Givaldo Cavalcanti
Lavar calçadas, interior de imóveis, fachadas e veículos
utilizando mangueiras, além de ser uma atitude inaceitável em tempos de
racionamento, ainda pode valer uma multa para quem for flagrado
praticando esses atos. Em Campina Grande, está em vigor desde dezembro
de 2008 uma lei que penaliza o desperdício de água por parte dos
cidadãos. A regulação aponta para que quem for pego praticando tal
medida seja obrigado a pagar uma multa no valor de meio salário-mínimo, o
que hoje corresponde à quantia de R$ 362,00.
Apesar de estar em vigor há 6 anos, a lei de número 4.720, de autoria
do vereador Olimpio Oliveira, não é conhecida da maioria da população,
que desde o início desse mês precisou mudar de hábito por conta da
implantação do racionamento de água das 17h dos sábados até as 5h das
segundas-feiras.
Segundo o legislador, a sua intenção na época já era inserir o
serviço público na fiscalização desses atos, para evitar que a
manutenção do desperdício agravasse a situação hídrica de Campina Grande
que é a maior cidade abastecida pelo açude de Boqueirão.
"A fiscalização fica por conta da Secretaria de Serviços Urbanos e
Meio Ambiente para autuar quem jogar água fora. Nós entendemos que é
difícil flagrar para imitir a multa, mas com as denúncias de vizinhos
que também se preocupam com a utilização correta da água, podemos
diminuir o desperdício”, disse o vereador Olimpio.
PREJUÍZOS PARA A COMUNIDADE
O uso incorreto da água para realizar atividades domésticas pode trazer graves prejuízos para a comunidade. Segundo alerta o diretor-regional da Cagepa Borborema, Simão Almeida Barbosa, o uso de 30 minutos contínuos de uma mangueira de jardim pode levar ao consumo de até 600 litros de água, número muito próximo para quem lava o carro também utilizando esse expediente.
O uso incorreto da água para realizar atividades domésticas pode trazer graves prejuízos para a comunidade. Segundo alerta o diretor-regional da Cagepa Borborema, Simão Almeida Barbosa, o uso de 30 minutos contínuos de uma mangueira de jardim pode levar ao consumo de até 600 litros de água, número muito próximo para quem lava o carro também utilizando esse expediente.
Nesse caso, podem ser utilizados até 560 litros para deixar o veículo
limpo, quantidade que poderia ser reduzida para no máximo 40 litros
caso fossem utilizados baldes.
“Quem utiliza mangueira para lavar calçadas, carros e garagens por
exemplo, pode elevar o gasto da água em até quatro ou cinco vezes. A
quantidade de água que é desperdiçada é muito grande pelo uso corrente
dela, por isso sugerimos que as pessoas usem baldes para reduzir o
consumo quando for realizar essas práticas”, disse o diretor-regional da
Cagepa que também é fiscalizada pela Secretaria de Serviços Urbanos e
Meio Ambiente de Campina Grande no que diz respeito aos vazamentos que
são detectados pelas equipes de fiscalização da prefeitura.
Segundo Lisandro Navarro de Lima, diretor de fiscalização de Meio
Ambiente da PMCG, quando o desperdício de água é oriundo de um vazamento
de responsabilidade da Cagepa, a empresa é comunicada e tem até 24h
para solucionar o problema, também com a possibilidade de receber uma
autuação.
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