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sábado, 2 de março de 2013
Obras de urbanização na capital geram impasse
Moradias
instaladas em barreira correm riscos com urbanização da comunidade do
Timbó; Defesa Civil recomendou desocupação de algumas casas.
Nathielle Ferreira Kleide TeixeiraMoradores dizem que auxílio-aluguel pago pela Prefeitura não é suficiente e permenecem na área ameaçada
A execução de obras de urbanização que está sendo realizada pela
Prefeitura de João Pessoa na Comunidade do Timbó, situada no bairro dos
Bancários, está causando impasse entre equipes do governo e moradores do
local. O problema começou porque máquinas e tratores que estão
executando o serviço, desde dezembro do ano passado, cortaram parte de
uma barreira, onde há dezenas de casas instaladas.
Com isso, algumas moradias ficaram com a sustentação ameaçada e há o
risco de ocorrer desabamentos. A Defesa Civil Municipal já esteve no
local e recomendou a imediata desocupação de algumas casas. As famílias
receberão um auxílio-aluguel no valor mensal de R$ 200, para morar de
forma provisória em outro endereço. No entanto, os moradores alegam que o
valor é insuficiente para locar um imóvel e insistem em permanecer na
área ameaçada.
“A gente não está se recusando em sair daqui. O problema é que, com
esse auxílio-aluguel, não dá para pagar nada. Aqui, o aluguel de
qualquer casinha custa R$ 300 ou R$ 350. A maioria das pessoas daqui faz
faxina, lava roupa e não tem condição de completar o aluguel”, lamentou
a líder comunitária do Timbó, Maria do Socorro Arruda.
Segundo ela, a construção da via está ameaçando a estrutura de quase
130 residências. Algumas moradias já estão até com os alicerces
expostos, por causa da terra retirada pelas máquinas. No entanto, o
coordenador da Defesa Civil Municipal, Francisco Noé Estrela, que foi ao
local na última quinta-feira, disse que apenas 14 famílias precisam ser
removidas imediatamente. “Destas, apenas umas três estão resistindo em
sair. Por isso, estamos dialogando para chegar a um acordo”,
acrescentou.
Já o secretário municipal de Infraestrutura, Ronaldo Guerra,
esclareceu que as máquinas cortaram e aterraplanaram uma parte da
barreira para construir uma espécie de “talude”, que consiste em retirar
a declividade de um local para, em seguida, colocar vegetação. “O
objetivo é reforçar a sustentação da barreira, com uso até de muros de
arrimos. Algumas casas que ficam em cima da barreira deverão ser
removidas, mas não serão todas. Já as que estão embaixo precisam sair”,
disse Guerra.
De acordo com ele, as obras de urbanização do local estão orçadas em
R$ 15 milhões, sendo R$ 9 milhões destinados à contenção da barreira.
Através da assessoria de imprensa, a Secretaria de Desenvolvimento
Social informou que, antes de iniciar a obra, a construtora responsável
pelo serviço fez um estudo e apontou que, no máximo, oito famílias
precisariam ser removidas.
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