Além de preservar o meio ambiente, a reciclagem é fonte de renda para famílias carentes.
Nathielle Ferreira
Das 700 toneladas de lixo coletadas diariamente em João Pessoa pela Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur), apenas 1.450 quilos são reciclados. A quantidade equivale a cerca de 0,2%. O percentual seria maior se a população separasse os resíduos sólidos, antes de fazer o descarte.
Além de preservar o meio ambiente, a reciclagem é fonte de renda para
famílias carentes. Na capital, pelo menos, 800 pessoas sobrevivem
exclusivamente do que retiram dos sacos de lixo. Elas são cadastradas às
cinco cooperativas de reciclagem credenciadas à Emlur. No entanto, há
outra parcela de catadores que não pode ser contabilizada porque
trabalha de forma autônoma na cidade e não possui cadastro na Emlur ou
em qualquer outra instituição.
Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
implantou o sistema da coleta seletiva em sua sede, em João Pessoa. Em
todas as salas dos órgãos, foi colocado um conjunto de quatro
recipientes coloridos, que serão usados para fazer o descarte de
resíduos sólidos.
Os servidores também receberam treinamento para usar corretamente os
materiais, já que cada tonalidade indica que o pote só pode receber um
tipo de material específico, como papel, plástico, vidro e metal.
Uma vez por semana, agentes de reciclagem cadastrados à Associação
Astramare, que funciona em João Pessoa, irão ao local para remover o
acumulado. Esse material será levado para os aterros sanitários, que
funcionam nos bairros do Padre Zé, Róger e Distrito Indústrial. Nesses
locais, os resíduos se juntarão aos demais trazidos pelos caminhões da
Emlur. Em seguida, serão separados, pesados e vendidos.
“Temos cerca de 140 famílias cadastradas, que ganham, em média, de R$
300 a R$ 350 por mês, com a venda dos materiais”, conta o presidente da
Associação Astramare, Heráclito Alves da Silva.
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