monteiro, Sumé, Poço de José de Moura, São José dos Cordeiros e Soledade.

“Nas cidades de Patos e Santa Luzia está chovendo”, comemorou o twitteiro Dan Barbosa.

“Que cheiro bom é o cheiro da chuva”, disse Toni Lúcio.


Da Redação
Foto: Facebook/ Flaviano Bezerra
 
Fonte

 

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Sudema notifica hospital universitário por lixo hospitalar a céu aberto na PB

27/11/2012 15h19 - Atualizado em 27/11/2012 16h53 

Lixo comum misturado a hospitalar está nos fundos de Hospital Universitário.
Sudema notificou unidade para regularizar situação em 10 dias.
 
Do G1 PB


 
Sudema fiscalizou depósito irregular de lixo e notificou hospital. (Foto: Waléria Assunção/TV Paraíba)
Sudema fiscalizou depósito irregular de lixo e notificou hospital
(Foto: Waléria Assunção/TV Paraíba)

Um depósito de lixo hospitalar misturado a lixo comum está acumulado há mais de cinco meses, nos fundos do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), em Campina Grande. A irregularidade foi identificada na manhã desta terça-feira (27). A fiscalização da Superintendência do Meio Ambiente (Sudema) notificou o hospital.

Segundo funcionários no local, o amontoado de lixo está acumulado desde a metade do ano. Agulhas, seringas, frascos de remédios, luvas cirúrgicas e demais materiais hospitalares estão sendo despejados em local de livre circulação por trás do prédio do HUAC, sem o devido recolhimento e misturado a restos de comida e lixo comum.

Seringas, luvas cirúrgicas e remédios foram encontrados. (Foto: Waléria Assunção/TV Paraíba)
Seringas, luvas cirúrgicas e remédios foram encontrados
(Foto: Waléria Assunção/TV Paraíba)
De acordo com o coordenador da Sudema, Roberto Almeida, existe grande risco de contaminação. “Isto traz vários problemas devido ao material à céu aberto. A população está em risco, porque aqui se fazem cirurgias e uma série de procedimentos, podendo acarretar alto risco de infecção hospitalar”, afirmou.

O Hospital Universitário foi notificado para regularizar a situação em 10 dias. De acordo com Socorro Campos, da diretoria administrativa do HUAC, foi solicitado à Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) um reajuste contratual junto à empresa terceirizada que faz o recolhimento do lixo para normalizar a coleta.

Segundo o reitor da instituição, Thompson Mariz, não houve solicitação.


 

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Paisagem de Baía da Traição, na Paraíba, muda com o avanço do mar

27/11/2012 11h11 - Atualizado em 27/11/2012 11h17

Pelo menos 66 casas estão danificadas pelo avanço do mar.
Moradores fazem o que podem para manter casas.
 
Inaê Teles 

Do G1 PB

 
Baía da Traição está com casas destruídas à beira mar na Paraíba (Foto: Inaê Teles/G1)
Baía da Traição está com as casas a beira-mar destruídas
(Foto: Inaê Teles/G1)
 
Piso destruído, escadas danificadas, teto que desabou. Essas são algumas das imagens que são possíveis ver a beira-mar da Praia Baía da Traição, no Litoral Norte da Paraíba. Desde 2008 o avanço do mar atinge as construções na orla da cidade e hoje já invade até uma das ruas do local. O G1 visitou Baía da Traição, que fica a 77 km da capital, para ver de perto os estragos causados pelo mar.
 
Prefeitura de Baía da Traição tem imagem antiga da orla  (Foto: Reprodução)
Prefeitura de Baía da Traição tem imagem antiga da
orla que mostra extensa área de areia
(Foto: Reprodução)
Um levantamento realizado em 2009 pela prefeitura de Baía da Traição apontava que 66 casas haviam sido destruídas por conta do avanço do mar. Segundo Luiz Pedro do Nascimento, coordenador da Defesa Civil na cidade, esse número não teve mudanças nos últimos anos, no entanto as casa ficaram ainda mais danificadas. 
 
Passeando pela beira-mar, o G1 se deparou com dezenas de casas destruídas, coqueiros caídos e muitos destroços dos imóveis e quebra-mar que não suportaram a força da água. Os banhistas dividem o espaço com os entulhos a beira-mar.
O geografo Williams Guimarães explicou que diversos fatores contribuem para a erosão marinha na área de Baía da Traição. Ente eles os de cunho natural e também de interferência humana. Segundo o geografo, a linha de arrecifes é responsável por proteger a costa. Ela age como uma espécie de quebra-mar natural e diminui o efeito das ondas.

Segundo Williams, Baía da Traição é uma área naturalmente erosiva. “A taxa de sedimentação é muito baixa. Ocorre muita retirada de areia e pouca reposição. O maior rio do Nordeste é São Francisco e a taxa de deposição de areia no mar é baixíssimo”, explicou.

Cenário de destruição

Paisagem de Baía da Traição está mudando por conta do avanço do mar na Paraíba (Foto: Inaê Teles/G1)
Paisagem de Baía da Traição está mudando por conta do avanço do mar na
Paraíba (Foto: Inaê Teles/G1)
Na memória dos moradores e turistas que frequentam a região há alguns anos, restam apenas as lembranças de uma Baía da Traição em que tinha uma área extensa de areia até chegar no mar. Alguns moradores contam que na área que hoje é água salgada, há mais de 20 anos servia de ponto de pouso de jatinhos. “Avião pousava aqui na maré seca”, contou Marluce de Araújo que mora há mais de 50 anos em Baía da Traição, em uma casa localizada na frente do mar.

