Bar também era
a sede de uma ONG de proteção às tartarugas marinhas e abrigava uma
escola de alfabetização e surfe para crianças carentes.
Jaine Alves
Luto e revolta. Esses foram os principais sentimentos expressados pelos moradores de Intermares, em Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa, ao presenciar a demolição do Bar do Surfista, que funcionava no local há 30 anos, onde também ficava a Organização Não Governamental (ONG) Guajiru - em proteção às tartarugas marinhas e projetos sociais que incentivavam a educação e o surf para meninos carentes. A determinação foi da Justiça Federal na Paraíba, e a execução da desocupação da área foi realizada pela Secretaria de Obras e Serviços Urbanos (Seosur) de Cabedelo.
O dono do bar, Valdi Silva Moreira, estava inconformado e lamentou. “Não é apenas um bar que vai embora. São sonhos que foram construídos ao longo dessas três décadas, são projetos que foram construídos, que incluíram muitos jovens carentes como o nosso Fininho, que hoje é campeão do surf.
Agora, eu pergunto: Quem vai dar continuidade aos nossos projetos sociais, como a Escolinha da Alfabetização, Escola de Surf e a ONG Guajiru para defender as tartarugas?”, indagou, preocupado com o futuro dos jovens de Intermares que encontravam apoio e as refeições diárias no bar, gratuitamente.
A advogada de Valdi, Zilma Barros, reconheceu que o processo já foi transitado em julgado e não cabia mais recursos, no entanto, destacou que já havia solicitado a Justiça um prazo de 180 dias. “Em decorrência de uma inspeção anual interna da Justiça Federal, todos os processos estavam paralisados e seriam retomados na próxima segunda-feira, mas a vontade de derrubar o bar é tão grande que não quiseram esperar. É lamentável, pois são 30 anos de história que só fizeram bem à população”, declarou.
O bancário e ex-surfista profissional, Antônio Vaz, disse que o clima entre moradores, frequentadores e surfistas era de luto. “Infelizmente é muito triste”, lamentou.
A Secretaria de Obras e Serviços Urbanos (Seosur), Érika Gusmão, disse que a Prefeitura esperou o máximo do prazo. “É tanto que estamos aqui com calma, deixando ele retirar as coisas com calma também. Estamos cumprindo uma decisão para que não venhamos a ser penalizados com multas e uma série de outras medidas legais da Justiça”, afirmou.
O procurador Lincon Mendes reforçou a afirmação da secretária de Obras e destacou que como cidadão também está infeliz pela demolição. “Aguardamos escoar o máximo do prazo para que o Valdi pudesse se organizar. Dessa forma, hoje (ontem), estamos aqui de forma passiva para cumprir a determinação, até mesmo porque a Prefeitura também é ré nesse processo e poderíamos responder por crime de desobediência. Sabemos dos projetos e da ONG que eram desenvolvidos aqui e não sentimos alegria com a demolição", disse.
O Bar do Surfista é alvo de uma ação do Ibama, desde 2004, por danos ambientais.
Luto e revolta. Esses foram os principais sentimentos expressados pelos moradores de Intermares, em Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa, ao presenciar a demolição do Bar do Surfista, que funcionava no local há 30 anos, onde também ficava a Organização Não Governamental (ONG) Guajiru - em proteção às tartarugas marinhas e projetos sociais que incentivavam a educação e o surf para meninos carentes. A determinação foi da Justiça Federal na Paraíba, e a execução da desocupação da área foi realizada pela Secretaria de Obras e Serviços Urbanos (Seosur) de Cabedelo.
O dono do bar, Valdi Silva Moreira, estava inconformado e lamentou. “Não é apenas um bar que vai embora. São sonhos que foram construídos ao longo dessas três décadas, são projetos que foram construídos, que incluíram muitos jovens carentes como o nosso Fininho, que hoje é campeão do surf.
Agora, eu pergunto: Quem vai dar continuidade aos nossos projetos sociais, como a Escolinha da Alfabetização, Escola de Surf e a ONG Guajiru para defender as tartarugas?”, indagou, preocupado com o futuro dos jovens de Intermares que encontravam apoio e as refeições diárias no bar, gratuitamente.
A advogada de Valdi, Zilma Barros, reconheceu que o processo já foi transitado em julgado e não cabia mais recursos, no entanto, destacou que já havia solicitado a Justiça um prazo de 180 dias. “Em decorrência de uma inspeção anual interna da Justiça Federal, todos os processos estavam paralisados e seriam retomados na próxima segunda-feira, mas a vontade de derrubar o bar é tão grande que não quiseram esperar. É lamentável, pois são 30 anos de história que só fizeram bem à população”, declarou.
O bancário e ex-surfista profissional, Antônio Vaz, disse que o clima entre moradores, frequentadores e surfistas era de luto. “Infelizmente é muito triste”, lamentou.
A Secretaria de Obras e Serviços Urbanos (Seosur), Érika Gusmão, disse que a Prefeitura esperou o máximo do prazo. “É tanto que estamos aqui com calma, deixando ele retirar as coisas com calma também. Estamos cumprindo uma decisão para que não venhamos a ser penalizados com multas e uma série de outras medidas legais da Justiça”, afirmou.
O procurador Lincon Mendes reforçou a afirmação da secretária de Obras e destacou que como cidadão também está infeliz pela demolição. “Aguardamos escoar o máximo do prazo para que o Valdi pudesse se organizar. Dessa forma, hoje (ontem), estamos aqui de forma passiva para cumprir a determinação, até mesmo porque a Prefeitura também é ré nesse processo e poderíamos responder por crime de desobediência. Sabemos dos projetos e da ONG que eram desenvolvidos aqui e não sentimos alegria com a demolição", disse.
O Bar do Surfista é alvo de uma ação do Ibama, desde 2004, por danos ambientais.
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