12/03/2013 11h26
- Atualizado em
12/03/2013 11h26
Insa afirma que 71% do território paraibano sofre desertificação.
Principal causa apontada é o uso intensivo da terra.
Animais aproveitam resto de água que ainda há em
alguns barreiros na PB (Foto: Taiguara Rangel/G1) |
A Paraíba apresenta a proporcionalmente maior área desertificada do
país, com 71% de seu território comprometido pelos efeitos da
desertificação conforme dados do Instituto Nacional do Semiárido (Insa).
O levantamento divulgado segunda-feira (11) no Relatório de Atividades
2012 do órgão, afirma que o uso intensivo da terra é o principal vetor
da situação de degradação e desertificação do solo.
De acordo com a assessoria de comunicação do Insa, estão sendo
implementadas práticas como o monitoramento em tempo real das áreas
suscetíveis e em processo de desertificação na região do Seridó
paraibano, implantação de campos de palma resistente à praga da
Cochonilha nas 13 microrregiões afetadas, pesquisas de saneamento e uso
das águas para produzir madeira ou forragens, cursos de formação
voltados para assentados, mapeamento da estiagem no Semiárido paraibano e
instalação de torres para medições climáticas e troca de energia na
Caatinga, dentre as principais ações.
São ainda relatadas pelo Insa como causas para a desertificação a
intensa degradação e a erosão do solo, o desmatamento e a substituição
da vegetação nativa por outra cultivada, de ciclo e porte diferentes. A
área atingida na Paraíba é considerada como região de estudo 'Cariris
Velhos'.
No Brasil, a desertificação se restringe ao Semiárido brasileiro. O
Insa estima que as áreas susceptíveis a desertificação compreendem
1.340.863 km, envolvendo 1.488 municípios de nove estados da região
Nordeste, além de alguns municípios de Minas Gerais e Espírito Santo. A
maior extensão encontra-se no Ceará, com 200 mil km de terras
degradadas.
Somando-se às áreas em que a desertificação acontece ainda de forma
moderada, o total de área atingida pelo fenômeno alcança aproximadamente
600.000 km², cerca de 1/3 de todo o território nordestino, conforme o
relatório.
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