Publicado em 29 de maio de 2012 por Jardel Cândido
Apenas o rejeito tem como destino o lixo e isso representa
apenas 15% de todos os resíduos sólidos produzidos nas cidades”,
explicou.
Encontrar
um local adequado para dar o destino correto ao “lixo”. Esse é o grande
desafio das cidades de Rio Tinto, Marcação e Baía da Traição (no
Litoral Norte, a cerca de 50 quilômetros de João Pessoa), que estão
localizadas em área indígena.
O problema é agravado
porque as três cidades, assim como os demais municípios brasileiros, têm
até o início de agosto para implementar a política municipal de
gerenciamento de resíduos sólidos; caso contrário poderão responder pelo
descumprimento da Lei Federal 12.305/2010, que cria a Política Nacional
de Resíduos Sólidos.
O assunto foi discutido,
nesta segunda-feira (28), na sede do Ministério Público da Paraíba, em
João Pessoa. A reunião teve a participação dos prefeitos das três
cidades, do promotor de Justiça de Rio Tinto, José Raldeck de Oliveira, e
do coordenador do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça
do Meio Ambiente (Caop do Meio Ambiente), o promotor de Justiça José
Farias.
Os prefeitos
demonstraram interesse em desenvolver o projeto “construção de cidadania
socioambiental nos municípios paraibanos”, do Ministério Público da
Paraíba. A iniciativa prevê a implementação da coleta seletiva, do
gerenciamento integrado de resíduos sólidos urbanos e a criação de
conselhos municipais de meio ambiente.
Nos dias 13, 14 e 15 de
junho, o Caop do Meio Ambiente e a Promotoria de Justiça de Rio Tinto
vão promover audiências públicas para discutir o problema com
autoridades e com a sociedade civil organizada. A primeira audiência (a
do dia 13) será no ginásio da cidade de Marcação; a segunda (do dia 14),
no clube “O Tubarão”, em Baía da Traição e a terceira (no dia 15), no
ginásio da cidade de Rio Tinto. O Ministério Público Federal já
demonstrou interesse em participar das audiências.
Reaproveitamento
O promotor de Justiça
que coordena o Caop do Meio Ambiente, José Farias, destacou que o
gerenciamento integrado dos resíduos sólidos é a solução socioambiental e
econômica mais adequada para o “lixo” produzido nas cidades, uma vez
que possibilita um reaproveitamento de 85% do material. “A destinação
correta do material orgânico é a compostagem; do inorgânico, a
reciclagem. Apenas o rejeito tem como destino o lixo e isso representa
apenas 15% de todos os resíduos sólidos produzidos nas cidades”,
explicou.
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