'Tenho medo do que Deus queira mandar', disse a moradora Dona Marluce  que  teme que algum dia o mar realmente invada Baía da Traição (Foto: Inaê Teles/G1)
'Tenho medo do que Deus queira mandar', disse a
moradora Dona Marluce (Foto: Inaê Teles/G1)
Dona Marluce é uma das moradoras que não pensa em deixar a cidade, mas que de certa forma teme que algum dia o mar realmente invada a cidade. “Tenho medo do que Deus queira mandar”, disse. Segundo Williams, Baía da Traição é uma área naturalmente erosiva.

De acordo com Williams, a preocupação de Dona Marluce tem fundamento. “Aquela é uma região naturalmente erosiva. Se não tiver uma proteção vai ser engolida pelo mar”, disse. Mesmo com o receio, Dona Marluce contou que prefere continuar na sua casa. "Gosto muito daqui. É muito bom mesmo", explicou.

Manoel Veríssimo já gastou mais de R$ 10 mil ao longo dos 20 anos que adquiriu sua casa à beira-mar com a construção de quebra-mar e de outras medidas para conter o avanço do mar. “Na maré alta a água do mar atinge a altura do poste”, contou Manoel. Ele disse que já pensou em vender o imóvel, mas desistiu pois sairia perdendo por conta da desvalorização da casa . “Antes do avanço do mar minha casa valia R$ 120 mil, mas agora não vale nem R$ 80 mil”, lamentou.

O casal Manoel e Eione Veríssimo já gastou mais de R$ 10 mil com a construção de quebra-mar para proteger casa em Baía da Traição (Foto: Inaê Teles/G1)
O casal Manoel e Eione Veríssimo já gastou mais de R$ 10 mil com a construção
de quebra-mar para proteger casa em Baía da Traição (Foto: Inaê Teles/G1)

A esposa de Manoel, Elione Oliveira Veríssimo, disse gostar do local apesar de todos os gastos que já tiveram. O geografo Williams explicou que as pessoas querem um resultado a curto prazo e por isso acabam construindo barreiras de proteção sem um estudo da área e por isso eles não suportam a força das ondas.

“Duas décadas atrás a região era uma vila de pescadores e hoje é uma cidade grande em termo de população. E a gente observa que a população cresce avançando para linha da costa”, disse Williams. Luiz Pedro, da Defesa Civil, explicou que o quadro de habitantes do município de Baía da Traição, que tem uma área de 102.36 km², é composto por 8 mil moradores, sendo pelo menos 4 mil deles de origem indígena da tribo Potiguara. Os índios que vivem nas reservas não foram atingidos pelas mudanças vistas no mar durante os últimos anos, pois eles não ocupam a área da costa.

Prefeitura de Baía da Traição está reformando a praça do Centro da cidade que foi destruída pelo mar (Foto: Inaê Teles/G1)
Prefeitura está reformando a praça do Centro que foi
destruída pelo mar (Foto: Inaê Teles/G1)
Ações
Em 2010, o Governo da Paraíba decretou situação de emergência em Baía da Traição, que na época já sofria com a erosão marinha que ameaçava bens do local e colocava em risco a vida dos moradores e dos turistas que passam pelo município. O pedido foi encaminhado para Brasília, mas o Governo Federal não decretou situação emergência e, segundo a Defesa Civil, os recursos seriam fundamentais para conter o avanço do mar. "A gente não tem muito o que fazer, pois nã há recursos", lamentou. 
Luiz explicou que a prefeitura só pode interferir na área que é pública, dessa forma são os moradores da região que devem construir suas próprias barreiras para conter o mar. Já na praça, que é um bem público, a prefeitura realiza uma reforma pois ela também foi atingida pelas águas do mar.

Para conter a erosão marinha em Baía da Tração o geografo Williams Guimarães apontou uma alternativa. “É preciso fazer um estudo aguçado da área e ver como se comporta essa região. Fazer uma análise da taxa de sedimentação, estudo da corrente, mas tudo isso demanda tempo. E após esse estudo detalhado é possível realizar obras de engenharia que diminuem esse feito”. Segundo o geografo, o processo de erosão está ocorrendo em uma velocidade muito a alta e a tendência é aumentar, mas com uma obra realizada com base em estudos profundos é possível desacelerar o processo. E segundo o geografo, a ação tem que ser conjunta com apoio dos moradores e das instituições municipal, estadual e federal. "Se não tiver um procedimento coletivo, pode acabar danificando muito aquela área", finalizou.



sábado, 24 de novembro de 2012

Aramy Fablício - O ativista ambiental da Paraíba

Por Julio Wandam
REDE de Comunicação Os Verdes/RS

 

Aramy ao lado de Richard Hansmussen,
repórter aventureiro.

Nas Redes Sociais, o nome Aramy Fablício ainda pode ser desconhecido. Mas na vida real, em Fagundes na Paraíba é bem conhecido, muito por suas ações que colocam políticos e criminosos ambientais na condição de serem punidos, quando estes colocarem a vida de animais, árvores e pessoas em perigo.
 
