terça-feira, 22 de maio de 2012

Aesa vai mapear poços das regiões secas da PB

Poços que estiverem em condições de uso deverão ser reativados, após inspeção da entidade. 

 Publicado em 22/05/2012 as 06h30


A Agência Executiva de Gestão de Águas do Estado da Paraíba (Aesa) informou, por meio da assessoria, que assumiu uma coordenação no Comitê Integrado de Combate à Estiagem para identificar e mapear poços de água existentes nas regiões mais secas do Estado. Após o levantamento, a Aesa vai solicitar a ativação dos poços, que estiverem em condições de uso, aos órgãos competentes. A Agência ainda vai utilizar dessalinizadores para purificar água salobra.
 
“Maio, junho e julho, que normalmente são os meses mais chuvosos no Agreste, Brejo e Litoral, podem ter um índice de precipitação menor este ano”, previu o diretor-presidente da Aesa, Orlando Soares na reunião, do Comitê da última sexta-feira. “A situação mais crítica está na região das Espinharas, em cidades como Patos e Teixeira, onde alguns açudes estão com menos de 30% de sua capacidade”, destacou. Nessas localidades a prioridade está sendo o abastecimento humano.
 
Ontem, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou em João Pessoa a 5ª reunião do Conselho Temático do Meio Ambiente (Coema) da Regional Nordeste no Hotel Verde Green.
 
O evento discutiu pontos como o uso sustentável e conservação da caatinga, o Novo Código Florestal, a participação da indústria na conferência Rio +20 e recursos hídricos, dando ênfase à Transposição do Rio São Francisco.
 
“É importante trazer o Governo Federal para discutir o problema na região”, garantiu o gerente executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Shelley Carneiro. “Ouvindo vários Estados, se tem um projeto com sinergia, mais adequado, com todos pensando da mesma forma”.
 
Por sua vez o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), o engenheiro Francisco Gadelha, ao tratar da transposição do São Francisco, explicou que a questão é complicada. “Não é nem o problema ideológico, porque a transposição hoje é uma realidade. O problema é qual vai ser o custo dessa água, como vai ser distribuída nas regiões e quando”, apontou.
 
Contudo, Gadelha destacou a importância da transposição para o Estado. “É um canal imprescindível para a Paraíba, que é o estado mais pobre em recursos hídricos do Brasil”, disse. Ele ainda acrescentou que o projeto deve favorecer muito o setor industrial no estado, uma vez que muitas fábricas não se instalaram em cidades como Campina Grande devido à falta de água.
 
O governador Ricardo Coutinho participou ontem da reunião do Comitê Integrado de Combate à Estiagem no Palácio da Redenção com a presença do representante da Defesa Civil nacional, Werneck Martins Carvalho.

No encontro, o governador pediu para os representantes dos ministérios da Integração Nacional, Exército, Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social e de Minas e Energia, que participam do Comitê, para concluir os levantamentos sobre a situação dos municípios atingidos pela seca até sexta-feira. (Colaborou Luzia Santos)



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