Georgia Simonelly
A primeira ajuda
social destinada às famílias de catadores de material reciclável, que
atuavam no antigo lixão de Campina Grande, foi entregue na manhã de
ontem, pelo secretário de Ação Social (Semas) do município, Robson
Dutra. Foram beneficiadas 204 famílias, cada uma recebeu um cheque no
valor de R$ 100, além de uma cesta básica.
Segundo Robson Dutra, o benefício terá duração de três meses, se
estendendo até o mês de março. Os recursos são de aproximadamente R$ 150
mil. A entrega do benefício foi realizada na Associação de Moradores do
Mutirão.
“Estamos oferecendo a ajuda de custo a estas famílias, enquanto os
galpões de reciclagem ainda não estão finalizados. O catador que ainda
não estiver cadastrado deve procurar a Semas, levando seus documentos
pessoais como identidade, CPF e comprovante de residência”, informou o
secretário.
O lixão de Campina Grande foi desativado há quase um mês e as 15 mil
toneladas de resíduos sólidos produzidos na cidade estão sendo enviados
para um aterro sanitário na cidade de Puxinanã, no Agreste. Desde então,
os catadores de material reciclável que trabalhavam no local estão
insatisfeitos por terem perdido sua fonte de renda.
A ex-catadora Maria de Lourdes da Silva, 68 anos, conta que tem
passado dificuldades para sustentar a família, composta por sete
membros. “Trabalhava lá há 20 anos, não sei fazer outra coisa. Meus
filhos também eram catadores, a gente tem sobrevivido de forma precária.
Quando encontramos material na rua a gente cata e tira R$ 10 ou R$ 20,
antes minha renda mensal era de R$ 400”, lamentou.
O secretário de Ação Social, destacou que o projeto dos galpões de
reciclagem, destinados para estas famílias, está pronto e a previsão é
que eles sejam instalados em março. “Vamos definir a quantidade de
galpões e os locais onde serão construídos, mas um deles será instalado
no Mutirão”, concluiu Robson Dutra.
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