 
 
Visto por muitos como uma 'pedra no sapato', em nada se diferencia de outros ativistas ambientais no país. Espécie rara e quase em extinção, o 'ativista ambientalista' recebe estes elogios daqueles que se sentem ameaçados pela coragem e destemor dos que lhes enfrentam no peito e na raça.
 
Em uma de suas ações, contra a derrubada de árvores nativas e centenárias na Praça de Fagundes, ele conta: "Eles fecharam a Prefeitura depois de toda a atrocidade de derrubar árvores, me agrediram, fiz exame de corpo delito, mas os agressores ficaram impunes. Que democracia é essa?", questiona Aramy, 47 anos, com toda uma vida dedicada a militância ambiental, mesmo antes de ele perceber "o quê isso significava".
 
Lembra de seu avô, que era analfabeto, mas um bom violeiro e repentista. "Sempre tive influência dele, desde que me conheço por gente", diz. Desde muito pequeno sofria com a ideia errada dos demais sobre a natureza: “Fui muito hostilizado pelos mais velhos, quando falava que um dia os animais iam sumir; Eles me chamavam de doido”.
 
No começo de sua militância, visitava as escolas, e ora representava uma autoridade do Greenpeace ou de uma ONG internacional do Canadá. Assim, diz ele, conquistou a amizade e simpatia de centenas de pessoas e alunos. Na verdade, Aramy é mais do que os ativistas internacionais são na atualidade, e a época se espelhou naqueles barbudos da década de 70, a bordo do Raibow Warrior, onde protegiam as baleias nos mares.
 
 
 
 
Na briga em defesa da Praça Zuca Ferreira, que foi um dos prefeitos na cidade de Fagundes/PB, Aramy acabou preso ao protestar contra a derrubada de árvores centenárias e saudáveis que embelezavam a praça central da cidade. Aramy alegou que aquilo não era progresso e sim um retrocesso. A prisão de um ambientalista por protestar contra os crimes ambientais, é 'Agenda' comum na vida de ativistas em todas as partes do mundo. É como Certificar aquele Ativista Ambientalista.
 
O jornalista profissional Edimilson Camilo, presente e registrando os fatos, teve o celular de trabalho confiscado na hora em que Aramy estava sendo preso, para que o fato não fosse registrado através de fotografias. "Mas hoje como a tecnologia está muita avançada as pessoas que por ali passavam registraram o ocorrido” comenta o jornalista em artigo feito sobre o desmatamento na Praça de Fagundes/PB. Logo após o ato de prisão, a imprensa da cidade de Campina Grande, veio fazer a cobertura dos fatos. "Nem um órgão competente da área ambiental daria Um laudo autorizando a derrubada de árvores saudáveis", disse o jornalista.
 
 
 
 
Faz alguns meses do ocorrido na Praça Zuca Ferreira, mas segundo Aramy, os comentários nas Redes Sociais não param: "Todo dia as pessoas que moram noutras regiões do Brasil, enviam mensagens, repudiando esta atitude, pois abrange vários temas, como o coronelismo vigente, o abuso contra a natureza e acervo cultural, a lavagem de dinheiro. Derrubaram quatro árvores centenárias!". O que lhe incomoda nisso, foi a continuação da história, quando os agressores não foram punidos pela agressão praticada contra ele e pela arbitrariedade da Polícia, que segundo ele, teria vindo "à mando de algum grandão do poder, quando abusaram e me algemaram, me prenderam; mas como sou um cara querido pela maioria do povo da cidade, eles me liberaram." Houve manifestação da sociedade local, que foi para frente da Delegacia para repudiar a prisão. "Eu estava apenas com uma faixa, com os dizeres: SOS POR FAVOR NÃO NOS DERRUBEM, ESTAMOS VELHAS MAIS SAUDAVES, JÁ DEMOS ABRIGO PROS MAIS VELHOS, MAS PODEMOS DAR ABRIGO POR MUITO TEMPO", argumenta o ativista.
 
 



Outra frente de ação que movimenta, envolve o reflorestamento de árvores nativas, quando realizando atividades com voluntários, recolhe sementes e sacos de leite. O Projeto "Saco de Leite Vazio Não é Lixo" visa receber apoio do Governo, para que faça uma campanha conscientizando as pessoas para não colocarem os sacos de leite fora, destinando-os para uso como invólucro para proteger as mudas de árvores até o crescimento para plantio. Segundo ele, são milhões de sacos de leite vazios do Programa FOME ZERO jogado fora, poluindo o meio ambiente. "Caso o Governo Federal implantasse meu projeto, seria igual a 23 milhões de berços de mudas de árvores plantadas todos os meses", avalia o ambientalista.
 
Para Aramy, que já teve seu projeto apresentado em Rede Nacional na TV Brasil, Cultura e EBC de Brasília, sua intenção é comprometer os políticos com a adesão de sua iniciativa, favorecendo o meio ambiente com mais árvores sendo plantadas e menos lixos sendo descartados de forma equivocada. Teve apoio importante a causa defendida, as reportagens feitas para o Canal TV Record, apresentado por Richard Hansmussen.
 
Na defesa dos animais, começou a cercar os caçadores, buscando apoio nas fazendas, pequenas e grandes propriedades, onde colocava placas feitas de folhas de zinco velhas, onde anunciava que naqueles locais era PROIBIDO CAÇAR E CAPTURAR ANIMAIS.
 
