Muitas casas ainda utilizam fossas como esgotamento sanitário.
Os moradores de Santa
Rita sofrem constantemente com a falta de infraestrutura. Apenas 27.544
das 43.249 residências (zona urbana e rural) são ligadas à rede geral de
abastecimento de água e esgoto. Muitas casas ainda utilizam fossas como
esgotamento sanitário.
Em algumas casas onde há abastecimento, a água chega em horários
irregulares. No açude da cidade, também chamado de balneário, a água é
utilizada pelos moradores para a lavagem de roupas, mas o local também
virou ponto turístico da cidade, e, nos fins de semana, centenas de
pessoas tomam banho no local.
Maria Marta da Silva, 69 anos, aposentada, lava roupa desde
adolescente no açude, já que na sua residência a água encanada chega em
pouca quantidade e ela enche recipientes para os dias em que há falta.
“A água que vem é bem pouquinha, daí eu junto em todos os baldes, pois
às vezes falta até três dias seguidos”, explicou a aposentada.
Além da falta de água constante, o esgoto a céu aberto não é novidade
para os moradores de algumas ruas da cidade. No bairro Alto, a rua
Santo Antônio é calçada, mas não tem saneamento básico. O esgoto a céu
aberto é uma realidade de vários bairros da cidade. O crescimento
desorganizado em alguns loteamentos mais afastados do centro, também
ocasiona construções sem a estrutura básica de esgotamento sanitário.
O esgoto, além de ser prejudicial à saúde, também contribui para
poluição do meio ambiente. Há centenas de residências com esgoto
encanado para Rio Preto, região baixa do centro da cidade, que quando
chove alaga e prejudica vários moradores ribeirinhos. O problema de
moradias não é apenas de infraestrutura, mas sim a quantidade.
Segundo corretores que atuam em Santa Rita, a principal
característica da cidade é a falta de imóveis estruturados, com
saneamento, calçamento e abastecimento de água. A carência de imóveis
ocorre principalmente no centro da cidade, onde praticamente não há
prédios.
A cidade experimenta a supervalorização de imóveis. Os preços dos
terrenos estão em alta, mesmo em bairros afastados sem nenhuma estrutura
custam em média de R$ 25 a R$ 30 mil; em terrenos de condomínios
fechados já chegam a R$100 mil.
O alto preço dos terrenos pode ser um dos fatores que contribui para
amarrar o desenvolvimento da construção civil no município. (Com
colaboração de Valéria Sinésio)
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