sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

MP quer dados sobre falésia do Cabo Branco

Defesa Civil Municipal terá prazo de 10 dias para informar ao MPPB o andamento das ações desenvolvidas na falésia do Cabo Branco. 


 
 


Rizemberg Felipe
Para evitar o risco de desmoronamentos, o MPPB quer a interdição de um dos trechos da falésia
Devido a riscos de desmoronamentos, um trecho da falésia do Cabo Branco, em João Pessoa, deverá ser interditado pelo Ministério Público da Paraíba nos próximos dias. Ontem, o promotor do Meio Ambiente, José Farias, convocou uma reunião com representantes da Prefeitura de João Pessoa para discutir o assunto. Ele deu prazo de 10 dias para que a Defesa Civil Municipal preste informações sobre o caso. “Eu soube que a Defesa Civil Municipal já teria recomendado a interdição e, depois, deixou de fazer a interdição. Quero saber o que ocorreu e qual ação foi executada no local”, disse Farias.

Outra requisição foi encaminhada à Secretaria de Planejamento de João Pessoa. O promotor solicitou informações sobre o andamento do processo que estava sendo executado pelo governo municipal, para conter o processo de erosão nas praias do Cabo Branco e de Seixas. “Esse projeto é altamente técnico, com recursos de engenharia avançados.
 
Requisitei informações ao município porque tenho informações de que a prefeitura fez um cadastro junto ao Ministério do Turismo, mostrando a pretensão de obter recursos para executar a obra. Mas ainda não apresentou os projetos necessários para firmar contrato com o governo federal”, afirmou.
 
O promotor se refere a um projeto que começou a ser elaborado em 2007, que prevê ações que vão reduzir a erosão na Praia do Seixas, barreira do Cabo Branco e Praça de Iemanjá. Para isso, serão construídas duas estruturas de arrecifes, sendo que uma ficará a 80 quilômetros de distância da praia e a outra, a 240 quilômetros. Eles serão construídos por rochas e se estenderão da área onde está situado, atualmente, o girador que dá acesso à barreira do Cabo Branco até a Praia do Seixas.
 
O objetivo dos arrecifes é reduzir a intensidade da força das ondas e, dessa forma, evitar que elas destruam a Praça de Iemanjá e as barreiras do Cabo Branco e da Praia dos Seixas. Outras rochas serão fixadas também nas áreas destruídas da falésia do Cabo Branco.
 
O coordenador da Defesa Civil de João Pessoa, Francisco Noé Estrela, explicou que o órgão não fez interdições na barreira, apenas fixou algumas placas para alertar as pessoas sobre risco de desmoronamentos.
 
“Existiam alguns banhistas que acampavam sob a barreira. Mas havia o perigo muito grande deles serem vítimas de quedas de terra. Por isso, colocamos algumas placas, indicando a faixa de segurança para a caminhada das pessoas”, disse, acrescentando que as placas continuam no local.
 
A reportagem procurou a Secretaria de Planejamento de João Pessoa para obter informações sobre o projeto de contenção da erosão no Cabo Branco, mas não obteve êxito.

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