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sábado, 14 de junho de 2014
População reclama de projeto de urbanização
Segundo
moradores do Saturnino de Brito argumento da PMJP para ter autorização
judicial de demolir as casas não condiz com realidade.
Jaine Alves Rizemberg FelipeNa comunidade existem cerca de 1.200 famílias, sendo que 86 já saíram do local, por terem suas casas demolidas
Os moradores da comunidade Saturnino de
Brito, no bairro do Jaguaribe, em João Pessoa, estão insatisfeitos com o
projeto de urbanização da área, devido à demolição das casas. Eles
alegam que não querem sair da moradia própria para viver em imóveis
alugados e que o argumento utilizado pela prefeitura para ter a
autorização judicial de demolir as residências não condiz com a
realidade. Os moradores ainda denunciam que o auxílio-aluguel, pago pela
Prefeitura (R$ 200), é incompatível com o valor dos imóveis disponíveis
para este fim.
Na comunidade existem cerca de 1.200 famílias, sendo que 86 já saíram
do local, por terem suas casas demolidas, como parte do projeto de
urbanização, iniciado em abril do ano passado e previsão de término para
outubro de 2015. O valor do investimento da obra é superior a R$ 24,6
milhões, segundo a Secretaria Municipal de Habitação Social (Semhab).
O líder comunitário Marcos de Souza disse que os moradores não são
contra a urbanização da comunidade, apenas não aceitam o argumento
utilizado pela prefeitura para ganhar o direito judicial de demolir as
casas, bem como a determinação de desocupar a área para morar de
aluguel.
“A prefeitura alegou que vivemos em situações de extrema pobreza e
insalubridade, em barracos feitos de restos de material, o que não é
verdade. Como se pode ver, todas as casas são de alvenaria, bem
estruturadas e há inclusive imóveis com primeiro andar. Queremos que se
convença a Justiça com a verdade e não com mentira, como fez a
prefeitura”, afirmou.
“Além disso, não aceitamos deixar nossas casas próprias para viver de
aluguel. Se tem que sair, que seja de nossa casa para nossa casa, de
modo que a prefeitura nos indenize para comprar um imóvel em outro
lugar, ou nos dê moradias próprias. Não aceitamos auxílio-aluguel”,
declarou.
Já o eletricista Cláudio Amanso, 41 anos, ressaltou que o valor de R$
200 (auxílio-aluguel), disponibilizado pela prefeitura é incompatível
com o preço de mercado, obrigando o morador a desembolsar o restante do
valor para pagar o aluguel. “Não queremos atrapalhar a obra, mas que
seja feita de forma justa, nos acomodando em um lugar próprio. Esse
auxílio-aluguel é muito baixo, teremos que completar, e muita gente
aqui, assim como eu, não possui renda fixa, o que ganhamos é para nos
alimentar. Como teremos dinheiro para pagar aluguel?”, questionou.
Conforme o secretário adjunto de Habilitação Social da capital, José
Mariz, as famílias retiradas da área de risco – encosta sujeita a
desmoronamentos em épocas de chuvas – serão relocadas para terreno
próximo às antigas moradias, dentro da própria comunidade.
“O projeto prevê a construção de 400 unidades habitacionais,
comércios e centro comunitário. Assim como urbanismo, com recuperação
ambiental, áreas verdes, ciclovia, pavimentação e toda a infraestrutura
necessária para contemplar as 1.292 famílias beneficiadas direta e
indiretamente com a urbanização do espaço”, garantiu, acrescentando que a
obra está prevista para terminar no final de 2015.
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