Além da queda
de uma árvore, que interditou a principal via de acesso do bairros do
Bancários, foram identificados pontos de alagamento.
Nathielle Ferreira
As chuvas causaram transtornos a moradores de
João Pessoa ontem. Houve pontos de alagamentos, queda de uma árvore e
congestionamento. Segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas
(Aesa), uma umidade vinda do Oceano Atlântico apressou a ocorrência de
chuvas que estavam previstas para abril. Até as 18h de ontem, choveu
33,8 milímetros na capital, segundo a meteorologista da Aesa, Marlei
Bandeira.
Apesar de considerar a quantidade pequena, Marlei Bandeira informou
que as chuvas causaram problemas porque foram intensas e caíram, de uma
só vez, em um curto espaço de tempo.
“Não houve chuvas durante esse período todo. Houve momentos de sol e
de chuva intensa. São chuvas rápidas e intensas, não dá tempo da água
escoar e, por isso, ocorrem problemas urbanos. São chuvas por ocasião.
Isso ocorreu por conta de uma umidade muito forte que está vindo do
Oceano Atlântico em direção à costa oeste (do Brasil)”, explicou.
Ainda de acordo com a especialista, a previsão é que o tempo não seja
alterado nos próximos dias na Paraíba. Ela explicou que as regiões do
Litoral e do Brejo, como estão sendo mais atingidas pela umidade do
oceano, deverão registrar altos índices pluviométricos ainda hoje. Já no
Cariri, Curimataú e Sertão também deverá chover, mas em menor
intensidade.
Em João Pessoa, enquanto chovia ontem, uma árvore da espécie
“leucena”, com cerca de 15 metros de altura, desabou sobre a rua, no
começo da tarde. O caso ocorreu no bairro dos Bancários, próximo a um
girador que dá acesso ao campus I da Universidade Federal da Paraíba
(UFPB).
Segundo o chefe da Divisão de Arborização e Reflorestamento da
Secretaria de Meio Ambiente de João Pessoa, Anderson Fontes, a árvore
que caiu não estava infectada por cupins. No entanto, ela veio abaixo
porque a copa ficou pesada com a força das águas. Por precaução, outras
duas árvores da mesma espécie e que estavam na mesma área também foram
removidas pelas equipes da prefeitura.
“Vamos podar outras árvores daquela região, a partir de
segunda-feira. Os estragos não foram maiores por conta dos serviços
preventivos que foram realizados ao longo de 2013.
Fizemos um trabalho de podas e de tratamento de cupins em árvores da
cidade, para evitar quedas durante as chuvas. Tratamos 1.250 árvores. Em
2014, serão 1.500” disse Fontes.
ÁREAS DE RISCO
Por conta das chuvas, técnicos da Defesa Civil de João Pessoa
vistoriaram algumas das 31 áreas de risco que existem na cidade. Mas,
não houve nenhum chamado urgente. As inspeções foram preventivas, como
explicou o coordenador do serviço, Francisco Noé Estrela.
“O nosso cuidado é permanente. A Aesa nos aciona quando há previsão
de chuva forte e deixamos nossas equipes em alerta, principalmente com
as comunidades do São José (em Manaíra) e do Tito Silva (Castelo
Branco). Mas como as chuvas foram rápidas, não houve ocorrências”.
Já no trânsito, houve congestionamentos. Trechos da BR 230, da
avenida Pedro II, por exemplo, precisaram se transitados com cautela.
“Eu gasto em média 15 minutos para chegar ao trabalho. Hoje, foram 30
minutos, porque os carros estavam parados na rodovia. Era muita água”,
disse o barman Martinho Barbosa.
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