30/08/2015 08h57
- Atualizado em
31/08/2015 07h05
Casa foi projetada para evitar desperdícios e consumo consciente da água.
Sistema reaproveita água de esgoto e da chuva.
Telhado vivo faz parte do sistema sustentável da casa da engenheira (Foto: Claudiana Maria/Arquivo pessoal) |
Preocupada com o consumo desenfreado de água potável disponível no
planeta, a engenheira civil Claudiana Maria sentiu a necessidade de
contribuir para a solução desse problema. A solução, segundo ela, foi
projetar e instalar na sua residência, em João Pessoa, um sistema
sustentável de reaproveitamento de água. A engenheira é doutora em
sustentabilidade e garante: "Fiz isto por consciência ambiental, por
amor à natureza"
A casa de Claudiana é abastecida por água de poço artesiano e utiliza
dispositivos próprios de consumo consciente da água, além de um 'telhado
vivo', com terra e plantas para receber a água da chuva. Ela faz também
reaproveitamento da água do esgoto.
Segundo a proprietária da casa, que além de engenheira civil também é
professora de instalações hidro sanitárias do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), o sistema sustentável
da sua casa começou a ser instalada no ano de 2011, período em que
estudava sobre o tema.
“Durante o doutorado, decidi contribuir para a sustentabilidade do
planeta, pois se a água é vida e esta está comprometida pela sua
quantidade reduzida decorrente do consumo desenfreado e pela ausência de
conhecimento, não podia ficar inerte a tudo isso”, comentou ela.
A dona da casa sustentável conta que, por abastecer sua casa com água
de poço artesiano para uso doméstico, não paga conta de água para a
concessionária de João Pessoa.
Entretanto, disse estar ainda mais cuidadosa com o consumo pois
considera grande a responsabilidade com o uso dessa água proveniente de
uma bacia hidrográfica, por ser de todos.
Área molhada projetada para evitar desperdícios (Foto: Claudiana Maria/Arquivo pessoal) |
Casa sustentável
A casa foi projetada preventivamente para redução do consumo de água,
manutenção das instalações e custos da obra, segundo a própria dona.
"Por exemplo, a área molhada: banheiro possui os seus dispositivos
higiênicos e aparelhos sanitários (vaso sanitário, chuveiro e
lavatórios) dispostos de tal forma que o seu funcionamento é
independente. Esse sistema possibilita que três pessoas possam
utilizá-los ao mesmo tempo”, relatou.
De acordo com Claudiana, com esse sistema a área molhada pode ter
também múltiplas funções: lavabo, banheiro social, suíte e de serviço a
partir do seu acesso específico. “Dessa forma, não há necessidade de
tantos aparelhos sanitários que não sendo utilizados podem gerar
vazamentos e manutenções constantes”, conta.
Ela disse que em sua casa também é possível encontrar dispositivos de
redução de água, como por exemplo, para o uso da caixa de descarga com
duplo acionamento, torneira com abertura de 1/4 de volta e redutor de
vazão (arejador). Há também o reaproveitamento da água do esgoto que é
tratado e alimenta as bananeiras do jardim. O objetivo do projeto
arquitetônico é evitar a poluição pelos resíduos gerados pela casa.
Telhado vivo
A sustentabilidade está por todos os lados casa, inclusive no teto. A dona da residência explicou que teve a ideia de manter um 'telhado vivo', que é um sistema com terra e plantas que recebem a água da chuva. O excesso é coletado para molhar o jardim e as árvores que estão no terreno, um jacarandá mimoso, abacateiro, goiabeira e um pé de jenipapo.
A sustentabilidade está por todos os lados casa, inclusive no teto. A dona da residência explicou que teve a ideia de manter um 'telhado vivo', que é um sistema com terra e plantas que recebem a água da chuva. O excesso é coletado para molhar o jardim e as árvores que estão no terreno, um jacarandá mimoso, abacateiro, goiabeira e um pé de jenipapo.
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