domingo, 27 de maio de 2012

Santa Rita: Cidade tem problemas com saneamento


Muitas casas ainda utilizam fossas como esgotamento sanitário.

 
Os moradores de Santa Rita sofrem constantemente com a falta de infraestrutura. Apenas 27.544 das 43.249 residências (zona urbana e rural) são ligadas à rede geral de abastecimento de água e esgoto. Muitas casas ainda utilizam fossas como esgotamento sanitário.
 
Em algumas casas onde há abastecimento, a água chega em horários irregulares. No açude da cidade, também chamado de balneário, a água é utilizada pelos moradores para a lavagem de roupas, mas o local também virou ponto turístico da cidade, e, nos fins de semana, centenas de pessoas tomam banho no local.
 
Maria Marta da Silva, 69 anos, aposentada, lava roupa desde adolescente no açude, já que na sua residência a água encanada chega em pouca quantidade e ela enche recipientes para os dias em que há falta. “A água que vem é bem pouquinha, daí eu junto em todos os baldes, pois às vezes falta até três dias seguidos”, explicou a aposentada.
 
Além da falta de água constante, o esgoto a céu aberto não é novidade para os moradores de algumas ruas da cidade. No bairro Alto, a rua Santo Antônio é calçada, mas não tem saneamento básico. O esgoto a céu aberto é uma realidade de vários bairros da cidade. O crescimento desorganizado em alguns loteamentos mais afastados do centro, também ocasiona construções sem a estrutura básica de esgotamento sanitário.
 
O esgoto, além de ser prejudicial à saúde, também contribui para poluição do meio ambiente. Há centenas de residências com esgoto encanado para Rio Preto, região baixa do centro da cidade, que quando chove alaga e prejudica vários moradores ribeirinhos. O problema de moradias não é apenas de infraestrutura, mas sim a quantidade.
 
Segundo corretores que atuam em Santa Rita, a principal característica da cidade é a falta de imóveis estruturados, com saneamento, calçamento e abastecimento de água. A carência de imóveis ocorre principalmente no centro da cidade, onde praticamente não há prédios.
 
A cidade experimenta a supervalorização de imóveis. Os preços dos terrenos estão em alta, mesmo em bairros afastados sem nenhuma estrutura custam em média de R$ 25 a R$ 30 mil; em terrenos de condomínios fechados já chegam a R$100 mil.
 
O alto preço dos terrenos pode ser um dos fatores que contribui para amarrar o desenvolvimento da construção civil no município. (Com colaboração de Valéria Sinésio)


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