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quinta-feira, 28 de março de 2013
Convênio projeta futuro de JP
Prefeitura de João Pessoa e BID assinam convênio incluindo a capital no Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis.
Larissa Claro Divulgação / Secom-JPDe acordo com o prefeito Luciano Cartaxo, um grande projeto estruturante deverá projetar a cidade para o futuro
Um convênio assinado ontem pela prefeitura de João Pessoa com o Banco
Interamericano do Desenvolvimento (BID) e Caixa Econômica Federal
inseriu oficialmente a capital paraibana no Programa Cidades Emergentes e
Sustentáveis. De acordo com o prefeito Luciano Cartaxo, um grande
projeto estruturante deverá projetar a cidade para o futuro. O estudo
preliminar para elaboração do projeto está orçado em US$ 1 milhão de
dólares e acontecerá nos próximos nove meses.
De acordo com o prefeito Luciano Cartaxo, a prefeitura tem trabalhado
preocupada com o presente, cumprindo suas obrigações de forma
eficiente, mas também mantém um olho no futuro. “Estamos ousando. O
desafio de governar não é governar durante quatro anos, mas ter a
capacidade de projetar a cidade para o futuro. João Pessoa vai chegar
logo ao seu primeiro milhão de habitantes e temos que estar prontos para
isso. O Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis vai possibilitar
isso”, garantiu. Conforme pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE) em setembro do ano passado, a
população da capital deve chegar a um milhão de habitantes em 2030.
O primeiro passo após a celebração do convênio é a elaboração de
estudos realizados por uma equipe de técnicos do BID e da Caixa em
diversas áreas para detectar as demandas da cidade. “Nos próximos nove
meses saberemos quais intervenções serão necessárias para fazer com que a
cidade cresça de forma equilibrada e sustentável. Serão levados em
consideração 150 indicadores nas áreas do setor ambiental e mudanças
climáticas, setor urbano e setores fiscal e de governabilidade”,
explicou o secretário da Receita de João Pessoa, Fábio Guerra.
Ele citou como exemplo as visitas ao Porto do Capim e Comunidade do 'S' feitas pelos técnicos ontem à tarde.
“Teremos uma ideia das intervenções que são necessárias àquela
localidade, como saneamento, locação de equipamentos públicos e a
revitalização do Centro Histórico, ou seja, ver aquela localidade com um
viés econômico sustentável.
De um modo geral, o investimento acontecerá em intervenções
integradas que dotam a localidade das condições necessárias ao
desenvolvimento humano e sustentável”, explicou. Ainda de acordo com o
secretário, a perspectiva é que em um ano as intervenções na cidade
comecem a sair do papel.
A Iniciativa de Fomento às Cidades Emergentes e Sustentáveis (ICES)
lida com desafios em cidades emergentes da América Latina e Caribe. A
meta é integrar a sustentabilidade ambiental e fiscal, o desenvolvimento
urbano e a governabilidade. Após a finalização dos estudos, a
prefeitura poderá pleitear financiamento na ordem de R$ 100 milhões para
executar as intervenções propostas.
O coordenador-geral da Ices, Ellis Juan, disse que João Pessoa terá
uma excelente oportunidade para se desenvolver. “Trata-se de uma cidade
costeira que tem muito potencial e esperamos que até o início do próximo
ano possamos entregar este plano de ação pronto para ser executado”,
afirmou. Já o superintendente da Caixa na Paraíba, Elan Miranda,
destacou o olhar para o futuro. “É no contexto da garantia da qualidade
de vida que nos unimos nesse projeto, que tem a função de olhar além do
amanhã”, afirmou.
Para o cientista político e professor da Universidade Federal da
Paraíba, Ítalo Fittipaldi, o convênio da prefeitura com o BID é
importante não só pela possibilidade de financiamento, mas pelo
conhecimento que a prefeitura adquire a partir das exigências do
programa. “A grande questão não é o crédito, mas a expertise que a
prefeitura vai adquirir na elaboração dos projetos, levando em
consideração os indicadores para a execução e os impactos desses
projetos. Com acesso a uma linha de crédito internacional, a gestão
municipal, por tabela, passa a ser mais qualificada tecnicamente porque
uma falha pode comprometer financiamentos futuros”, disse o
especialista.
Para ele, a mobilidade urbana é um dos pontos que deve ser visto como
prioridade na criação de um projeto estruturante e sustentável para
João Pessoa, considerando a tendência de crescimento da cidade.
“Qualquer projeto como esse que não faça um redesenho da estrutura de
mobilidade urbana vai ficar devendo”, disse.
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