11/08/2015 11h50
- Atualizado em
11/08/2015 20h48
Remoção está sendo feita pelos próprios proprietários dos estabelecimentos.
Restaurantes ocupavam irregularmente áreas da União.
Proprietários estão removendo material que pode ser reaproveitado (Foto: Othacya Lopes/Jornal da Paraíba) |
Os quatro bares que ocupam áreas da União na Praia do Jacaré, em Cabedelo,
Região Metropolitana de João Pessoa, começaram a ser demolidos na noite
segunda-feira (10). A informação foi confirmada pelo presidente da
Associação dos Bares e Restaurantes da Praia do Jacaré, Leonardo Mendes.
O local é endereço do famoso pôr do sol ao som do 'Bolero de Ravel'.
A remoção das estruturas dos bares foi feita pelos próprios
comerciantes, seguindo um acordo feito na Justiça Federal, no ano
passado. Segundo a Justiça Federal, os quatro bares ocupavam
irregularmente, para fins de exploração comercial, área de uso comum da
população.
Os bares foram desocupados e estavam fechados desde o dia 1º de julho.
Segundo a decisão da Justiça, os bares deviam ter sido removidos até o
dia 10 de julho, mas a demolição não foi feita porque, segundo os
proprietários, a Superintendência de Administração do Meio Ambiente da
Paraíba (Sudema) teria demorado para liberar as licenças dos projetos de
demolição. Por conta disso, o Tribunal Regional Federal (TRF) chegou a
suspender a decisão até a Sudema se posicionar sobre o caso.
“Resolvemos realizar a demolição em caráter de urgência, para não ter prejuízo maior nos nossos materiais. Os trabalhadores começaram na segunda à noite e estamos retirando todo o material que dá para aproveitar. Tem cerca de 50 mil telhas e quase 80 toneladas de madeiramento, e não queremos perder este material caso a demolição seja feita pela Justiça”, explicou Leonardo.
Bolero de Ravel é executado todos os dias durante o pôr do sol na Praia do Jacaré (Foto: Krystine Carneiro/G1) |
A prefeitura de Cabedelo apresentou em julho o projeto definitivo do
Parque Jacaré e, segundo o secretário de Turismo do município, Omar
Gama, as obras de construção começaram na segunda-feira. “Nesta primeira
etapa será contemplado a região do mercado de artesanato, que deve
estar pronto até o final de dezembro. Em seguida faremos o parapeito na
área que será aberta após a remoção dos bares e a terceira etapa será a
licitação para a ocupação e construção dos quatro novos restaurantes que
serão instalados no novo parque”, disse.
Omar explicou ainda que, mesmo que o projeto tenha o mesmo número de
estabelecimentos que havia anteriormente, isso não significa que os
mesmos bares serão instalados. “Isso não será uma relocação. Como se
trata de uma área pública, a única maneira de fazer com que se utilize
este espaço é através de um processo licitatório. O processo é aberto a
todos e a única forma destes comerciantes voltarem para cá é vencendo a
licitação”, concluiu o secretário.
O presidente da associação comenta que os proprietários têm interesse
em voltar ao local. “O futuro a gente não sabe ainda, mas vamos
participar da licitação para ocupar os restaurantes do novo parque, uma
vez que temos este direito e vamos lutar por ele”, disse Mendes.
Cerca de 50 mil telhas e quase 80 toneladas de madeiramento devem ser removidos pelos donos do bares, segundo levantamento da associação (Foto: Othacya Lopes/Jornal da Paraíba) |
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