A
população da cidade de Patos e de outras localidades tem assistido nos
últimos anos a morte do principal rio da região: O Rio Espinharas, que
recebe esgoto, lixo e construções às margens do seu leito e tem
resistido passivamente como toda a natureza que agoniza as intervenções
nocivas do homem. As entidades jurídicas constituídas têm sido
ridicularizadas diante de sua ineficiência para conter os que fazem do
Rio Espinharas propriedade privada.
As Faculdades Integradas de Patos - FIP segue ocupando as margens do Rio
Espinharas com suas construções sem que seja impedida de tal fato. Mesmo
com a existência de inúmeras leis de proteção ambiental que dariam
proteção às margens dos rios, essas são inúteis diante do avanço das
obras suntuosas que continuam acontecendo impunemente colocando em
cheque o poder as autoridades.
Uma
construção localizada ao lado direito no sentido Centro - Jatobá,
vizinho da Ponte do Figueiredo, Bairro Monte Castelo em Patos (foto), já
foi embargada pelas autoridades, mas conseguiu autorização para
prosseguir. A obra não respeita o limite de 30 metros da margem do Rio.
Essa será só mais uma construção como tantas outras que estão ocupando
propriedade da união. Residências também estão por toda a margem do Rio
Espinharas.
Obras as margens do Rio Espinharas estão por toda a extensão da
zona urbana da cidade. Entidades como o Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA, Superintendência de
Administração do Meio Ambiente - SUDEMA, Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, Secretaria
Municipal do Meio Ambiente – SEMAM e o próprio Ministério Público – MP
estão impotentes diante das construções que ocupam as margens do rio.
Em abril
de 2009, a cidade de Patos viveu momentos de tristeza devido às chuvas
que fizeram transbordar o Rio Espinharas. Cerca de 2.000 pessoas foram
desabrigadas ou desalojadas, sendo decretado estado de emergência na
cidade. O governador do Estado da Paraíba, na época José Maranhão - PMDB
conseguiu junto ao Governo Federal 5 Milhões de Reais para socorrer as
vítimas. Autoridades alertaram para a ocupação indevida das margens do
Rio Espinharas, mas hoje a situação se agravou ainda mais desde a
tragédia.
Jozivan Antero – patosonline.com
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