 
 
Assim, em muitos locais, ele conseguiu também apoio para devolver animais apreendidos e assim criou o Projeto Natureza Livre.
 
Em suas andanças pela região, encontrou o ninho de uma ave rara, chamada de Urutau, ave fantasma em Tupi guarani. Segundo o ativista Aramy, esta ave coloca um ovo a cada três anos, e é uma espécie monogâmica, que se utiliza de um processo de mimetismo, se parecendo com um galho seco de árvore, para fugir dos predadores. "Ela imita um complemento de um galho de árvore seca", diz.
 
Quando ele encontrou o ninho, deixou-o intocado e dormiu em cima de uma pedra para proteger o ovinho da ave Urutau de predadores como micos e saguis.
 
Ali ficou por mais de 70 dias, em uma barraca que utilizou de morada na floresta onde havia encontrado a ave fantasma, não mencionando a ninguém que havia feito o achado. Durante este período de vigilância no ninho do Urutau, Aramy temeu por sua vida, as vezes acordando em sonhos com medo de caçadores estarem colocando sua vida em perigo. Teve a visita de reportagem de jornal escrito e televisão, que pedia para virem em equipes reduzidas para não alarmar sobre o local onde estava a ave rara. Fazia várias exigências que eram cumpridas pelas redes de TV e imprensa, pois todos queriam reportar sobre a Ave Fantasma encontrada. Assistiu o nascimento da ave após 30 dias de sua estada na floresta, as idas e vindas da mãe para alimentar o filhote e também os primeiros vôos do Urutau.
 
O ambientalista Aramy Fablicio é idealizador de outros projetos como o "Plantando na Escola", o "Adote uma Árvore", "Biqueira Velha" e "Arte de Reciclar", entre tantos outros de cunho social e ambiental.
 
 
 

Umidade fica em 14% no Sertão

Queda na umidade do ar na região de Patos foi detectada pelos técnicos da Aesa; temperatura passa do 38 °C na cidade sertaneja.



 

As estações meteorológicas do Governo do Estado registraram altas temperaturas no sertão paraibano na última quinta-feira e a previsão é que a temperatura continue alta nos próximos dias aqui na Paraíba.
Nas cidades de Patos e Sousa, os termômetros marcaram 38,9 ºC e 37,5 ºC, respectivamente. Os técnicos da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), responsáveis pelo monitoramento, também identificaram uma queda significativa na umidade relativa do ar na região, que chegou a marcar 14% em Patos.
As altas temperaturas no sertão paraibano são consideradas normais para esta época do ano, segundo a meteorologista da Aesa, Marle Bandeira. “Em outubro nós registramos 39 ºC em Patos. A tendência é de que até o fim do ano tenhamos muito calor naquela região”, explicou. Já no caso da umidade relativa do ar, foi observada uma queda em relação ao mês de novembro dos anos anteriores. “A média do dia inteiro era em torno de 50% e, atualmente, estamos com 30%. Na parte da tarde, que é o período mais crítico, já chegou a 11%,” alertou.
Em João Pessoa e Campina Grande o clima está menos quente. As temperaturas máximas já registradas foram 31 ºC e 32,2 ºC, respectivamente. As umidades relativas do ar mais baixas nestas cidades foram: 57% na Capital e 34% em Campina, de acordo com os sensores da Aesa.

REGISTROS NO SITE
A previsão do tempo para o fim de semana está disponível no site da Aesa. A página eletrônica também disponibiliza os dados agrometeorológicos (quantidade de chuva, velocidade do vento, temperatura e umidade do ar e do solo) medidos em tempo real, além da relação completa das barragens monitoradas pela Aesa, com os respectivos volumes neste período.



Aprovado conselho que irá preservar o Roncador

Conselho Gestor, composto por representantes de 12 instituições, será responsável por impedir degradação da região onde fica a Cocheira do Roncador.


 
 


A ativação de conselhos responsáveis pela gestão de áreas de proteção ambiental aparecem como uma nova possibilidade de preservação do meio ambiente na Paraíba. Essa é a intenção da Sudema (Superintendência de Administração do Meio Ambiente), após a publicação de ontem no Diário Oficial dos nomes dos conselheiros que terão a missão de cuidar da Unidade de Conservação do Roncador, região de Mata Atlântica que fica localizada entre os municípios de Bananeiras e Pirpirituba, no Brejo paraibano.
O Conselho Gestor será composto por representantes de 12 instituições e terá o trabalho de impedir a degradação da região, que é conhecida pela existência da Cocheira do Roncador, apurando denúncias e desenvolvendo planos de manejo da área. A partir da implantação desse grupo de pessoas voltadas ao trabalho no meio ambiente, a Sudema espera que até o final do primeiro semestre de 2013 mais dois conselhos sejam criados para preservar a área verde do Estado.
De acordo com André Elutério, membro da Coordenação de Estudos Ambientais (CEA/Sudema), as próximas áreas ambientais que serão geridas por esse tipo de conselho serão a praia de Tambaba, localizada no litoral Sul da Paraíba, e o Monumento Natural do Vale dos Dinossauros, em Sousa, que passarão a ter profissionais de gestão ambiental que possam desenvolver projetos que contribuam para que a ação do homem não destrua parte do patrimônio natural do Estado.
“A unidade de conservação é o principal e mais efetivo instrumento de conservação da Biodiversidade. É preciso que haja a efetiva conservação dos biomas e serviços ambientais a eles associados, como água de boa qualidade, já que na Paraíba temos menos de 1% do estado protegido”, explicou o analista ambiental, acrescentando que a Paraíba conta agora com 16 unidades de conservação, sendo nove de mata atlântica, quatro de caatinga, duas florestas e uma de corais, além de um jardim botânico na cidade de João Pessoa.
Ainda de acordo com a Coordenação de Estudos Ambientais, outro papel importante do conselho está na avaliação do orçamento da unidade e do relatório financeiro anual elaborado pelo órgão executor, uma vez que com a necessidade de execução de projetos na área, será necessário desenvolver políticas que possibilitem a manutenção da área preservada. "Um dos nossos desafios é conseguir orçamento para esses projetos de ações voltadas para a manutenção da área. Mas estamos cientes daquilo que devemos fazer para que o conselho funcione bem”, finalizou André.


