sábado, 4 de fevereiro de 2012

Prédios são alvos de pichação


Basta um breve passeio pelos monumentos, escolas e prédios públicos em João Pessoa para constatar que, mesmo com a fiscalização das autoridades, muitos ainda são atacados pela ação de pichadores. Os vândalos agem na madrugada, competindo entre grupos para inscrever nos espaços públicos palavras de ordem ou simplesmente demarcar territórios, apenas compreendidos entre eles.

O diretor da Escola Professora Argentina Pereira Gomes, localizada na Avenida Camilo de Holanda, em João Pessoa, Geraldo Cruz, afirma que não saber mais o que fazer para coibir a ação dos vândalos na área externa do colégio que, assim como os vizinhos Lyceu Paraibano e Instituto de Educação da Paraíba (IEP), está toda suja de pichações.

“Nem adianta pintar porque nem bem a tinta seca, eles já estão pichando em cima. Eles agem no meio da noite e não se importam com a segurança noturna e as câmeras instaladas para monitoramento. A única saída é manter a parede suja, já que há um respeito entre eles em não sobrepor a pichação do outro”, argumenta.

Segundo o diretor, quando os alunos são identificados ainda é possível conseguir alguma punição. “Mas até encontrá-los leva tempo e o crime acaba ficando impune. Infelizmente, acabamos de mãos atadas, esperando uma ação mais direcionada dos órgãos competentes”, afirma.

O promotor do Meio Ambiente, Valberto Lira, explicou que o órgão instaura procedimento adequado sempre que provocado.

“Há algum tempo identificamos um grupo de estudantes que havia pichado um prédio público, convertemos a pena em prestação de serviço. Neste caso, obrigamos os jovens a restaurar o bem, mas é preciso que as partes interessadas nos comuniquem”, conta.

O responsável pela administração da limpeza dos espaços públicos, o diretor de Serviços Urbanos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), Américo Cabral, também afirmou que a equipe coordenada por ele só atua quando solicitada. “Precisamos de uma reclamação para irmos ao local realizar a limpeza, mesmo de espaços públicos”, disse.

A reportagem procurou a Coordenadoria de Patrimônio Cultural de João Pessoa, mas apesar dos vários telefonemas não obteve êxito.

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