Cidades,
sábado, 04/02/2012
Amanda Carvalho
Na Paraíba, a restinga - tipo de vegetação encontrada em praias - está em constante ameaça por causa do avanço urbano. Há também várias espécies de aves, mamíferos primatas e marinhos em risco de extinção. O trabalho na Floresta Nacional da Restinga, em Cabedelo, ou Mata do Amém, tem por objetivo evitar o desaparecimento dessas espécies. Ontem, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) inaugurou as novas instalações do local, que funcionará como Coordenação Regional dos Estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, parte da Bahia e parte do Piauí.
Na Paraíba, a restinga - tipo de vegetação encontrada em praias - está em constante ameaça por causa do avanço urbano. Há também várias espécies de aves, mamíferos primatas e marinhos em risco de extinção. O trabalho na Floresta Nacional da Restinga, em Cabedelo, ou Mata do Amém, tem por objetivo evitar o desaparecimento dessas espécies. Ontem, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) inaugurou as novas instalações do local, que funcionará como Coordenação Regional dos Estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, parte da Bahia e parte do Piauí.
Na Mata do Amém foi inaugurada as novas instalações do edifício que abriga as sedes da Floresta Nacional (Flona) da Restinga de Cabedelo, da Unidade Avançada de Administração e Finanças (UAAF) de Cabedelo e da Coordenação Regional 6 (CR6). Segundo o chefe do Flona da Restinga de Cabedelo, Carlos Augusto de Alencar Pinheiro, o local foi escolhido por estar num ponto estratégico geográfico em relação aos outros centros de conservação federal, tornando-se um facilitador para os trabalhos nas outras unidades.
Segundo a coordenadora do CR6, Carla Marcon, a Mata do Amém tem grande relevância ambiental e já possui instalação adequada para coordenar os oito Estados, com suas 33 Unidades de Conservação. Só na Paraíba existem cinco unidades e dois centros de pesquisa e conservação. “O objetivo da coordenação é fortalecer e ampliar a gestão das unidades e centros, disseminando a educação ambiental para toda a população”, afirmou.
O trabalho realizado em Cabedelo consiste em avaliar o status de conservação das espécies ameaçadas e traça um plano de ação, integrado ao plano nacional, nas quais são identificadas as dificuldades de preservação e esquematizam os objetivos e ações para reverter o problema. A analista do Centro de Primatas Brasileiros, Mônica Montenegro, informou que há duas espécies em extinção: o macaco prego galego, com 12 indivíduos na Mata do Amém; e o guariba, com apenas 2 em cativeiro. Os dois tipos podem ser encontrados na natureza em Santa Rita, Mamanguape e Sapé.
600 aves serão catalogadas
O coordenador do Centro Pesquisa de Aves, João Luiz do Nascimento, explanou que a proposta nacional é catalogar todas 1.832 espécies de aves, 600 delas só da PB. Só na Mata do Amém já foram catalogadas 120 espécies, informou João. Ele informou que a lista das espécies ameaçadas já está em processo de publicação. “Vamos estabelecer um plano de monitoramento em todo o Brasil. Também estamos monitorando as aves migratórias de outros países”, expôs. Essa ação será integrada com o ICMBio. A coordenadora do Centro de Pesquisa e Manejo de Mamíferos Aquáticos, Fábia Luna, explicou que o peixe-boi marítimo é uma das espécies mais ameaçadas de extinção por conta da destruição das áreas de estuários, poluição e falta de alimento. Ela contabilizou que hoje há em torno de 500 espécimes no País. Na Paraíba, o centro faz o trabalho de soltura dos animais.“Nós resgatamos os filhotes encalhados, levamos para Itamaracá (PE), onde ficam por três anos. De lá levamos ou para Barra de Mamanguape ou Alagoas para a soltura”, explicou. Após devolver os animais à natureza, a equipe faz o monitoramento. “De 1994 para cá já soltamos 30 animais na natureza”.
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