 

Alerta para uso da água

Cagepa alerta a população para o uso racional de água, a fim de evitar o desabastecimento; companhia também fiscaliza ligações clandestinas.



 

Leonardo silva
Fiscalização: Outra preocupação da Cagepa é com a instalação de ligações clandestinas

Regar o jardim à noite, não utilizar mangueira para lavar veículos e calçadas, verificar as instalações hidráulicas da residência e fechar a torneira enquanto se lava frutas, verduras e pratos são medidas que podem não apenas reduzir o valor na conta de água, mas também o desperdício. Ou seja, além de poupar o orçamento, o combate ao desperdício é um dos fatores mais importantes para que em época de estiagem, como a que a Paraíba enfrenta, o abastecimento não seja prejudicado.

Por causa do uso desenfreado da água, a Cagepa (Companhia de Água e Esgotos da Paraíba) tem redobrado a atenção acerca das ocorrências e fiscalização em residências que ainda não têm ligação de água concluída. De acordo com Ronaldo Meneses, engenheiro da empresa, o número de atendimentos referentes à manutenção da rede tem superado os 100 por mês, enquanto que segundo o último levantamento da empresa em 2011, cerca de 13 mil residências em Campina Grande ainda não têm água encanada.

Segundo o engenheiro, a seca poderá ser mais agressiva se a população não deixar de gastar água sem a preocupação de que ela poderá acabar em breve. “Desde 1998, data da última grande estiagem, a região da Borborema não sofreu muito porque Boqueirão não tinha a demanda que tem hoje. Antes, o açude atendia Campina Grande e mais algumas cidades. Agora são dezenas de municípios, por isso a população deve ficar em alerta contra o desperdício de água”, disse.

Outra preocupação da Cagepa é com a instalação de ligações clandestinas. Sem saber precisar quantos 'gatos' já foram desativados este ano nas 66 cidades atendidas, o engenheiro ressaltou a importância da população no combate a essa prática, já que a partir das denúncias a empresa está buscando agir cada vez mais rápido.

“Temos conseguido melhorar a rapidez no atendimento. Há uma abrangência muito grande e por isso precisamos da colaboração da população. Se alguém descobrir uma ligação clandestina, ou flagrar um cano estourado, ligue o mais rápido possível para que possamos evitar que a água seja desperdiçada”, acrescentou Ronaldo Meneses.


Áreas de preservação usadas para despejo de resíduos de construção

Mapeamento realizado pela Semam mostra que áreas de protegidas por leis ambientais estão sendo degradadas com o despejo de entulho. 


 



Pelo menos, nove áreas protegidas por leis ambientais e que deveriam ser preservadas em João Pessoa estão sofrendo degradação por causa de entulho. Algumas áreas verdes ficam até perto de rios e estão tendo a vegetação destruída pelo despejo de resíduos sólidos da construção civil. A informação é de um mapeamento parcial que vem sendo realizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam).

Apesar do órgão intensificar a fiscalização, os infratores aproveitam a escuridão da noite para praticar o crime. Segundo o chefe da Divisão de Fiscalização da Semam, Alisson Cavalcanti, o lançamento indevido de entulhos já foi constatado nos bairros de Água Fria, Valentina, Mangabeira, Manaíra, Bancários, Distrito Mecânico, Altiplano e Jardim Treze de Maio e no Vale do Cuiá (localizado na área que liga os bairros de Geisel a Valentina).

Ele explica que, na maioria dos casos, o entulho é colocado nesses locais, por caminhões do tipo caçamba, durante o período noturno, para dificultar a atuação dos fiscais. “Em alguns locais, conseguimos flagrar e até identificar o responsável pelo despejo dos resíduos da construção civil. Aplicamos multas, apreendemos os veículos e obrigamos os autuados a limparem a área agredida”, diz o fiscal.

“Mas a degradação volta a ocorrer porque em algumas áreas por elas serem vulneráveis: são desertas e de difícil acesso e se tornam alvo fácil para os caminhões, que fazem o lançamento à noite. Quando o dia amanhece, é possível ver a dimensão do dano causado”, diz.

A área conhecida como Vale do Timbó, localizada entre os bairros dos Bancários e Altiplano, está entre os pontos atingidos pela degradação ambiental. Parte da mata, que fica às margens da avenida Professor José Correia, está suprimida por baixo do entulho. Os pequenos montes formados por barros, areia e restos de concreto e tijolo, indicam que dezenas de caçambas já depositaram o material por ali.

