28/07/2013 14h20
- Atualizado em
28/07/2013 14h20
Professor da UFPB falou sobre características do litoral paraibano.
Apesar do ecossistema mais equilibrado, poluição e sobrepesca preocupam.
Características geográficas diferentes e um ecossistema mais
equilibrado, estão entre uma série de condições costeiras que contribuem
para que não sejam registrados ataques de tubarões no litoral da Paraíba, é o que diz o professor do departamento de Sistemática e Ecologia, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Ricardo Rosa.
Para Ricardo, que trabalha com o estudo de arraias desde 1979 e com
tubarões desde o início da década de 1990, a existência de um maior número
de estuários, canais profundos próximos da costa, águas mais turvas,
maior número de banhistas expostos e grandes alterações ambientais, como
o Porto de Suape, são fatores que favorecem a interação negativa entre
banhistas e tubarões no estado de Pernambuco, mas são aspectos locais e que não estão presentes no litoral paraibano.
“Na Paraíba não há registro científico, mas há um registro histórico de um ataque na praia do Bessa há muito tempo e desde então nunca mais foi registrado qualquer ataque de tubarão nas praias paraibanas”, disse.
De acordo com Ricardo Rosa, os tipos mais comuns e potencialmente perigosos, que podem ser encontrados no litoral paraibano, são o tubarão-tigre e os tubarões do gênero Carcharhinus, que incluem diversas espécies entre elas o galha-preta e o cabeça-chata. Ricardo lembrou ainda que o tubarão cabeça-chata é uma espécie comum a todo o litoral brasileiro, e tem preferência por águas salobras e turvas.
Apesar de haver uma diferença no ecossistema do litoral paraibano, já foram identificados problemas como poluição e sobrepesca, que vem fazendo com que tubarões de diversas espécies se encontrem sob o risco de extinção. Conforme o professor, uma pesquisa do Ministério do Meio Ambiente vem levantando dados sobre a questão da pesca predatória e ainda este ano deverá ser apresentado um plano de conservação, para adoção de medidas de preservação dos tubarões e arraias do litoral brasileiro.
Recentemente um Tubarão Martelo fêmea ficou preso nas redes de pescadores, na praia de Jacumã,
no Litoral Sul e foi arrastada para a praia, ela pesava cerca de 600 kg
e estava grávida. Ricardo explicou que os tubarões dessa espécie são
potencialmente perigosos, mas as fêmeas grávidas não comem nesse período
e costumam se aproximar mais da costa quando chega a hora de parir. A
pesca descontrolada de outros peixes, que são a base alimentar dos
tubarões, também são prejudiciais pois deixam os animais sem alimentação
abundante.
"A maioria das espécies já se encontram ameaçadas de extinção por causa da pesca, muitos tubarões também caem em redes e são levados pelos pescadores que vendem as barbatanas, já que a carne não tem muito valor comercial", completou Ricardo Rosa.
“Na Paraíba não há registro científico, mas há um registro histórico de um ataque na praia do Bessa há muito tempo e desde então nunca mais foi registrado qualquer ataque de tubarão nas praias paraibanas”, disse.
De acordo com Ricardo Rosa, os tipos mais comuns e potencialmente perigosos, que podem ser encontrados no litoral paraibano, são o tubarão-tigre e os tubarões do gênero Carcharhinus, que incluem diversas espécies entre elas o galha-preta e o cabeça-chata. Ricardo lembrou ainda que o tubarão cabeça-chata é uma espécie comum a todo o litoral brasileiro, e tem preferência por águas salobras e turvas.
Apesar de haver uma diferença no ecossistema do litoral paraibano, já foram identificados problemas como poluição e sobrepesca, que vem fazendo com que tubarões de diversas espécies se encontrem sob o risco de extinção. Conforme o professor, uma pesquisa do Ministério do Meio Ambiente vem levantando dados sobre a questão da pesca predatória e ainda este ano deverá ser apresentado um plano de conservação, para adoção de medidas de preservação dos tubarões e arraias do litoral brasileiro.
Tubarão martelo é pescado no Litoral Sul da Paraíba. (Foto: Walter Paparazzo/G1) |
"A maioria das espécies já se encontram ameaçadas de extinção por causa da pesca, muitos tubarões também caem em redes e são levados pelos pescadores que vendem as barbatanas, já que a carne não tem muito valor comercial", completou Ricardo Rosa.
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