Prefeitura de João Pessoa e BID assinam convênio incluindo a capital no Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis.
Larissa Claro
Um convênio assinado ontem pela prefeitura de João Pessoa com o Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) e Caixa Econômica Federal inseriu oficialmente a capital paraibana no Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis. De acordo com o prefeito Luciano Cartaxo, um grande projeto estruturante deverá projetar a cidade para o futuro. O estudo preliminar para elaboração do projeto está orçado em US$ 1 milhão de dólares e acontecerá nos próximos nove meses.
De acordo com o prefeito Luciano Cartaxo, a prefeitura tem trabalhado preocupada com o presente, cumprindo suas obrigações de forma eficiente, mas também mantém um olho no futuro. “Estamos ousando. O desafio de governar não é governar durante quatro anos, mas ter a capacidade de projetar a cidade para o futuro. João Pessoa vai chegar logo ao seu primeiro milhão de habitantes e temos que estar prontos para isso. O Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis vai possibilitar isso”, garantiu. Conforme pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em setembro do ano passado, a população da capital deve chegar a um milhão de habitantes em 2030.
O primeiro passo após a celebração do convênio é a elaboração de estudos realizados por uma equipe de técnicos do BID e da Caixa em diversas áreas para detectar as demandas da cidade. “Nos próximos nove meses saberemos quais intervenções serão necessárias para fazer com que a cidade cresça de forma equilibrada e sustentável. Serão levados em consideração 150 indicadores nas áreas do setor ambiental e mudanças climáticas, setor urbano e setores fiscal e de governabilidade”, explicou o secretário da Receita de João Pessoa, Fábio Guerra.
Ele citou como exemplo as visitas ao Porto do Capim e Comunidade do 'S' feitas pelos técnicos ontem à tarde.
“Teremos uma ideia das intervenções que são necessárias àquela localidade, como saneamento, locação de equipamentos públicos e a revitalização do Centro Histórico, ou seja, ver aquela localidade com um viés econômico sustentável.
De um modo geral, o investimento acontecerá em intervenções integradas que dotam a localidade das condições necessárias ao desenvolvimento humano e sustentável”, explicou. Ainda de acordo com o secretário, a perspectiva é que em um ano as intervenções na cidade comecem a sair do papel.
A Iniciativa de Fomento às Cidades Emergentes e Sustentáveis (ICES) lida com desafios em cidades emergentes da América Latina e Caribe. A meta é integrar a sustentabilidade ambiental e fiscal, o desenvolvimento urbano e a governabilidade. Após a finalização dos estudos, a prefeitura poderá pleitear financiamento na ordem de R$ 100 milhões para executar as intervenções propostas.
O coordenador-geral da Ices, Ellis Juan, disse que João Pessoa terá uma excelente oportunidade para se desenvolver. “Trata-se de uma cidade costeira que tem muito potencial e esperamos que até o início do próximo ano possamos entregar este plano de ação pronto para ser executado”, afirmou. Já o superintendente da Caixa na Paraíba, Elan Miranda, destacou o olhar para o futuro. “É no contexto da garantia da qualidade de vida que nos unimos nesse projeto, que tem a função de olhar além do amanhã”, afirmou.
Para o cientista político e professor da Universidade Federal da Paraíba, Ítalo Fittipaldi, o convênio da prefeitura com o BID é importante não só pela possibilidade de financiamento, mas pelo conhecimento que a prefeitura adquire a partir das exigências do programa. “A grande questão não é o crédito, mas a expertise que a prefeitura vai adquirir na elaboração dos projetos, levando em consideração os indicadores para a execução e os impactos desses projetos. Com acesso a uma linha de crédito internacional, a gestão municipal, por tabela, passa a ser mais qualificada tecnicamente porque uma falha pode comprometer financiamentos futuros”, disse o especialista.
Para ele, a mobilidade urbana é um dos pontos que deve ser visto como prioridade na criação de um projeto estruturante e sustentável para João Pessoa, considerando a tendência de crescimento da cidade. “Qualquer projeto como esse que não faça um redesenho da estrutura de mobilidade urbana vai ficar devendo”, disse.
