Depredação é um dos principais fatores a ser combatidos para preservar os bens tombados, além da ação do tempo.
A importância
histórica e artística dos patrimônios nem sempre é respeitada e a
depredação é um fator a mais a ser combatido para preservar os bens
tombados. Não bastasse a própria ação do tempo que por si só já desgasta
as estruturas, os templos religiosos muitas vezes sofrem com pichações e
outro tipos de intervenções praticadas por vândalos.
O problema pode ser identificado no complexo São Francisco,
localizado em João Pessoa, segundo afirmações do diretor Monsenhor
Ednaldo Araújo.
“Fazemos tudo o que está ao nosso alcance para manter o prédio em
boas condições, mas não temos como conter o que é feito na área externa.
Infelizmente, ainda há pessoas dispostas a prejudicar um edifício com
mais de 400 anos que é um verdadeiro tesouro da nossa cidade”, lamenta.
Monsenhor Ednaldo Araújo cita como exemplo de depredação a situação
dos azulejos portugueses que decoram o páteo. “Os murais do interior do
centro estão conservados, mas o mesmo não pode ser dito dos que ficam no
ádrio. Os vândalos descolam peças ou escrevem o nome em cima. O
cruzeiro também é um alvo, as pessoas sobem nele para tirar foto ou
fazer pichações”, conta.
Para o diretor do complexo São Francisco, essas práticas são
resultado de uma cultura que não valoriza seus próprios bens. “É
necessário investir em educação patrimonial nos estágios básicos da
escola, para que as crianças cresçam sabendo respeitar e valorizar tudo o
que está no espaço público”, pondera.
O complexo barroco de São Francisco possui 7 hectares de dimensão e
compreende as igrejas de Santo Antônio e São Francisco, as capelas de
São Benedito e a dourada, o relógio do sol, a fonte de Santo Antônio, o
convento de Santo Antônio e também o ádrio e o cruzeiro que ficam na
parte externa. Tudo está inserido em uma reserva de Mata Atlântica.
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