11/07/2014 21h51
- Atualizado em
11/07/2014 22h02
Segundo o MPF, bares exercem atividade comercial em área da União.
Donos de bares também devem pagar multa pela ocupação irregular.
O Ministério Público Federal (MPF) recomendou na última quinta-feira
(10) a retirada de bares na Praia do Jacaré, em Cabedelo, Região
Metropolitana de João Pessoa. Inicialmente a informação é de que cinco
bares devem ser retirados da área.
Os proprietários podem retirar as estruturas de forma consensual, mas
caso haja resistência dos donos dos bares, medidas como a demolição,
podem ser adotadas pela Secretaria do Partrimônio da União (SPU). Os
comerciantes também devem pagar multa pela ocupação irregular dos
locais. De acordo com o Ministério Público Federal, o valor das multas
aplicadas deve ser de 10% do valor dos terrenos em valores atualizados.
O MPF deu um prazo de 30 dias para os donos do bares, que começou a
contar em 1º de julho, mas há a possibilidade deste prazo ser prorrogado
para 60 dias a pedido da Secretaria do Patrimônio da União.
Em entrevista concedida a TV Cabo Branco, a superintendente do
Patrimônio da União, Daniela Bandeira, explicou que primeiro vai
notificar os donos dos bares, cobrar as multas e esperar a retirada
espontânea das estruturas, antes de adotar qualquer outra medida. A
Prefeitura de Cabedelo preferiu não se pronunciar sobre o caso, alegando
que ainda não recebeu nenhum comunicado oficial.
"Essa desocupação, ela tem duas motivações. Tem a motivação
patrimonial, que são bens da União, que estão sendo ocupadas de forma
irregular, ocupados por particulares em atividades comerciais sem a
devida licitação, então a ocupação é irregular. Por outro lado, tem o
aspecto ambiental. Nós sabemos que aquela região é um dos maiores
patrimônios ambientais do Estado da Paraíba, uma área de raríssima
beleza e que para ter qualquer empreendimento ali, necessita do devido
licenciamento ambiental, que também não ocorre, então devido a essa
irregularidade sobre esses dois aspectos foi recomendada e está sendo
providenciada a desocupação, para que ela ocorra de forma ordenada e
cumprindo tanto a legislação patrimonial, como a legislação ambiental",
explicou o procurador José Godoy Bezerra de Souza.
Casos semelhantes
Bar do Surfista é demolido após 30 anos de funcionamento (Foto: Walter Paparazzo/G1) |
A mesma coisa também aconteceu na Praia de Intermares, de onde foi
retirado o Bar do Surfista, um bar tradicional que funcionava na praia e
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