O soldador Severino José Maia reforça as informações da Semam e afirma que os lançamentos ocorrem durante a noite. “São caminhões que deixam isso aí. Nem a gente que mora aqui em frente consegue ver. Já avisamos os órgãos ambientais para ver se eles pegam as pessoas que fazem isso, mas é muito difícil”, lamenta.

“Quem perde é a gente, que vive aqui. Antigamente, isso aqui era tudo verde. Dava até gosto. Agora, está assim, cheio de entulho”, conta.

O chefe de Fiscalização da Semam disse que alguns responsáveis pela degradação do Vale do Timbó já foram identificados e punidos.

O monitoramento também foi intensificado na área para flagrar outras pessoas envolvidas no crime ambiental. “A colaboração da população é de extrema importância para combatermos essa prática. Por isso, pedimos que as pessoas nos acionem, sempre que ver algum veículo despejando entulho em área proibida”, disse.


 

Empreendimentos livres de licença da Sudema

Atividades que se enquadrem como sendo de micro ou pequeno porte e de pequeno potencial poluidor, estão entre os benefiaciados com a dispensa. 


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A Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) publicou norma dispensando do licenciamento ambiental empreendimentos públicos e privados ou atividades que se enquadrem como sendo de micro ou pequeno porte e de pequeno potencial poluidor e outros. A norma administrativa de número 125 foi publicada na edição de ontem do Diário Oficial do Estado. Para ambientalistas, a decisão representa um retrocesso e pode trazer prejuízos ao meio ambiente.

O licenciamento ambiental é uma obrigação legal prévia à instalação de qualquer empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou degradadora do meio ambiente.

A norma 125 da Sudema estabelece oito critérios para dispensar a exigência da licença. Na lista estão as atividades de comércio e serviços cujos resíduos sólidos e líquidos gerados tenham caráter domiciliar; obras de reformas em equipamentos públicos; projetos de construção civil na zona rural com um só pavimento, com área de construção inferior 500 m²; além de trabalhos de limpeza e desassoreamento de bacias hidráulicas de açudes e barragens com área inferior a 10 hectares.

O ecologista Fernando Yplá vê a novidade com preocupação. “A decisão da Sudema segue a contramão do progresso.

Dispensando as pequenas e microempresas da licença ambiental, vamos abrir mão de ter normas que impeçam a degradação ambiental”, argumentou.

A assessoria de imprensa da Sudema foi procurada para comentar a norma, mas até o fechamento desta edição nenhuma resposta foi enviada.


 

Sudema libera todas as praias da Paraíba para banho esta semana


24/11/2012 06h00 - Atualizado em 24/11/2012 14h28

Classificação varia entre excelente, muito boa e satisfatória.
Próximo relatório será divulgado no dia 30 novembro.
 
Do G1 PB 

Todas as 56 praias do litoral paraibano foram classificadas como próprias para banho pelo relatório semanal de balneabilidade da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema). Até mesmo praias como as do Bessa I, Manaíra e Jacaré, que eram normalmente consideradas impróprias para o banho, foram liberadas pela Sudema.

Praia Bela é uma das praias do litoral paraibano que podem ser aproveitadas pelos banhistas (Foto: Edgley Delgado/Secom-PB)
Praia Bela é uma das praias do litoral paraibano
que podem ser aproveitadas pelos banhistas
(Foto: Edgley Delgado/Secom-PB)
A classificação da Sudema varia entre excelente, muito boa e satisfatória e válida até a emissão do próximo relatório, que será divulgado no dia 30 novembro.

A química responsável pela analise das amostras de água recolhidas nas 56 praias foi Andrea Fidele. Em seu relatório, ela alerta que “a Sudema recomenda aos banhistas que evitem os trechos de praias localizados em áreas frontais a desembocaduras de galerias de águas pluviais, principalmente se houver indício de escoamento recente”.

Em João Pessoa, Lucena e Pitimbu, que são praias localizadas em centros urbanos com grande fluxo de banhistas, o monitoramento é semanal. Nos demais municípios do litoral paraibano, a análise é realizada mensalmente.

Fonte

 

Paraibanos passam fome e racionam água por causa de seca no Sertão


23/11/2012 07h30 - Atualizado em 23/11/2012 12h45

G1 viajou 1,5 mil km no Sertão e encontrou paraibanos com fome e sede.
Nordeste sofre com uma das piores secas dos últimos 30 anos.


Taiguara Rangel  

Do G1 PB 


Dona Deló (Foto: Taiguara Rangel/G1)
Dona Deló é uma dos dois milhões de paraibanos que racionam água para
poder sobreviver (Foto: Taiguara Rangel/G1)

As regiões do Cariri, Curimataú e Sertão da Paraíba são as mais afetadas pela seca que atinge o estado e registraram 62% abaixo da média histórica no seu período chuvoso, que é de 1.880 milímetros no somatório das três regiões. Entre fevereiro e maio, a análise da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa-PB) constatou que o Alto Sertão ficou 48,6% abaixo da média, o Cariri/Curimataú registrou menos 78,9% e o Sertão com 58,7% inferior ao índice histórico de chuvas.

