quinta-feira, 11 de abril de 2013

Recesso interno da Justiça Federal na PB adia demolição do Bar do Surfista

10/04/2013 12h00 - Atualizado em 10/04/2013 12h38 

Petição pública que reinvidica mais 180 dias de prazo ainda não foi analisada por juíza. ONG que funcionava no local está à procura de sede.
 
por Andréia Martins Do G1 PB
 
 
Proprietário do bar pede para ficar mais seis meses na orla de Intermares, até que obra do outro lado da rua seja finalizada (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Demolição do bar pode só acontecer em maio. 
(Foto: Walter Paparazzo/G1)
A ação que prevê a demolição do Bar do Surfista, na Praia de Intermares, está paralisada em decorrência de uma inspeção anual interna da Justiça Federal. Com isso, os prazos previstos para a remoção do bar também estão paralisados.

De acordo com a assessoria de comunicação da 3ª Vara Federal, responsável pelo processo, a intimação para a retirada do local foi recebida pelo proprietário no dia 10 de março. O prazo de 30 dias para a remoção e demolição não contam a partir do recebimento dessa intimação, mas, sim, a partir da data em que o mandado foi juntado aos autos do processo. A assessoria confirma que esse procedimento aconteceu no dia 18 de março. Com isso, o prazo expira no dia 18 de abril.
 
Mas, como a 3ª Vara está em inspeção anual que só deve terminar na próxima sexta (12), todos os prazos processuais ficam suspensos. Desta forma, a data final para a decisão do caso do Bar do Surfista ficará para o início de maio.

A juíza Cristina Maria Costa Garcez recebeu uma petição que reinvidicava a prorrogação deste prazo por mais 180 dias. A assessoria afirma que ela ainda não analisou o documento, mas que a previsão é de que até a próxima segunda-feira (15) a decisão será tomada.

O proprietário do Bar, Valdi Silva Moreira, comemora a repercussão do caso e afirma que está confiante em um resultado favorável. “Isso mostra que o povo não quer que a gente saia daqui. Nosso funcionamento será normal até que tudo seja resolvido. Acho que os banhistas precisam da estrutura que nós oferecemos aqui, pois abrimos espaço para a praia e o povo se desenvolverem”, completa.

A ONG Guajiru, que funcionava nas dependências do bar, já se retirou do local e se manifesta contra a situação. A fundadora da instituição, Rita Mascarenhas, afirma que a briga também envolve a Guajiru e sua importância para a educação e a preservação ambiental. “Levei todo o nosso material para casa e estou apenas com camisetas e informativos para atender aos turistas. As escolas não têm vindo com tanta frequência porque estamos sem estrutura”, lamenta.

Com relação à sede da ONG, Rita explicou que está à espera de um sinal positivo da União e da Prefeitura de Cabedelo , que estão apoiando uma ideia que já existia: a de instalar a entidade dentro de um contêiner reformado.  “Nos reuniremos amanhã com a administração do Porto de Cabedelo e as empresas que podem nos doar o contêiner. É uma solução ecológica e a sede é uma questão primordial para que consigamos outros fomentos e participações em projetos que exijam contrapartida”, finaliza.
 
 
 
 

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