quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Funcionários de pedreira multada por Sudema fazem novo protesto na PB

22/01/2014 11h36 - Atualizado em 22/01/2014 11h37 

Pedreiros interditaram via em frente a sede da Sudema, em João Pessoa.
Trabalhadores cobram retomada das atividades, suspensas pelo órgão.
 
Do G1 PB
Pedreiros usaram pedras e pneus queimados para interditar avenida, em João Pessoa (Foto: André Resende/G1)
Funcionários usaram pedras e pneus queimados para
interditar avenida em João Pessoa (Foto: André Resende / G1)
 
Os funcionários da pedreira São Jorge, empresa que teve o funcionamento suspenso pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente da Paraíba (Sudema) na terça-feira (21), bloquearam a Avenida Monsenhor Walfredo Leal, em Tambiá, João Pessoa, na manhã desta quarta-feira (22). Em protesto pela decisão, os funcionários interditaram o trecho da avenida em frente à sede da Sudema.
De acordo com a assessoria da Sudema, a pedreira foi autuada na terça por não apresentar licença ambiental. Além de suspender as atividades na empresa considerada irregular, o órgão aplicou uma multa no valor de R$ 10 mil. Um protesto semelhante foi feito pelos pedreiros na terça-feira na Avenida Ayrton Senna, no bairro de Mandacaru.

Os trabalhadores da pedreira explicaram que o protesto é uma forma de pressionar a Sudema a liberar as atividades no local. “Estamos pedindo para voltar a trabalhar. Temos contas a pagar, aluguel, leite do filho. Se alguém impede a gente de trabalhar, está impedido que a gente ganhe o nosso sustento”, comentou Jailton Brito, que trabalha como operador na pedreira.

O advogado da empresa e o proprietário foram convidados a conversar com a Sudema (Foto: André Resende/G1)
O advogado da empresa e o proprietário foram con
vidados a conversar com a Sudema
(Foto: André Resende/G1)
O advogado da pedreira São Jorge, Lula Lucena, afirmou que o impasse com a licença ambiental existe por conta de um alvará de funcionamento que deveria ter sido expedido pela Prefeitura de João Pessoa, mas que ainda não foi entregue. “Nós fizemos o requerimento junto à prefeitura em setembro do ano passado. A documentação pendente afeta diretamente na expedição da licença ambiental, que é cobrada pela Sudema”, avaliou o representante da empresa.

O proprietário da pedreira, Jaílton de Lima, informou que a empresa funciona com a licença ambiental desde a sua abertura, há 60 anos. Ele contou que o impasse teve início com a morte do seu pai, antigo proprietário. “ Com a morte do meu pai, tive que passar toda documentação para o meu nome. Daí o problema com o novo alvará e a licença ambiental”, ressaltou.

Por volta das 9h20 (horário local) um funcionário da Sudema informou aos manifestantes que o diretor administrativo do órgão iria receber sete representantes do movimento para discutir a suspensão e as multas. Às 10h (horário local) o trânsito na Avenida Walfredo Leal foi liberado parcialmente, após a chegada do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar.


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