27/07/2015 20h15
- Atualizado em
27/07/2015 22h03
Será recomendado que Sudema e Ibama façam o licenciamento ambiental.
Projeto foi debatido nesta segunda-feira (27) em audiência pública.
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Falésia na praia do Cabo Branco receberá obra de contenção (Foto: Divulgação/Secom-PB) |
Uma audiência pública realizada na sede do Ministério Público da Paraíba (MPPB) na tarde desta segunda-feira (27) em João Pessoa,
debateu o projeto executivo de pavimentação, drenagem e contenção do
processo de erosão marinha da falésia do Cabo Branco. Uma recomendação
para que a Prefeitura de João Pessoa, não realize nenhuma obra prevista
no projeto elaborado pela empresa contratada pela PMJP sem o
licenciamento ambiental, será feita pela 1ª Promotoria do Meio Ambiente e
Patrimônio Social, Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo
Ministério Público Federal (MPF).
A recomendação será feita porque a Secretaria de Planejamento da
Prefeitura informou que a licitação da drenagem da Rua Luzinete Formiga
de Lucena já será feita em agosto. Esta drenagem faz parte do conjunto
de obras previstas no projeto executivo, que foi apresentado durante a
audiência, e é composto das seguintes etapas: construção de oito
quebra-mares a 300 metros da costa, proteção do sopé da falésia com
engorda da praia e enrocamento, drenagem pluvial e pavimentação de ruas
do entorno da falésia.
De acordo com a Secretaria de Planejamento (Seplan), o projeto será
executado em três etapas. Na primeira, serão construídos dois
quebra-mares e feito o enrocamento; na segunda, a pavimentação e
drenagem das ruas, engordamento da praia e construção de mais dois
quebra-mares; na terceira etapa, será construídos os quatro últimos
quebra-mares e concluída a engorda artificial.
Segundo o promotor de Justiça José Farias, também será recomendado que a
Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e o
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(Ibama), façam o licenciamento ambiental em conjunto já que o projeto
tem intervenções marinhas, responsabilidade do Ibama, e área do
continente, cuja atribuição é da Sudema. O promotor informou ainda que
vai analisar o que foi discutido na audiência desta segunda-feira (27) e
convidar participantes para formarem grupos de trabalho que vão debater
o projeto durante o processo de licenciamento ambiental.
Participaram da audiência ainda o procurador da República, José Godoy, o
superintendente da Sudema, João Vicente, representantes da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB), do Grupo de Amigos da Barreira (GAB), da
Associação Paraibana dos Amigos da Natureza (Apan), da sociedade civil e
da empresa contratada para elaborar o projeto. Representantes da UFPB,
Apan e GAB criticaram o projeto por causa dos impactos ambientais que
ele produzirá. Segundo os professores da UFPB, que estudaram a área da
falésia, o projeto vai prejudicar a fauna e flora da região.
Uma cópia do projeto de contenção da erosão na falésia do Cabo Branco
está a disposição da população, para exame e anotações, no gabinete da
1ª Promotoria do Meio Ambiente, que fica na Rua Rodrigues Chaves, nº 65,
no centro da Capital.
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Projeto de contenção da erosão da falésia do Cabo Branco foi apresentado pela PMJP (Foto: Reprodução/PMJP) |
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