Suspeito de tráfico de animais silvestres da Paraíba tem mais de R$ 9 milhões em multas.
Por G1 PB
Cerca de 3.400 animais silvestres foram apreendidos na Paraíba de
janeiro a junho de 2017, de acordo com o Batalhão de Polícia Ambiental. Em
2016 o Fantástico apresentou uma lista dos maiores traficantes de
animais do Brasil, onde o primeiro lugar é um paraibano de Patos, que
deve R$ 9.1 milhões em multa.
O superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) na
Paraíba, Thiago Maranhão, disse que “se existe o traficante é porque
existe o mercado final, o consumidor. O grande responsável pelo tráfico
animal não é aquele que vai buscar e vender, mas aquele que vai
adquirir”.
Mais de 70% das apreensões são de aves, mas jabutis, macacos-prego,
jacarés e cobras também estão no rol das apreensões, diz o
superintendente do Ibama.
Multas
Thiago informou que quem cria animais silvestres sem registro pode
responder por processo penal e pagar multa de R$ 500. Para quem
comercializa o animal, a multa sobe para R$ 5 mil por unidade do animal
e, se o animal estiver em extinção, o valor da multa dobra e fica em R$
10 mil.
As pessoas que criam animais silvestres sem registro podem devolver
voluntariamente ao Ibama ou à Polícia Ambiental que não vão ser
penalizados.
Criação regular
Quem deseja criar um animal silvestre deve procurar o Ibama para se
regularizar. Os animais podem ser adquiridos em lojas já autorizadas,
onde o comprador recebe uma nota fiscal com a licença de criação.
No caso do animal aparecer em sua residência, ele deve ser imediatamente levado ao Ibama ou a pessoa deve chamar a Polícia Ambiental. Se desejar ficar com ele, deve dar entrada no processo de regularização.
Animais que não têm origem comprovada não podem ser criados de forma doméstica.
“Um animal que chegou até você de forma irregular é porque dois ou três morreram no transporte ou na captura”, disse Thiago Maranhão.
Animais de outros biomas
De acordo com o mestre em Geografia, Alexandre de Brito, há no Brasil
sete biomas, a Amazônia, a Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado, Pampas
(também conhecido por Campos), Matas de Araucárias e o Pantanal, onde
cada um tem seu conjunto de animais e plantas específicos (fauna e
flora).
“O prejuízo de introduzir um animal do Pantanal na Caatinga, por exemplo, é a competitividade - muitas vezes injusta - que vai ser gerada, onde as espécies locais podem perder espaço para a espécie invasora”, disse Alexandre.
Por isso, quando animais silvestres de outros biomas são apreendidos
aqui na Paraíba e passam pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres
(Cetas) em Cabedelo, eles não podem ser devolvidos imediatamente à
natureza.
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