17/03/2013 06h00
- Atualizado em
17/03/2013 06h00
Segundo a Seplan, escolha da técnica ideal colaborou para atraso.
Intervenção vai dissipar energia das ondas que batem na falésia.
Segundo a Seplan, escolha da técnica ideal colaborou para atraso.
Intervenção vai dissipar energia das ondas que batem na falésia.
Placas foram instaladas na Praça de Iemanjá, que já está parciamente destruída pela força do mar (Foto: Luiz Vaz/Secom-JP) |
As obras de contenção da erosão na área da Falésia do Cabo Branco, em João Pessoa,
estavam previstas para ter início em janeiro de 2013, porém, ainda não
têm data para começar. Segundo a assessoria da Secretaria de
Planejamento de João Pessoa (Seplan), o atraso ocorreu devido ao
processo de escolha da técnica ideal a ser utilizada na área, que levou
em consideração o estudo realizado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e pela Universidade Federal da Pernambuco (UFPE), contratado pela Prefeitura, tanto dentro do mar como ao longo da faixa litorânea.
Tambem influenciou a escolha da fabricante que pode oferecer o melhor
produto dentro da técnica escolhida. “A maioria dos fabricantes são
internacionais e não tinham representantes no país”, diz a nota da
Seplan.
O projeto ainda está em fase orçamentária e falta iniciar o processo de
licitação para ser dada a ordem de execução. As obras estão orçadas em
R$ 15 mihões, mas, por enquanto, a Seplan está negociando R$
7.251.067,45 milhões com a Caixa Econômica Federal.
O Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) das obras de
contenção da erosão da falésia do Cabo Branco foram apresentadas em
dezembro de 2011. A intervenção proposta para a área é um enrocamento
aderente (rochas arrumadas) na linha da costa, com o objetivo de
dissipar a energia das ondas que batem na falésia. Além disso, serão
instalada estruturas de quebra-mares na Praia do Seixas.
A estrutura deve ter aproximadamente 440 metros de extensão e vai ficar
afastada da praia 230 metros. Outra parte, em frente à Praça de
Iemanjá, terá 151 metros de extensão e ficará afastada da praia 80
metros.
A área que vai ser beneficiada com a intervenção abrange o Farol do
Cabo Branco e a Estação Cabo Branco, alguns dos principais cartões
postais de João Pessoa, a Ponta do Seixas, considerado o ponto mais
oriental das Américas, e a Praça de Iemanjá, que já está parcialmente
destruída com a força do mar.
Falésia
do Cabo Branco sofre constante erosão; intervenção deve dissipar
energia das ondas que batem na barreira (Foto: Felipe Gesteira/Secom-JP) |
Erosão
Em 2012,
geólogo e analista ambiental da Secretaria do Meio Ambiente (Semam),
Williams Guimarães, havia alertado que o Farol do Cabo Branco, um dos
principais cartões postais de João Pessoa, tende a desabar no mar em um
período de 20 anos. A estrutura é localizada no alto da Falésia do Cabo
Branco e está em uma área que recua entre 0,46 e 1,92m por ano devido à
erosão causada pelo contato com o mar. Essa área ainda abrange a Praia
do Seixas e a Praça de Iemanjá.
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