Publicado em 06.05.2015 às 16h27 | Atualizado em 06.05.2015 às 16h42
Dirigente da APAN questionou postura da entidade campinense. Foto: Reprodução/TV Tambaú. |
A vice-presidente da
Associação Paraibana dos Amigos da Natureza (APAN), Paula Frassinete,
denunciou que a associação ambiental que entrou com pedido de
intervenção na construção do Shopping Pátio Intermares, agiu com má fé.
O empreendimento do Grupo Marquise deve
ser construído na cidade de Cabedelo, mas o início das obras pode ser
novamente retardado por causa da recente decisão do Tribunal de Contas
do Estado, assinada pelo conselheiro Fernando Catão. O documento atende
uma ação proposta pela Associação de Proteção Ambiental (Apam), para
que o desmatamento da área seja paralisado, alegando supostas
irregularidades no licenciamento.
Ainda na manhã desta quarta (6), o
promotor de Justiça Rogério Lucas disse que a construção do
empreendimento é legal. "O Instituto Chico Mendes (ICMBio) recomendou um
estudo físico-sociológico, que indicou que não há vegetação nativa a ser
destruída na área. Todas as ações da empresa no terreno foram
autorizadas pela Sudema, desde o desmatamento inicial até os passos
seguintes. A Sudema autorizou tudo conforme a legislação ambiental do
país. O Ministério Público acompanhou tudo. Essa decisão recente
invalida a postura de um órgão técnico ambiental, que é a Sudema. Essa
decisão não reflete a realidade e também prejudica os interesses do povo
de Cabedelo", declarou o .promotor.
Para Paula Frassinete a postura da
associação que propôs a intervenção na obra é questionável. "Isso é uma
coisa que nos deixa muito em dúvida quanto ao comportamento da entidade.
Sabemos que o senhor Roberto Almeida é um senhor muito sério, sempre
trabalhou com o meio ambiente, sempre foi um apaixonado pela questão
ambiental. É o criador dessa entidade em Campina Grande, mas como é que
se usa o nome parecidíssimo com a entidade e o endereço antiga da
entidade? Inclusive, um dos ofícios tem o papel timbrado da entidade,
sem ter sido a APAN de João Pessoa?", questionou.
Franssinete não descartou acionar a
justiça sobre o caso. "É má fé sim. Nós vamos à Campina Grande conversar
com a entidade sobre essa ação e caso não se resolva, nós vamos entrar
com um processo, por que nós não admitimos que a credibilidade da APAN
seja posta em risco", revelou.
Ela explicou ainda que a APAN não se
opõe à construção do empreendimento. "Nós não contestamos, nós não
entramos com nenhum processo contra ela, exatamente por que pessoas do
nosso grupo estiveram lá, viram que a área não trazia nenhum risco ao
meio ambiente. Já era uma área degradada e por isso mesmo a entidade não
viu como, nem por que, entrar com alguma contestação no IBAMA ou na
Sudema", ressalvou.
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