sexta-feira, 11 de julho de 2014

Protesto amarra cruzes contra a retirada de árvores em João Pessoa


11/07/2014 20h24 - Atualizado em 11/07/2014 20h24 

Semam prevê retirada e substituição das árvores na av. Beira Rio.
Possibilidade se deve à construção de duas pontes.
 
Do G1 PB
 
Cruzes pedem que árvores não sejam retiradas na avenida Beira Rio (Foto: Francisco França/G1)
Cruzes pedem que árvores não sejam retiradas na
Avenida Beira Rio (Foto: Francisco França/G1)
 
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Várias cruzes amarradas aos troncos sinalizam para um protesto contra as retiradas de árvores na avenida Beira Rio, em João Pessoa, desde a noite desta quinta-feira (10). A possibilidade foi suscitada devido às obras de construção de duas pontes no local. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Semam) disse que há um estudo para substituição, caso haja a retirada. Em toda a extensão da via existem 546 indivíduos arbóreos, segundo o órgão.

O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) emitiu uma nota técnica nesta sexta-feira (11), apontando a necessidade de um estudo de impacto ambiental da obra e de um plano de mobilidade urbana para o município.

Dentre os fatores, o órgão enumera a redução de solo permeável no entorno do rio Jaguaribe, falta de solução para o problema de congestionamento na rotatória do bairro Altiplano, ausência de proposta para calçadas, inexistência de implantação de ciclovias e a criação de rotatória que causa insegurança a pedestres e ciclistas. O IAB ainda alerta que "o projeto não prioriza o transporte público sobre o individual, ignorando soluções técnicas que garantam a fluidez do transporte público".
 
A Semam afirmou que há a arborização da avenida prevê condições viáveis, legais e responsáveis para a substituição das árvores, caso elas sejam retiradas. As marcações nas árvores, realizadas pelo movimento 'João Pessoa Que Queremos', vão das imediações da Granja do Governador até o final da avenida, onde há um girador que também foi usado pelos manifestantes. Faixas pretas com a frase 'SOS Beira Rio' sinalizam o protesto.

O chefe da Divisão de Arborização e Reflorestamento (Divar) da Semam, Anderson Fontes, disse que se as árvores tiverem que ser removidas da área, haverá compensação. "Medida compensatória ao meio ambiente será a replantação de árvores nativas, na mesma a quantidade das que foram retiradas. Tais arbóreos estão sendo cultivados no viveiro municipal de plantas nativas do município, no bairro do Valentina de Figueiredo", assegurou.


 

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