domingo, 3 de maio de 2015

Que boas novas trarão o 'Seaport' e estaleiro 'Pedra do Ingá'?

03/05/2015 07H00
 
Ambos ainda estão no papel, mas trazem perspectiva de incremento na geração de emprego e renda para Cabedelo e Lucena; juntos devem gerar 6 mil empregos.



Projeto do Seaport, que será o primeiro porto privado do Brasil, espera a liberação
da licença ambiental para começar a ser construído. (Foto: Kleide Teixeira)
Os dois grandes projetos estruturantes previstos para aportarem no Litoral Norte da Paraíba em cerca de dois anos somam juntos mais de R$ 25,5 bilhões em investimentos privados e já impactam positivamente na valorização de imóveis na região. O Seaport, em Cabedelo, é apresentado pelo empresário Ivan Miranda como o primeiro porto privado do Brasil, capaz de receber os maiores navios cargueiros em operação no mundo. Já o estaleiro Pedra do Ingá, em Costinha/Lucena é anunciado pelo executivo Celso Souza como uma unidade sem concorrente no hemisfério Sul do planeta.

Ambos os projetos ainda estão no papel, contudo, já trazem perspectiva de incremento na geração de emprego e renda para os dois municípios paraibanos, porque somente de forma direta devem empregar mais de 6 mil pessoas. “Não tenho dúvida de que estes projetos serão de grande importância para alavancar a economia da Paraíba e são viáveis. Além de serem de grande porte, reúnem uma gama de outros investidores”, afirmou o vice-presidente da Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep), Magno Rossi.


Obras do estaleiro Pedra do Ingá, em Lucena devem ser iniciadas no último trimestre de 2016
(Foto: Rizemberg Felipe)
Há mais de 40 anos atuando no Porto de Cabedelo, o empresário Ivan Miranda é o idealizador do Seaport. Segundo ele, o projeto está aguardando desde 2013 a liberação da Licença Ambiental que será dado pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), mas a expectativa é de que as obras iniciem em novembro deste ano. “Após o início, os serviços devem ser concluídos em dois anos”, afirmou Ivan Miranda.

O projeto mostra que o porto privado de transbordo internacional será implantado no estuário do Rio Paraíba, em Cabedelo, e contará com plataforma para recepção, emissão e transbordo de cargas unitizadas (contêineres, bags, etc), além de granéis sólidos. O empreendimento ainda terá docagem de embarcações para manutenção e reparos. Os investimentos são de € 7 bilhões de euros (R$ 23,6 bilhões) e conta com investidores franceses que, segundo Miranda, estão aguardando o término da parte burocrática para liberar os recursos.

A capacidade de armazenamento do Seaport chega a 30 milhões de toneladas e poderá receber navios carregados com 19 mil contêineres. Para viabilizar o complexo será construída uma bacia de evolução e canal de acesso marítimo, dragados para 22 metros de calado por 200 metros de largura. “Um navio de 360 mil toneladas de carga será descarregado com 15 horas de operação no Seaport. Enquanto, por aí, passam cinco dias para descarregar esta mesma quantidade de mercadoria. Isso baixa em cerca de 30% o custo do frete”, ressaltou Miranda.


Já o estaleiro Empresa de Docagens Pedra do Ingá (EDPI), será implantado no Município de Lucena, Distrito de Costinha, na foz do Rio Paraíba e vai abranger 83 hectares de faixa de terra mais 15 hectares adentrando o rio. O investimento é de R$ 1,9 bilhão e conta também com capital estrangeiro, mais precisamente da empresa americana McQuilling Project Manager, com sede em Nova Iorque.

De acordo com o gerente da empresa, responsável pelo projeto no Brasil, Celso Souza, as obras devem começar no último trimestre de 2016. Com isso, estima-se que a partir de 2018 o estaleiro esteja operando parcialmente. A operacionalização total está prevista para 2019. Porém, apenas algumas etapas como a realização de estudos topográficos e diálogos com a Sudema foram realizadas até agora.

Celso Souza explicou que a empresa está levantando recursos para a realização do estudo de impacto ambiental para, posteriormente, obter a licença junto à Sudema. Mas a área destinada ao empreendimento não foi comprada oficialmente. “Existe interesse tanto dos donos da área quanto da empresa e por enquanto temos um contrato de opção de compra”, contou.

De acordo com ele, o estaleiro será exclusivamente para docagem e reparo e terá capacidade média de realizar 120 docagens ao ano. A estimativa é de que o complexo empregue 1.500 empregos quando estiver operando, além dos 4.000 postos de trabalhos durante a construção. “O estaleiro poderá atender qualquer navio da frota mercante mundial e não há concorrente no hemisfério Sul”, destacou Celso Souza.
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