O homem e o gado lutam pela sobrevivência em uma das secas mais rigorosas dos últimos 30 anos na Paraíba, segundo os agricultores. Os cadáveres e ossadas dos bichos mortos de fome e sede acumulados nas estradas chegam a formar cemitérios de animais a céu aberto no Sertão do estado. Quase dois milhões de paraibanos sofrem com a falta de comida e o racionamento de água e muitas vezes tiram do próprio sustento para a sobrevivência dos animais.

Este é um dos retratos da seca que afeta os nordestinos. Na zona rural de Monteiro, no Cariri do estado, a agricultora Helena Deodato da Silva mora há mais de 40 anos no sítio Várzea Limpa. 'Dona Deló', como é mais conhecida na região, tem 77 anos e sobrevive graças à ajuda de vizinhos. Com o que resta de esperança, ela aguarda a chegada chuva.
 
A torturante rotina da idosa se estende desde o início do ano. A plantação está deserta onde antes havia apenas alguns pés de palma. “Seca igual a essa eu nunca enfrentei, porque antes tinha pelo menos algo para dar aos bichos. A última chuva na região foi em fevereiro, de lá para cá nem um pingo caiu. Por isso a gente não tem mais nem palma sobrevivendo nesse sol e nem consegue plantar nada porque não dá. Os vizinhos de vez em quando me ajudam. Me deram esse mandacaru, estou capinando ele para retirar os espinhos e dar ao gado”, contou a agricultora.

Dona Deló (Foto: Taiguara Rangel/G1)
Apesar dos espinhos do Mandacaru, Dona Deló agradece o
cactáceo oferecido por vizinhos  (Foto: Taiguara Rangel/G1)
Seus animais estão morrendo lentamente, três já se foram somente nos últimos meses, e em seu terreno não nasce mais nada que possa servir de ração para o gado. “Tenho que ter esperança de chuva. Se não escapar dessa vez, minha vida termina por aqui. Não vou sair da minha terra. Só saio direto para o cemitério”, garantiu.
 
O G1 viajou 1,5 mil quilômetros cortando o interior da Paraíba, percorreu 7 cidades e acompanhou o sofrimento de paraibanos que enfrentam a seca vivenciada por habitantes dos 195 municípios que estão há quase um ano em situação de emergência, devido à estiagem.

Criadores esperam até três meses para conseguir uma única saca de ração para o gado nos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo a superintendência do órgão, existe uma conjuntura de dificuldade em âmbito nacional que dificulta o socorro aos agricultores e o racionamento de grãos não tem previsão de fim. Enquanto a maioria convive com a escassez das chuvas, o açude de Coremas, maior reservatório de água do estado, esvazia sua capacidade e está de comportas abertas para o abastecimento do Rio Grande do Norte, segundo o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs).

Animais aproveitam o resto de água que ainda há em alguns barreiros (Foto: Taiguara Rangel/G1)
Animais aproveitam o resto de água que ainda há em
alguns barreiros (Foto: Taiguara Rangel/G1)

Poços artesianos, raros açudes particulares já enlameados e carros-pipa ajudam a abastecer as comunidades. No solo ressecado, nem mesmo a palma forrageira, planta cáctea que se desenvolve na mais rigorosa das secas, está sobrevivendo. Com a falta de chuvas, agricultores na região de Patos estão dando ao gado para beber água de esgoto, oriunda do Rio Espinharas.
 
Manoel Tavares costuma dividir a água de seu açude, mas agora a seca ameaça até a ele (Foto: Taiguara Rangel/G1)
Manoel Tavares costuma dividir a água de seu açude,
mas agora a seca ameaça até a ele
(Foto: Taiguara Rangel/G1)
Na zona rural de Conceição, no Sertão paraibano, pequenos açudes particulares garantem a subistência de 18 mil habitantes. “Todo mundo em Conceição vem buscar água no meu açude. Já secou muito e não tem outros. Vou esperar até o fim do mês ajudando porque gosto de todos, mas não ganho nada com isso. Quase não tem mais água nem para minha família e não vou deixar que continuem pegando água até que chova de novo, não posso fazer nada”, disse o agricutor Manoel Tavares de Menezes, de 78 anos, morador do sítio Lagoa Nova.

Um dos açudes que abastece o município de Monteiro, no Cariri do estado, está com apenas 1,6% da sua capacidade. “Esse açude só sangrou em 1986, no ano em que eu nasci. Até semanas atrás ainda vinha carro-pipa buscar água, mas agora só tem lama e ninguém tira mais nada”, agricultor Ricardo Gonçalves, 26 anos, sobre o reservatório.

Meteorologia
De acordo com a Aesa-PB, as regiões do Cariri, Curimataú e Sertão do estado são as mais castigadas pela estiagem. As chuvas registradas de fevereiro a maio foram 62% abaixo da média histórica. “Entre fevereiro e maio, a análise constatou que o Alto Sertão ficou 48,6% abaixo da média, o Cariri/Curimataú ficou 78,9% abaixo e o Sertão com 58,7% inferior ao índice histórico”, afirmou a meteorologista Marle Bandeira.

A fraca precipitação pluviométrica é comparada à intensa seca registrada em 1998, quando o clima paraibano foi afetado pelo fenômeno 'El Niño' e foi registrado 70% abaixo da média histórica. “As condições eram diferentes. Em 2012, foram as condições do oceano Atlântico Sul que estava com águas mais frias que a média. Com isso houve o desvio negativo de chuvas”, pontuou a especialista. Em dezembro a Aesa realiza reunião onde irá elaborar previsão climática para 2013.


