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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Escorpiões atacam 90 pessoas em CG
Maior parte das vítimas de picadas de escorpião são residentes da zona urbana; número de picadas de cobras também é alto.
Isabela Alencar Leonardo SilvaPalestra foi realizada no Trauma para profissionais do Centro de Toxicologia da unidade
Cerca de 60 vítimas de picadas de cobras e 90
de escorpião são atendidas todos os meses no Hospital de Trauma de
Campina Grande. Segundo o diretor da unidade, Geraldo Medeiros, as
vítimas de picadas de cobras são, em sua maioria, homens que trabalham
no campo. Já as vítimas de escorpiões foram atingidas na zona urbana, em
sua maior parte. Ele informou que 80% dos casos de cobras estão ligados
a picadas da espécie Jararaca.
O diretor informou que existe uma grande preocupação do hospital, que
é referência para 203 municípios e por isso foi realizada ontem uma
palestra sobre o tema, para profissionais que estão diretamente ligados
ao Centro de Toxicologia da unidade. Desde 2009 os ataques de cobra e de
escorpião têm notificação compulsória. "Somente de mortes por picadas
de cobras, está catalogado entre 100 a 110 mortes por ano no Brasil”,
informou.
No Trauma, o diretor explicou que a média é de 60 vítimas de picadas
de cobra e mais 90 de casos de escorpião, mas nos últimos três anos,
nenhuma morte destes tipos foi registrada.
“Como o hospital é referência para o interior do Estado, os
atendimentos são muitos. A maioria das vítimas de cobras, cerca de 90%,
está ligada principalmente a duas espécies que predominam na região, a
Jararaca, que representa 80%, e a Cascavel, com cerca de 10% dos casos”,
explicou.
De acordo com ele, os profissionais estão preparados para o
atendimento e conseguem identificar qual é a espécie de cobra. O
diretor afirmou que se os moradores da zona rural, especialmente os
trabalhadores do campo, usassem botas, o número de picadas por cobras
poderia diminuir em até 80%.
Outro alerta é com relação aos escorpiões. “A população acha que a
picada de escorpião não mata, mas quando acomete crianças abaixo de sete
anos, há uma incidência maior de mortes”, acrescentou. Conforme disse, é
importante que a vítima seja encaminhada imediatamente a um hospital de
referência e que não tente mexer no ferimento, ficando apenas em
repouso enquanto é encaminhada à unidade de saúde.
“Existe a cultura de se garrotear o membro e no local da picada
colocar a boca e sugar o veneno, ou colocar alguns produtos como café em
cima da lesão. Tudo isso é errado. O que tem que ser feito é a vítima
de picada de cobra ou de escorpião ser deixada em repouso e de imediato
ser conduzida ao hospital de referência para ser atendido imediatamente
com soro e, no caso do escorpião, o tratamento adequado com
medicamentos, porque o tempo é ouro para estas vítimas”, concluiu.
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