07/02/2015 09h00
- Atualizado em
07/02/2015 09h00
Relatório apontou que 74 de 121 açudes estão com menos 20% do volume.
Gerente da Aesa explica que não existe possibilidade de fazer análise geral.
Mais da metade dos açudes monitorados estão em situação crítica (Foto: Taiguara Rangel/G1) |
Onze açudes paraibanos estão secos e outros 24 estão abaixo de 5% da
sua capacidade. Conforme relatório de monitoramento da Agência Executiva
de Gestão de Águas da Paraíba (Aesa), atualizado na quinta-feira (5),
um total de 35 reservatórios paraibanos estão em estado crítico e outros
39 estão em sob observação, totalizando 74 reservatórios com menos de
20% da capacidade.
O gerente de monitoramento dos reservatórios da Aesa, Alexandre Magno,
comentou que a situação não pode ser analisada sob uma perspectiva
geral, mas caso a caso. “Alguns reservatórios são construídos com prazo
de validade, para durarem cerca de um ano, dois anos. Outros de fato
podem estar em uma situação crítica por conta da falta de recarga. Por
isso não podemos afirmar que a Paraíba passa por um problema com seus
reservatórios”, comentou.
A maior parte dos açudes que secaram fica na Região da Borborema da
Paraíba. Ao todo, sete reservatórios que entraram em colapso estão na
região. Outros três ficam no Sertão da Paraíba e um no Agreste. O
levantamento mostra que as chuvas caídas entre a quarta-feira e quinta-feira
em 54 cidades da Paraíba não foram suficientes para recarregar os
reservatórios. Segundo os dados divulgados pela agência de meteorologia,
os maiores índices foram registrados em São José dos Cordeiros, no
Cariri paraibano, onde choveu 156,1 mm; e no distrito de São Gonçalo,
onde fica o açude localizado no município de Sousa, no Sertão. A área
recebeu chuva de 108,9 mm.
Os açudes que chegaram a 0% do volume por ordem alfabética são: Algodão, na cidade de Algodão de Jandaíra, no Agreste; Bichinho, em Barra de São Miguel, na Borborema; Bom Jesus, em Carrapateira, no Sertão; Caraibeiras, em Picuí, na Borborema; Lagoa do Meio, em Taperoá, na Região da Borborema; Paraíso, na Cidade de São Francisco, no Sertão; Santa Luzia, na Cidade de Santa Luzia, na Borborema; Serrote, em Monteiro, também na região da Borborema; São José IV, em São José do Sabugi, na Borborema; Taperoá II, em Taperoá, na Borborema Paraibana; e por fim, o açude Novo II, na Cidade de Tavares, no Sertão.
Ainda de acordo com Alexandre Magno, a maior parte dos açudes com
volume abaixo de 20% não recebe uma recarga considerável há pelo menos
dois anos. “Estamos entrando no nosso período chuvoso agora, em
fevereiro. Então é normal que alguns deles estejam abaixo, até porque a
demanda aumenta gradativamente com o tempo. Vamos aguardar o período
chuvoso e então avaliar a situação”, concluiu o gerente da Aesa.
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