07/04/2013 13h53
- Atualizado em
07/04/2013 16h28
Proprietário pede para ficar mais seis meses na orla de Intermares.
Bar do Surfista tem projetos sociais e sedia a ONG Guajiru.
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Clientes e surfistas foram a Intermares em defesa do Bar do Surfista (Foto: Walter Paparazzo/G1) |
Surfistas e clientes deram um “abraço” no Bar do Surfista neste domingo
(7) em protesto contra a demolição do local. O bar fica localizado na
orla do bairro de Intermares, em Cabedelo,
na Grande João Pessoa, e a determinação é da Justiça Federal. O
movimento deu oportunidade para moradores do bairro e frequentadores do
bar manifestarem opinião sobre o caso e foi transmitido ao vivo através
da internet.
A Justiça Federal determinou que o bar seja demolido, inclusive as
fossas, e que o aterro da construção seja retirado, bem como removido o
entulho gerado pela demolição, até o dia 10 de abril. O dono do bar,
Valdi Silva Moreira, declarou que queria apenas que fosse concedido um
prazo maior, uma vez que a Prefeitura de Cabedelo já aprovou um projeto
para relocar o bar para o outro lado da rua.
“Nós entramos com um pedido de conciliação e pedimos que a juíza reconsidere a decisão já que fatos novos surgiram, que é o projeto de construir o bar do outro lado da rua. O Ibama e o MPF [Ministério Público Federal] estão do nosso lado. Queremos só mais seis meses. Não é muita coisa já que a gente já passou 30 anos”, disse Valdi.
“Nós entramos com um pedido de conciliação e pedimos que a juíza reconsidere a decisão já que fatos novos surgiram, que é o projeto de construir o bar do outro lado da rua. O Ibama e o MPF [Ministério Público Federal] estão do nosso lado. Queremos só mais seis meses. Não é muita coisa já que a gente já passou 30 anos”, disse Valdi.
Ele contou que o menino pedia dinheiro e comida na porta de uma padaria depois que fugiu de casa, aos 7 anos. Para tirar ele e outros meninos das ruas, Valdi emprestava pranchas com a condição de que eles estudassem. Fininho aprendeu a ler e escrever no bar e passou a morar na barraca. Este ano, ele foi convocado para integrar o time brasileiro para o Mundial de Surf do Panamá. “A gente só pede uma ajuda para que essa gente não volte para a para a porta da padaria”, pediu Valdi.
Além de realizar projetos sociais com crianças de rua, o Bar do Surfista é sede da ONG Guajiru, que tem a tarefa de proteger as tartarugas marinhas que visitam e desovam na orla paraibana. A estrutura era importante para a ONG para servir de depósito de material e receber turistas e estudantes. Segundo a fundadora da ONG, Rita Mascarenhas, essa época é o auge da temporada de desova de tartarugas.
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Proprietário
do bar pede para ficar mais seis meses na orla de Intermares, até que obra do outro lado da rua seja finalizada (Foto: Walter Paparazzo/G1) |
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