20/06/2015 19h07
- Atualizado em
20/06/2015 19h08
Estado só mantém 483km² de área de Mata Atlântica.
Presidente da Apan diz que situação é preocupante.
Krystine Carneiro Do G1 PB
A Paraíba só tem 483km² de área remanescente de Mata Atlântica, segundo os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável divulgados na sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, 90,1% da área original - que era de 5.980 em todo o estado - já foi desmatada. Os dados são referentes ao ano de 2012.
De acordo com a publicação, também restam 111 km² de mangue. Com esses
dados, a Paraíba é o estado que teve o quinto maior percentual de
desmatamento de Mata Atlântica no país, ficando atrás apenas de Goiás
(97,3%), Rio Grande do Norte (90,8%), Sergipe (90,7%) e Alagoas (90,3%).
Para o presidente da Associação Paraibana da Natureza (Apan), Antonio
Augusto, o dado é preocupante. A Mata Atlântica é um pequeno ecossistema
fundamental para a preservação dos mananciais de água potável. Se essa
cobertura vegetal foi extinta, as consequências serão desastrosas. João
Pessoa, que hoje não tem escassez de água, passará a ter, principalmente
porque tivemos uma precipitação pluviométrica baixa esse ano”,
comentou.
Segundo Antonio Augusto, a Mata Atlântica na Paraíba ainda tem uma
faixa estreita no Litoral e alguns resquícios no Brejo. “Os órgãos
ambientais deveriam ser extremamente rigorosos com relação a
licenciamento e autorização para desmatamento. Isso, infelizmente, não
acontece”, disse.
O presidente da Apan ainda atribuiu o alto índice de desmatamento à
falta de planejamento urbano dos municípios onde há Mata Atlântica.
“Hoje o litoral é a região com a maior densidade demográfica do estado,
onde as cidades têm um crescimento acelerado. Seria primordial que
houvesse um disciplinamento desse crescimento”, disse Antonio Augusto.
Outra causa é a “falta de educação ambiental e conscientização da
população e, sobretudo, dos empresários e empreendedores”.
O G1 solicitou, às 17h da sexta-feira, um posicionamento em relação aos dados à Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema). A assessoria de imprensa informou que ia encaminhar o pedido ao setor responsável, mas que, no horário em que a solicitação foi realizada, não havia mais expediente no órgão e que só seria possível comentar o assunto na segunda-feira (22).
O G1 solicitou, às 17h da sexta-feira, um posicionamento em relação aos dados à Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema). A assessoria de imprensa informou que ia encaminhar o pedido ao setor responsável, mas que, no horário em que a solicitação foi realizada, não havia mais expediente no órgão e que só seria possível comentar o assunto na segunda-feira (22).
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