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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
Restos de gabião em Formosa
Com arames
expostos na areia, desgaste das barreiras de contenção da praia de
Cabedelo põe em risco saúde de turistas e veranistas.
Jaine Alves Fotos: Francisco FrançaPedras e arames sem a devida manutenção oferecem perigo em praia da Região Metropolitana
As barreiras de contenção, também conhecidas como gabiões, construídas
na Praia de Formosa, em Cabedelo, na Região Metropolitana de João
Pessoa, já tiveram parte da estrutura desgastada pelo tempo e a falta de
manutenção nelas tem gerado risco para a população que costuma veranear
no local. A prefeitura afirma que irá recolher os restos de material
que têm causado transtornos para a população.
Em meio à paisagem natural de uma praia tranquila e de pouco
movimento, é possível ver vários gabiões à beira mar que, sem manutenção
nas estruturas, se desgastam com o tempo e acabam deixando vestígios do
material - usado na construção -, no local de passeio dos banhistas. O
principal risco causado pelo problema são cortes e perfurações no pé,
devido aos arames expostos na areia.
O aposentado Antônio Gumercindo, 68 anos, mora no bairro do Cabo
Branco, em João Pessoa, mas há muitos anos veraneia na Praia de Formosa.
Ele contou que já se cortou nos arames e que a queixa é comum entre os
outros banhistas que frequentam a praia. “Todo mundo que vem aqui
reclama dessa situação. Eu mesmo já me cortei enquanto caminhava. Nunca
vi uma manutenção ser feita nesses gabiões”, relatou.
Assim como o aposentado, os banhistas se preocupam com o descaso,
pois por ser uma praia de pouca movimentação é bastante frequentada
pelas famílias para passarem a temporada do verão, principalmente para
quem tem criança, justamente pela tranquilidade de Formosa,
característica que atrai os turistas que optam pelo sossego ao invés da
agitação das praias urbanas.
Quando se trata de crianças, a preocupação é redobrada, uma vez que
estas não costumam estar atentas aos perigos expostos ao seu redor.
“Para quem vem com criança é ainda pior. Sabe-se como são as crianças,
quando estão brincando não observam nada e podem acabar pisando nos
arames e causando um acidente”, completou Gumercindo.
De acordo com o secretário do Meio Ambiente de Cabedelo, Walber
Farias, a pasta tomou conhecimento, recentemente, da reclamação dos
banhistas sobre o problema e, segundo ele, já foi iniciado um
levantamento para verificar a quantidade de estrutura na orla de
Cabedelo que está danificada para que o poder municipal possa adotar as
medidas cabíveis.
“Essas estruturas já foram bem desgastadas pela ação do tempo e não
dá mais para reconstrui-las. De antemão, em período de maré baixa, vamos
verificar in loco a situação para fazer a remoção do resto de material
que está na faixa de areia, evitando que turistas e banhistas como um
todo não fiquem expostos a riscos”, afirmou.
Walber Farias acrescentou que também estão sendo estudados outros
tipos de equipamentos, mais modernos e viáveis, para utilizar nas
estruturas de contenção do avanço do mar, que apesar de fazer uma
intervenção, é menos agressivo ao meio ambiente.
“A técnica utilizada é a mesma, mas atualmente, novos equipamentos
estão sendo usados. Os Estados de Rio Grande do Norte e Pernambuco já
fazem uso desses materiais e, por isso, farei uma viagem até esses
locais para ver de perto como agem os novos equipamentos, afim constatar
o efeito desejado, mas sem causar transtornos para a população e para o
ambiente”, pontuou.
O secretário não informou quais são os novos materiais usados na
confecção das barreiras de contenção, mas adiantou que não são pedras e
telas de arames, utilizadas na construção dos gabiões, que é um tipo de
espigão (barreira), encontrados em toda faixa litorânea da Paraíba.
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