 

População da cidade de Santa Rita reclama de lixo acumulado nas ruas

Moradores reclamam que a coleta de lixo não está sendo feita com frequência, principalmente após as últimas eleições municipais



 
 


Mau cheiro, proliferação de ratos e baratas, além de contaminação de doenças, como disenteria e leptospirose.

Essas são algumas causas do lixo acumulado em vias públicas e do esgoto a céu aberto, em Santa Rita, Região Metropolitana de João Pessoa. Os moradores alegam que a coleta de lixo não está sendo feita com frequência, principalmente após as últimas eleições municipais. Já o secretário de Infraestrutura, Werisson Duarte, garante que o serviço é feito três vezes por semana e passou por falhas devido à falta de compromisso da empresa contratada para a coleta, mas que o problema já foi sanado.

Moradores da rua Santa Maria, no bairro Várzea Nova, convivem com a fedentina oriunda do esgoto e do lixão existente em um campo de futebol, que por ironia é localizado ao lado da casa de um vereador do município. "À noite não conseguimos dormir com o mau cheiro que vem com o vento. Durante o dia, as crianças brincam no local, correndo o risco de pegar doença, pois há muito tempo que tem esse lixão e nada foi feito”, relatou o morador Severino do Ramo, 37 anos.
Nas ruas da cidade a realidade é a mesma, pois, segundo a população, o carro de lixo já não passa há mais de uma semana, como na rua da Mangueira, que teve a situação agravada após as eleições para prefeito na cidade, como afirmou o motorista Alberto da Silva, 32 anos. “Antes das eleições, o carro de lixo passava um dia sim e outro não, mas agora já faz mais de oito dias que não coletam o lixo e essa tem sido a frequência do serviço, uma vez por semana ou a cada 15 dias”, disse.
Com isso, o lixo fica acumulado em canteiros, terrenos baldios e até mesmo próximo a locais de diversão infantil, como ao lado de um parque, que segundo a aposentada Dominga da Conceição, 65 anos, as crianças brincam em meio ao lixo porque não há coleta frequente no local.
Por outro lado, o secretário de Infraestrutura da Prefeitura Municipal de Santa Rita, Werisson Duarte, disse que a empresa Ambiental, que realizava o serviço de coleta de lixo, apresentou problemas e não estava mais cumprindo o contrato, mas que a prefeitura já contratou dez caçambas para inicialmente fazer a limpeza emergencial e depois seguir com a coleta diária.

Sobre o lixão, o secretário informou que o local foi feito ponto de lixo, pelos próprios moradores, durante o período em que a região ficou sem coleta. “Em todo caso, já retiramos uma parte do lixo e o restante será coletado, conforme a normalização do serviço”, afirmou.

Werisson Duarte disse ainda que o município teve dois projetos de saneamento básico aprovado pelo Ministério das Cidades, com a ressalva de que a prefeitura ficaria responsável pela parte técnica e a execução pela Companhia de Água e Esgotos do Estado (Cagepa). “Os dois projetos são referentes aos bairros Várzea Nova e Odilândia. Ambos já foram iniciados, na verdade, desde a gestão de Cássio (Cunha Lima), mas como teve problemas com a empresa que ganhou a licitação na época, as obras foram paralisadas. No entanto, já foram retomadas, mas não temos previsão de conclusão. O próximo projeto, que ainda aguarda aprovação, será para o esgotamento total do bairro Marco Moura”, pontuou.

Ao concluir, o secretário ressaltou que a falha ocorrida na coleta de lixo, não tem relação política, mas sim pelo não cumprimento da empresa contratada para o serviço.


Prefeita usa ambulância de UTI móvel para coletar lixo em Piancó

23/11/12 - 17:02 - Atualizado em 23/11/12 - 17:10

Reportagem tentou falar com a prefeita Flávia, mas ela não foi localizada na prefeitura


A médica e prefeita do município de Piancó (PB), Flávia Galdino, resolveu recolher o lixo da cidade para entregá-la limpa ao sucessor, Sales Lima, usando uma ambulância. A denúncia é do advogado e vereador reeleito, Pádua Leite. Segundo ele, a prefeita resolveu transformar a ambulância em carro de lixo porque não gosta do ex-prefeito Edvaldo Leite de Caldas, que adquiriu o veículo e o transformou em uma UTI Móvel.

Pádua Leite disse que já comunicou o caso ao Ministério da Saúde e que está pedindo providências ao Ministério Público (estadual e federal). Segundo Pádua Leite, a ambulância funciona como carro de lixo há pelo menos dois meses. O advogado afirma ter feito um dossiê com mais de 100 páginas de irregularidades praticadas pela gestão da prefeita Flávia Galdino.

No documento, Pádua Leite denuncia que a prefeita Flávia Galdino alugou um tomógrafo por R$ 320 mil para o Consórcio Intermunicipal de Saúde para atender à população carente da região, mas o equipamento foi retirado logo após as eleições municipais. Ele disse ter feito representação na Justiça solicitando a devolução do equipamento ao consórcio.

A reportagem tentou falar com a prefeita, mas ela não foi localizada na Prefeitura de Piancó.

Da Redação (Com Estadão)
Foto Blog do Pádua