03/09/2015 10h49
- Atualizado em
03/09/2015 10h49
Unidade tem sete vezes mais macacos-prego do que a capacidade total.
Parque Arruda Câmara não tem mais condições de receber os animais.
O Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Cabedelo,
na Região Metropolitana de João Pessoa, está enfrentando um problema de
superlotação. De acordo com o chefe do centro, Edilton Nóbrega, o
problema é que o número de animais resgatados é maior do que a
quantidade devolvida à natureza ou encaminhada para zoológicos.
No centro, que fica localizado na Mata do Amém, existem atualmente 20
macacos-prego, que chegaram no local após serem resgatados ou
apreendidos em operações de órgãos ambientais. Mas, segundo Nóbrega, o
Cetas só tem capacidade para três macacos, um em cada ambiente, e com a
permanência máxima de 40 dias para a triagem.
“Foram colocados alguns em algumas ilhas em açudes públicos, mas os
açudes secaram e perderam a condição de ilha, por isso não estamos
podendo levar os animais para lá. Aqui não é um centro de manutenção, é
um centro de triagem e eles devem ser destinados para algum lugar. Os
que não têm condições de serem soltos devem ser recebidos por
zoológicos, mas eles também estão lotados”, explicou Edilton.
Um dos locais que poderiam receber os macacos é o Parque Arruda Câmara, a Bica, em João Pessoa.
O parque tem uma ilha onde mora uma família de 12 macacos-prego, além
de um espaço onde vivem oito macacos-prego galegos, que estão em
extinção e não podem se misturar com os outros. O diretor do parque,
Jair Azevedo, explica que a Bica não tem mais como acomodar novos
animais e já mandou até alguns de volta para o Cetas.
“Infelizmente a gente não tem mais recintos para colocar os animais e a
gente não pode misturar as espécies pois causa um problema sério de
briga e desafio entre os machos alfa e acaba complicando a situação. O
parque não tem condição nenhuma de receber mais nenhum bicho”, disse
Azevedo.
Além dos macacos-prego, o Cetas também registra uma superlotação de
papagaios. Cerca de 25 aves estão no local sem previsão de sair. O chefe
do centro aguarda o resultado de estudos da Universidade Federal da
Paraíba (UFPB) sobre novas áreas que podem acomodar os animais. “Hoje
temos três escolas de veterinária e três de biologia, a esperança é esta
produção científica dar um rumo para nós”, completou.
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