sábado, 11 de fevereiro de 2012

Estudo no Porto de Cabedelo

 
 
Angélica Nunes
 
Francisco França.
Os resíduos sólidos, efluentes líquidos e fauna sinantrópica nociva (pombos, ratos, insetos e outros animais) do Porto de Cabedelo serão quantificados, classificados e avaliados por uma equipe de pesquisadores do Rio de Janeiro. O levantamento faz parte do projeto “Conformidade Gerencial de Resíduos Sólidos e Efluentes dos Portos”, executado pela Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP) em 22 portos brasileiros.

O trabalho será coordenado pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe), em parceria com outras 16 universidades. O programa está contemplado nas ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) II e prevê investimentos de R$ 16 milhões no país. Cabedelo será a quinta cidade a ser beneficiada pelo programa de diagnóstico de resíduos.

“Uma equipe de profissionais das Universidades Estadual e Federal da Paraíba ficará responsável pelo trabalho de pesquisa no local. Eles receberão treinamento especializado da equipe da Coppe. Os dados serão enviados para o centro de coleta e tratamento no Rio de Janeiro, compondo um sistema complexo de dados que serão futuramente confrontados entre si”, explicou um dos coordenadores do Programa de Planejamento Energético da Coope/UFRJ, o engenheiro Aurélio Lamare.

O diagnóstico, com previsão de um ano, foi apresentado ontem no auditório da Companhia Docas da Paraíba. A previsão é que dentro de seis meses os técnicos já estejam em campo avaliando os resíduos, efluentes e a fauna do Porto de Cabedelo.

Na primeira etapa, os pesquisadores identificarão os pontos de geração e acúmulo de resíduos. Em seguida os materiais serão quantificados e determinadas as características dos lixos e efluentes. “Essa pesquisa será realizada ao longo de um ano.Esse tempo é necessário para que se possa fazer uma avaliação das variantes constatadas nesse período, como mudanças climáticas, períodos de chuva, calor, movimentação no porto, etc”, afirmou.

Para Aurélio Murta, o objetivo não é apenas trazer soluções para a melhor coleta e gestão dos resíduos deixados na operação portuária, mas apontar sugestões para seu uso comercial. “Parte do resíduo poderá, por exemplo, ser transformado em energia, gerando economia para os portos ou mesmo receita extra. Sem falar na redução do impacto ambiental”, comentou.

O vice-presidente da Companhia Docas da Paraíba, Antônio Ricardo de Andrade, disse que o programa é importante na medida em que vai reduzir o impacto ambiental resultante do descarte destes materiais. “Será positivo para somar com o projeto ambiental Porto Verde, que estamos desenvolvendo”, afirma.

O projeto Verde prevê ações dentro do porto e no entorno da comunidade, compartilhando técnicas sobre como é possível conviver com os modais marítimo, ferroviário e rodoviário.

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