Na rua Cordélia Velloso Frade, o esgoto está escorrendo pelo asfalto e formou até uma poça de água no meio de um cruzamento.
Nathielle Ferreira
Conviver com um esgoto a céu aberto não é um problema somente de pessoas que residem em locais sem esgotamento sanitário. Em João Pessoa, tem se tornado frequente encontrar problemas nas tubulações de esgotamento e galerias, fazendo com que o mau cheiro e a presença de insetos se tornem algo constante também em locais onde há saneamento básico.
Na capital, um dos bairros em que sofre com este problema é o Bancários. Na rua Cordélia Velloso Frade, por exemplo, o esgoto está escorrendo pelo asfalto e formou até uma poça de água no meio de um cruzamento. Situação semelhante também já foi verificada em ruas do bairro do Cabo Branco.
Em outro trecho do bairro dos Bancários, a situação é ainda pior. Na rua Jornalista Genésio Gambarra Filho, as duas faixas de acesso já estão tomadas pela água suja que sai de uma tubulação instalada pela Companhia de Água e Esgoto da Paraíba (Cagepa). No local, parte do asfalto também cedeu e deu origem a buracos que estão acumulando o esgoto que deveria ser drenado.
“Faz é tempo que esse negócio está assim e ninguém conserta.
Quando chove, essa tubulação quebra e fica derramando água para todo lado. É um mau cheiro que ninguém aguenta”, lamenta a dona de casa Luzinete Rodrigues.
Para o engenheiro sanitarista Edmilson Fonseca, os danos à saúde vão além do mau cheiro. Ele é membro da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária Ambiental, seção Paraíba, e explica que diversos tipos de patologias são causados pela contaminação da água. "São as chamadas doenças de vinculação hídrica”, destaca.
Dependendo do tipo de bactéria presente, o esgoto pode causar casos de gastroenterite, de febres tifóide e paratifóide, de hepatite infecciosa e até de cólera. O perigo aumenta com a ocorrência de chuva.
“O esgoto é uma substância altamente contaminada. Por isso, precisa ser drenado e levado para tratamento, antes de ser lançado no meio ambiente. A população não pode ter contato com esse material. Mas se chover, esse risco aumenta. Por si só, a chuva não é suja. Mas, ao se misturar com o esgoto, fica contaminada. Quem tiver contato com essa água pode desenvolver doenças”, alerta.
SEM CONTATO
A reportagem tentou manter contato com a Cagepa, para obter informações sobre investimentos feitos em esgotamento sanitário. As tentativas foram feitas por email, enviado à assessoria de imprensa do órgão, e por meio de ligações. No entanto, até o fechamento desta edição, o email não foi respondido e os telefonemas não foram atendidos.
O JORNAL DA PARAÍBA também procurou a Secretaria de Estado de Comunicação Institucional, mas a Diretoria de Jornalismo do órgão informou que apenas a Cagepa possui os dados solicitados.
Conviver com um esgoto a céu aberto não é um problema somente de pessoas que residem em locais sem esgotamento sanitário. Em João Pessoa, tem se tornado frequente encontrar problemas nas tubulações de esgotamento e galerias, fazendo com que o mau cheiro e a presença de insetos se tornem algo constante também em locais onde há saneamento básico.
Na capital, um dos bairros em que sofre com este problema é o Bancários. Na rua Cordélia Velloso Frade, por exemplo, o esgoto está escorrendo pelo asfalto e formou até uma poça de água no meio de um cruzamento. Situação semelhante também já foi verificada em ruas do bairro do Cabo Branco.
Em outro trecho do bairro dos Bancários, a situação é ainda pior. Na rua Jornalista Genésio Gambarra Filho, as duas faixas de acesso já estão tomadas pela água suja que sai de uma tubulação instalada pela Companhia de Água e Esgoto da Paraíba (Cagepa). No local, parte do asfalto também cedeu e deu origem a buracos que estão acumulando o esgoto que deveria ser drenado.
“Faz é tempo que esse negócio está assim e ninguém conserta.
Quando chove, essa tubulação quebra e fica derramando água para todo lado. É um mau cheiro que ninguém aguenta”, lamenta a dona de casa Luzinete Rodrigues.
Para o engenheiro sanitarista Edmilson Fonseca, os danos à saúde vão além do mau cheiro. Ele é membro da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária Ambiental, seção Paraíba, e explica que diversos tipos de patologias são causados pela contaminação da água. "São as chamadas doenças de vinculação hídrica”, destaca.
Dependendo do tipo de bactéria presente, o esgoto pode causar casos de gastroenterite, de febres tifóide e paratifóide, de hepatite infecciosa e até de cólera. O perigo aumenta com a ocorrência de chuva.
“O esgoto é uma substância altamente contaminada. Por isso, precisa ser drenado e levado para tratamento, antes de ser lançado no meio ambiente. A população não pode ter contato com esse material. Mas se chover, esse risco aumenta. Por si só, a chuva não é suja. Mas, ao se misturar com o esgoto, fica contaminada. Quem tiver contato com essa água pode desenvolver doenças”, alerta.
SEM CONTATO
A reportagem tentou manter contato com a Cagepa, para obter informações sobre investimentos feitos em esgotamento sanitário. As tentativas foram feitas por email, enviado à assessoria de imprensa do órgão, e por meio de ligações. No entanto, até o fechamento desta edição, o email não foi respondido e os telefonemas não foram atendidos.
O JORNAL DA PARAÍBA também procurou a Secretaria de Estado de Comunicação Institucional, mas a Diretoria de Jornalismo do órgão informou que apenas a Cagepa possui os dados solicitados.
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