Um convênio assinado ontem pela prefeitura de João Pessoa com o Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID) e Caixa Econômica Federal inseriu oficialmente a capital paraibana no Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis. De acordo com o prefeito Luciano Cartaxo, um grande projeto estruturante deverá projetar a cidade para o futuro. O estudo preliminar para elaboração do projeto está orçado em US$ 1 milhão de dólares e acontecerá nos próximos nove meses.
De acordo com o prefeito Luciano Cartaxo, a prefeitura tem trabalhado preocupada com o presente, cumprindo suas obrigações de forma eficiente, mas também mantém um olho no futuro. “Estamos ousando. O desafio de governar não é governar durante quatro anos, mas ter a capacidade de projetar a cidade para o futuro. João Pessoa vai chegar logo ao seu primeiro milhão de habitantes e temos que estar prontos para isso. O Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis vai possibilitar isso”, garantiu. Conforme pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em setembro do ano passado, a população da capital deve chegar a um milhão de habitantes em 2030.
O primeiro passo após a celebração do convênio é a elaboração de estudos realizados por uma equipe de técnicos do BID e da Caixa em diversas áreas para detectar as demandas da cidade. “Nos próximos nove meses saberemos quais intervenções serão necessárias para fazer com que a cidade cresça de forma equilibrada e sustentável. Serão levados em consideração 150 indicadores nas áreas do setor ambiental e mudanças climáticas, setor urbano e setores fiscal e de governabilidade”, explicou o secretário da Receita de João Pessoa, Fábio Guerra.
Ele citou como exemplo as visitas ao Porto do Capim e Comunidade do 'S' feitas pelos técnicos ontem à tarde.
“Teremos uma ideia das intervenções que são necessárias àquela localidade, como saneamento, locação de equipamentos públicos e a revitalização do Centro Histórico, ou seja, ver aquela localidade com um viés econômico sustentável.
De um modo geral, o investimento acontecerá em intervenções integradas que dotam a localidade das condições necessárias ao desenvolvimento humano e sustentável”, explicou. Ainda de acordo com o secretário, a perspectiva é que em um ano as intervenções na cidade comecem a sair do papel.
A Iniciativa de Fomento às Cidades Emergentes e Sustentáveis (ICES) lida com desafios em cidades emergentes da América Latina e Caribe. A meta é integrar a sustentabilidade ambiental e fiscal, o desenvolvimento urbano e a governabilidade. Após a finalização dos estudos, a prefeitura poderá pleitear financiamento na ordem de R$ 100 milhões para executar as intervenções propostas.
O coordenador-geral da Ices, Ellis Juan, disse que João Pessoa terá uma excelente oportunidade para se desenvolver. “Trata-se de uma cidade costeira que tem muito potencial e esperamos que até o início do próximo ano possamos entregar este plano de ação pronto para ser executado”, afirmou. Já o superintendente da Caixa na Paraíba, Elan Miranda, destacou o olhar para o futuro. “É no contexto da garantia da qualidade de vida que nos unimos nesse projeto, que tem a função de olhar além do amanhã”, afirmou.
Para o cientista político e professor da Universidade Federal da Paraíba, Ítalo Fittipaldi, o convênio da prefeitura com o BID é importante não só pela possibilidade de financiamento, mas pelo conhecimento que a prefeitura adquire a partir das exigências do programa. “A grande questão não é o crédito, mas a expertise que a prefeitura vai adquirir na elaboração dos projetos, levando em consideração os indicadores para a execução e os impactos desses projetos. Com acesso a uma linha de crédito internacional, a gestão municipal, por tabela, passa a ser mais qualificada tecnicamente porque uma falha pode comprometer financiamentos futuros”, disse o especialista.
Para ele, a mobilidade urbana é um dos pontos que deve ser visto como prioridade na criação de um projeto estruturante e sustentável para João Pessoa, considerando a tendência de crescimento da cidade. “Qualquer projeto como esse que não faça um redesenho da estrutura de mobilidade urbana vai ficar devendo”, disse.
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