11/10/2016 13h56
- Atualizado em
11/10/2016 13h57
Local foi alvo de operação da Polícia Civil no início de setembro.
Delegacia de Defraudações e Falsificações não descarta incêndio criminoso.
Incêndio aconteceu de forma direcionada, concentrada no lixo descartado (Foto: Lucas Sá/Divulgação) |
Uma olaria pegou fogo na manhã desta terça-feira (11) na cidade de
Santa Rita, por volta das 5h. De acordo com o delegado Lucas Sá, da
Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) de João Pessoa, o local foi foi alvo de uma operação da Polícia Civil no dia 1º de setembro,
para investigar a suspeita de crime ambiental e descarte irregular de
lixo hospitalar. Um inquérito vai ser aberto para investigar o que teria
motivado o fogo, sendo o terceiro instaurado em menos de dois meses
contra a mesma empresa prestadora de serviços de coleta de resíduos
hospitalares.
A Polícia Civil não descarta que o incêndio tenha sido criminoso e dois
funcionários do local foram detidos para prestar esclarecimentos.
Segundo o delegado Lucas Sá, a principal suspeita é a de destruição de
provas ou para evitar as despesas com o descarte correto de material. O
fogo atingiu apenas o local que era usado pelas autoridades policiais
como prova do suposto crime ambiental praticado pela olaria.
O incêndio começou na madrugada e aconteceu de forma direcionada,
concentrado no lixo, que deveria ser retirado do local até o dia 17 de
outubro. O delegado Lucas Sá informou que os dois funcionários levados
para depor foram liberados após esclarecimentos.
Operação Descarte
A Operação Descarte aconteceu no dia 1º de setembro em duas empresas de serviços ambientais sediadas em Santa Rita e João Pessoa.
De acordo com a polícia, o objetivo da operação foi investigar as duas
empresas pela suposta prática de crime ambiental, fraude em licitações
públicas, utilização de documentos falsos e desvio de recursos públicos.
As empresas investigadas atuam na Paraíba há nove anos e têm contratos
firmados com dezenas de prefeituras na Paraíba, que já resultaram no
pagamento de mais de R$ 9,4 milhões por parte dos cofres públicos.
Segundo a polícia, “existem fortes indícios de que as empresas
prestadoras de serviços de coleta de resíduos hospitalares teriam
celebrado contratos fraudulentos em diversas prefeituras da Paraíba,
além de descartar lixo hospitalar, de maneira criminosa, em uma olaria
situada na zona rural de Santa Rita”.
O descarte irregular representa um grau elevado de contaminação e risco
epidemiológico, com possível contaminação do lençol freático do Rio
Paraíba, que corre às margens do terreno onde está localizada a olaria.
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