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sábado, 23 de agosto de 2014
Em João Pessoa, 6% das residências não têm coleta domiciliar
Diagnóstico da
Emlur aponta também a necessidade de um plano de coleta seletiva e de
resíduos eletrônicos e de transportes na capital.
Angélica Nunes Rizemberg FelipeDiagnóstico da situação da coleta de resíduos na Capital faz parte de um documento apresentado na última sexta-feira
Com apenas 3 meses para finalizar o Plano
Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos para João Pessoa, a
Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) concluiu o
diagnóstico da situação do lixo que é produzido na cidade. Pelo menos 6%
das residências da capital ainda não dispõem de atendimento de coleta
domiciliar, o que corresponde a 12.788,4 domicílios, segundo dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O maior
problema, entretanto, é a falta de um plano de coleta seletiva e de
resíduos de eletrônicos e de transportes.
O diagnóstico da situação da coleta de resíduos na Capital faz parte
de um documento apresentado ontem, durante evento na Estação Cabo Branco
– Ciência, Cultura e Arte, no Altiplano.
Conforme explicou o diretor de Operações da Emlur, Mozart de Castro, o
diagnóstico resultou da coleta de dados durante oficinas públicas
promovidas pelos membros da Comissão e dos Comitês de Sustentação e
Diretor, bem como dos profissionais que trabalham na catação de
resíduos, somados a um questionário online aplicado pela Emlur, com
objetivo de ampliar a participação popular na construção da elaboração
do Plano Municipal.
“Foram realizadas seis oficinas entre os meses de junho e julho,
seguindo a divisão geográfica das audiências do Orçamento Participativo,
realizadas pela Secretaria Municipal de Transparência. Nelas detectamos
uma série de problemas, como, por exemplo, ruas que não ofereciam
condições para que o caminhão da coleta chegasse, ausência de varrição
em determinados locais das ruas pavimentadas, ausência de capinação e
uma malha de 6% de ruas que não são atendidas pela Emlur”, explicou
Mozart.
O diagnóstico traz dados sobre a produção, destinação e
acondicionamento de resíduos domiciliares, hospitalares, logística
reversa, coleta seletiva e resíduos da construção e demolição. O
levantamento inclui, ainda, informações colhidas em órgãos municipais,
estaduais e federais, além de pessoal, empresas e indústrias que
trabalham direta ou indiretamente com o lixo, seja na coleta ou na
comercialização.
Apesar de não ter um prognóstico do que deverá ser implementado no
Plano, Mozart de Castro adiantou que é preciso criar políticas
especificas para alguns tipos de resíduos, como os lixos eletrônicos
(computadores, laptops, notebooks, celulares etc.) e de transportes
(pneus, carrocerias, lanternas etc.). “Mas é preciso ressaltar que nosso
estudo não encontrou só problemas. A Emlur tem um cronograma de
atendimento de coleta e a população tem um papel fundamental no momento
em que começa a disponibilizar seus resíduos no horário certo em que
passa o caminhão, reduz custos e protege a saúde pública porque o lixo
despejado em local errado traz problemas”, disse.
O superintendente da Emlur, Lucius Fabianni, justificou que muitas
ações exigidas pelo Plano Nacional já são realizadas pelo órgão, mas de
forma desarticulada, e que a meta é incluí-las no Plano Municipal. “A
Emlur tem um programa de educação ambiental e a secretaria de educação e
eles não dialogam. A coleta seletiva existe na Emlur e não fazemos
primariamente nos órgãos da Prefeitura. São programas que precisam estar
articulados”, afirmou.
PLANO REDISCUTIDO
Os dados consolidados deverão ser apresentados apenas na próxima reunião
do grupo de trabalho, agendada para o dia 3 de setembro com
representantes dos comitês diretor e de sustentação. Ele deve ser
construído de acordo com a Lei Federal 12.305/2010 e com a Política
Nacional de Saneamento e de Mudanças Climáticas.
A preocupação do superintendente da Emlur, Lucius Fabianni,
entretanto, é concluir o trabalho em tempo hábil para que as políticas
definidas no Plano possam ser incluídas no Orçamento 2015 da Prefeitura
de João Pessoa. “Temos que entregá-lo para que seja avaliado na Câmara
Municipal antes de que seja aprovada a Lei Orçamentária 2015, para que
ele seja incluído nela”, argumentou.
Esta é a segunda vez que a Emlur tenta elaborar o Plano de Resíduos. Na
primeira, em 2012, o projeto não avançou pela falta de diálogo entre os
órgãos que compõem a força de trabalho. “São 30 entidades participantes.
Ficaria inviável. Por isso reduzimos os grupos de trabalhos e esperamos
agora dialogar para elaborar o Plano. Temos que correr, mas está bem
avançado. O mais importante é que se transforme em lei antes de 2015”,
disse o superintendente.
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