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sábado, 7 de junho de 2014
Cresce número de famílias sem água
Número de
famílias sem água encanada nas residências paraibanas saltou de
210.785, em fevereiro de 2013, para 232.045, em abril deste ano.
Jaine Alves
Rizemberg FelipeDona de casa Fátima Batista, 36 anos, faz parte do grupo de famílias que não dispõem de abastecimento de água
Há um ano, o governo do Estado anunciou
investimento de mais de R$ 250 milhões para a construção da 3ª etapa do
canal Acauã-Araçagi (Vertentes Litorâneas). A obra visa a beneficiar com
o abastecimento de água quase 600 mil pessoas em 38 municípios
paraibanos, mas só deve ser concluída em dezembro de 2015, segundo
informações do secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos
Hídricos, João Azevedo.
Nesse intervalo, o número de famílias sem água encanada nas
residências paraibanas saltou de 210.785, em fevereiro de 2013, para
232.045, em abril deste ano. O aumento foi de 10% de famílias nesta
situação, conforme dados do Sistema de Informação de Atenção Básica
(Siab) do Ministério da Saúde.
Apesar de também ter acontecido a ampliação do serviço de
abastecimento de água no Estado, os dados do Siab revelam que em todo o
Estado, em 2013, existiam 871.767 famílias cadastradas nas áreas de
abrangência dos Programas de Agentes Comunitários de Saúde e Saúde da
Família (ACS/PSF), que através das visitas domiciliares às famílias,
identificam a situação de saneamento e moradia. Dessa soma, apenas
660.982 (75,8% do total) contavam com o serviço. Atualmente, das 895.784
famílias cadastradas, somente 680.291 têm água encanada, o que
corresponde a 75,9% do total. Isso quer dizer que a ampliação do serviço
só alcançou 0,1% dos domicílios.
O problema é potencializado quando comparado o número de famílias
descobertas pelo abastecimento de água (232.045) nos municípios
paraibanos. É como se toda a população de Patos - que tem 100.695
habitantes, segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), somados aos habitantes de Sousa (65.807), Cajazeiras
(60.612) e Emas (3.439) não tivessem água encanada em casa.
No bairro Padre Zé, em João Pessoa, por exemplo, a dona de casa
Fátima Batista, 36 anos, faz parte do grupo de famílias que não dispõem
de abastecimento de água. Ela precisa buscar água na casa de amigos com
o auxílio de um balde para poder dar conta dos afazeres domésticos.
“Não tem água encanada em casa. O jeito é contar com a solidariedade dos
amigos que me deixam pegar alguns baldes com água, todos os dias,
senão, não teria como fazer comida, dar banho nos meus filhos e lavar
roupa”, afirmou.
A ordem de serviço para a construção da 3ª etapa do canal das
Vertentes foi assinada na manhã do dia 17 de junho do ano passado,
durante visita do ministro da Integração, Fernando Bezerra. Na ocasião,
também foi assinado o Termo de Compromisso para a elaboração do projeto
de construção do sistema adutor da Borborema, que prometia levar as
águas da transposição até o Curimataú. À época, as informações foram
divulgadas na matéria sobre a falta de água encanada nos lares de
famílias paraibanas, publicada no JORNAL DA PARAÍBA na edição do dia 18
de junho de 2013.
INVESTIMENTOS
O secretário de Estado do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da
Ciência e Tecnologia, João Azevedo, informou que o sistema adutor da
Borborema já foi autorizado e a ordem de serviço para a obra será
assinada na próxima segunda-feira.
Informou ainda que estão em andamento as adutoras de Boqueirão,
Natuba. Aroeiras, Pocinhos, Camalau e Camará, ao todo são 730 km de
adutoras.
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