quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Sucatas: perigo para dengue

Além do risco à saúde, alguns depósitos funcionam de forma irregular e chegam a burlar o Código de Posturas do município.






Expostos a céu aberto, os depósitos de sucatas e ferros-velhos de João Pessoa acumulam água neste período chuvoso e são fáceis criadouros do mosquito da dengue, dentre outras pestes urbanas, como ratos e baratas. Além do risco à saúde, alguns depósitos funcionam de forma irregular e chegam a burlar o Código de Posturas do município de João Pessoa, ocupando áreas públicas com peças de carros, além de materiais de sucata de outra natureza.
 
Apenas no primeiro semestre deste ano, um total de sete denúncias foram formalizadas na Secretaria de Meio Ambiente de João Pessoa (Seman-JP) contra sucatas por funcionamento sem documentação ou infringindo a legislação ambiental. As sucatas irregulares estavam localizadas nos bairros de Cruz das Armas, Mangabeira, José Américo e Valentina.
 
O gerente do Centro de Vigilância Sanitária e Zoonoses de João Pessoa, Milton Guedes, por sua vez, informou que os principais locais de concentração de sucata, que tem sido foco de atenção redobrada da Vigilância Sanitária, são os bairros do Baixo Róger, Comunidade Saturnino de Brito e no Distrito Mecânico.
Para Milton Guedes, o ideal seria que materiais dessa natureza fosse armazenados em espaços cobertos. “Sucata, depósitos de materiais de construção, locais de recicláveis são úteis, mas é necessário que as pessoas tenham um certo cuidado de proteger da chuva porque a céu aberto acumulam água e se tornam criadouros de mosquito da dengue”, afirma.
 
O chefe de Divisão de Fiscalização da Seman-JP, Waldir Diniz Farias Júnior, explicou que todas as sete sucatas foram autuadas. “Nosso primeiro procedimento é cobrar o licenciamento ambiental e alvará de funcionamento. Esgotado o prazo é que autuamos com cobrança de multas diárias até que seja sanado o problema”, afirma.

Waldir Diniz contou que muitos dos ferros-velhos e sucateiros que foram denunciados e investigados pela Sedurb acabaram fechando antes mesmo do fim do prazo, o que prejudica as possíveis punições por irregularidades. “Alguns, quando voltamos para autuação, já estão fechados. Não sabemos, no entanto, se eles reabriram em outro local ou desistiram do negócio. Essa constatação só pode ser feita quando vier outra denúncia”, justificou.

O diretor de Fiscalização da Secretaria de Limpeza Urbana de João Pessoa (Sedurb-JP), Flávio Monteiro, disse que o órgão tem retirado os materiais encontrados nas ruas sempre que solicitado através de denúncia. O grande problema, segundo ele, são as sucatas abandonadas em áreas particulares. “Não temos competência para retirar sucata, nem quaisquer outros materiais, em terrenos particulares. Mas sempre que solicitados, retiramos carros e outros objetos abandonados em logradouros públicos”, explicou.
 
No que se refere à saúde pública, entretanto, Milton Guedes, disse que foi iniciada, desde a semana passada, uma operação de combate às proliferação do mosquito da dengue. “Sempre que há uma denúncia vamos ao local, para fazer um diagnóstico e tomar as medidas cabíveis. Com esse período de chuva, estamos realizando visitas quinzenais. Primeiramente passamos com um fumacê, cedido pela Secretaria de Estadual de Saúde, e estamos aplicando para acabar com as formas adultas do mosquito, ao mesmo tempo em que usamos um larvicida para acabar com o mosquito na forma de larvas”, disse O gerente do Centro de Vigilância Sanitária e Zoonoses de João Pessoa, Milton Guedes.
 
Serviço.
Seman - Disque Denúncia: 0800 281 9208/ 3218-9208

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