Maior parte das vítimas de picadas de escorpião são residentes da zona urbana; número de picadas de cobras também é alto.
Isabela Alencar
Cerca de 60 vítimas de picadas de cobras e 90 de escorpião são atendidas todos os meses no Hospital de Trauma de Campina Grande. Segundo o diretor da unidade, Geraldo Medeiros, as vítimas de picadas de cobras são, em sua maioria, homens que trabalham no campo. Já as vítimas de escorpiões foram atingidas na zona urbana, em sua maior parte. Ele informou que 80% dos casos de cobras estão ligados a picadas da espécie Jararaca.
Cerca de 60 vítimas de picadas de cobras e 90 de escorpião são atendidas todos os meses no Hospital de Trauma de Campina Grande. Segundo o diretor da unidade, Geraldo Medeiros, as vítimas de picadas de cobras são, em sua maioria, homens que trabalham no campo. Já as vítimas de escorpiões foram atingidas na zona urbana, em sua maior parte. Ele informou que 80% dos casos de cobras estão ligados a picadas da espécie Jararaca.
O diretor informou que existe uma grande preocupação do hospital, que é referência para 203 municípios e por isso foi realizada ontem uma palestra sobre o tema, para profissionais que estão diretamente ligados ao Centro de Toxicologia da unidade. Desde 2009 os ataques de cobra e de escorpião têm notificação compulsória. "Somente de mortes por picadas de cobras, está catalogado entre 100 a 110 mortes por ano no Brasil”, informou.
No Trauma, o diretor explicou que a média é de 60 vítimas de picadas de cobra e mais 90 de casos de escorpião, mas nos últimos três anos, nenhuma morte destes tipos foi registrada.
“Como o hospital é referência para o interior do Estado, os atendimentos são muitos. A maioria das vítimas de cobras, cerca de 90%, está ligada principalmente a duas espécies que predominam na região, a Jararaca, que representa 80%, e a Cascavel, com cerca de 10% dos casos”, explicou.
De acordo com ele, os profissionais estão preparados para o atendimento e conseguem identificar qual é a espécie de cobra. O diretor afirmou que se os moradores da zona rural, especialmente os trabalhadores do campo, usassem botas, o número de picadas por cobras poderia diminuir em até 80%.
Outro alerta é com relação aos escorpiões. “A população acha que a picada de escorpião não mata, mas quando acomete crianças abaixo de sete anos, há uma incidência maior de mortes”, acrescentou. Conforme disse, é importante que a vítima seja encaminhada imediatamente a um hospital de referência e que não tente mexer no ferimento, ficando apenas em repouso enquanto é encaminhada à unidade de saúde.
“Existe a cultura de se garrotear o membro e no local da picada colocar a boca e sugar o veneno, ou colocar alguns produtos como café em cima da lesão. Tudo isso é errado. O que tem que ser feito é a vítima de picada de cobra ou de escorpião ser deixada em repouso e de imediato ser conduzida ao hospital de referência para ser atendido imediatamente com soro e, no caso do escorpião, o tratamento adequado com medicamentos, porque o tempo é ouro para estas vítimas”, concluiu.
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