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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Prefeitura quer criar aterro sanitário
PMCG deve apresentar o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos em abril; aterro é uma das principais necessidades.
Fernanda Moura Leonardo Silva Em média 500 toneladas de lixo são transportadas até o aterro em Puxinanã, por dia
O Plano de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos (PGRS) de Campina Grande será apresentado à Câmara Municipal no
dia 1º de abril e prevê a implantação do aterro sanitário da cidade e a
construção de quatro unidades de coleta, separação e tratamento de lixo,
que serão distribuídas por região – Norte, Sul, Leste, Oeste. O plano
também prevê a instituição da coleta seletiva no município, já a partir
do início de 2015. Ontem pela manhã, o secretário municipal de Serviços
Urbanos e Meio Ambiente (Sesuma), Geraldo Nobre, apresentou os estudos
que nortearão a elaboração do plano durante solenidade na sede do
Instituto de Previdência do Servidor Municipal (Ipsem).
De acordo com o secretário Geraldo Nobre, o aterro sanitário é uma
das principais necessidades traçadas pelo plano, mas só deve ser
instalado a longo prazo. Segundo ele, o lixo de Campina continuará a ser
encaminhado para o aterro de Puxinanã, no Agreste – que continua
funcionando por força de liminar –, por tempo indeterminado.
“A construção do aterro requer um investimento da ordem de R$ 12
milhões e uma área de 100 hectares. Campina não tem estes recursos,
teremos que buscá-los junto ao governo federal, mas somente após a
elaboração de um projeto que precisa estar em consonância com as
exigências de vários órgãos ambientais. Não é uma ação imediata, assim
como o prognóstico não é conclusivo. A própria legislação preconiza que
as prefeituras têm prazo de 20 anos para aplicação do plano, com revisão
a cada 4 anos”, explicou.
Nobre acrescentou que a prefeitura gasta cerca de R$ 400 mil por mês
para encaminhar o lixo coletado na cidade até o aterro de Puxinanã. Em
média 500 toneladas são transportadas até o aterro, por dia, conforme o
secretário.
“A coleta em Campina é feita em 25 roteiros, contamos com 14
caminhões coletores, 12 caminhões caçamba, duas retroescavadeiras, duas
motos e duas pás mecânicas. Uma das coisas positivas que o diagnóstico
traçou é que 95% do município está coberto pela coleta regular”,
completou. O PGRS é elaborado de acordo com a Lei de Saneamento Básico
11.445/2007 e com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei
12.305/2010, com objetivo de melhorar a coleta, o transporte, o manejo e
a disposição final dos resíduos sólidos.
CG CONTA COM 962 TERRENOS BALDIOS
O secretário Geraldo Nobre informou que Campina tem 962 terrenos
baldios e eles representam um dos principais problemas na coleta de
resíduos sólidos da cidade, porque viram grandes depósitos de lixo a
céu aberto. Segundo ele, a prefeitura realiza limpeza periódica destes
locais, mas o lixo volta a se acumular e representa um custo extra para
a prefeitura.
“Metade do lixo que segue para Puxinanã é coletada nestes terrenos,
que são particulares. A prefeitura irá notificar os proprietários para
que eles cerquem os terrenos com muros e façam a limpeza periódica do
local. Daremos prazo de 90 dias a partir da notificação, sob pena de
multa que pode variar entre 1 e 100 unidades fiscais”, esclareceu.
Para facilitar a coleta nos bairros, o PGRS prevê a construção de
quatro unidades de coleta e tratamento, que poderão gerar até 100 postos
de trabalho, cada uma. Os galpões deverão ter investimento médio de R$
500 mil.
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