Sejam bem-vindos à Praia do Poço, no litoral paraibano, mas não fiquem muito à vontade, não, porque a área já foi ‘loteada’.
Proprietários
de imóveis localizados na orla marítima de Cabedelo ‘privatizam’ a área
pública, colocando cercas e outros obstáculos. Na maré alta, não se
consegue andar na faixa de areia, porque ela foi ocupada por pedras,
restos de construções e outros entulhos.
O
superintendente do Patrimônio da União (SPU), José Clidevaldo Sampaio
Alves, explicou que a ocupação da faixa marítima de Cabedelo é alvo de
um inquérito civil do Ministério Público Federal, que já resultou em
algumas intervenções.
“Muitos proprietários já foram notificados
por irregularidades, como avanço de área. Alguns já recuaram, outros
recorreram da decisão. É um processo demorado”, admitiu.
Alves
explicou que esse processo para regularização de áreas da União já dura
mais de seis anos. No momento da entrevista, ele não soube informar se
todas as praias do municípios estavam contempladas no inquérito, mas
garantiu que, independente dessa condição, a SPU recebe denúncias de
todas as áreas e age dentro das suas possibilidades.
“Temos seis
fiscais, que são também engenheiros, e têm outras atribuições. É muito
pouco para a demanda”, disse. Ele explicou que a SPU acolhe denúncias na
sua sede, na Capital, mas é preciso que o denunciante apresente fotos impressas do local denunciado e formalize a denúncia. O telefone da SPU é 3216-4540.
Mutirão de limpeza
Sobre o problema dos entulhos e lixo nas praias, a secretária de Infraestrutura de Cabedelo, Erika Gusmão, disse que será iniciado agora em junho um ‘mutirão da limpeza’. Ela adiantou, também, que a Prefeitura está estudando colocar lixeiras em locais estratégicos, mas destacou a importância da educação para preservar o meio ambiente.
“Vamos
entrar em todos os bairros com o apoio de outras secretarias e tentar
não só limpar, como também fazer um trabalho educativo com as pessoas.
As pessoas insistem em jogar todo tipo de lixo no chão. Fazemos limpeza
nas galerias de água pluviais que deságuam no mar e, em Camboinha, até
colchão já tiramos de dentro”, contou.
Andréa Batista, jornalista, produtora de conteúdo freelancer
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