sábado, 20 de outubro de 2012

Rebanho cresce, mas seca reduz

Dados divulgados pelo IBGE mostram que rebanho cresceu acima do Nordeste e da média nacional, contabilizando 1,354 milhão de cabeças.

 


Francisco França
Rebanho deverá sofrer forte redução devido à estiagem, que atinge as regiões do Sertão, Seridó e do Cariri
Apesar do efetivo bovino paraibano ter registrado alta de 9% no ano passado, o rebanho deverá sofrer forte redução devido à estiagem, que atinge as regiões do Sertão, Seridó e do Cariri, segundo a Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa). Os dados do levantamento intitulado “Produção da Pecuária Municipal 2011”, divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o rebanho, que cresceu acima do Nordeste (2,85%) e da média nacional (1,6%), contabilizou 1,354 milhão de cabeças no ano passado contra 1,242 milhão em 2010. A Paraíba tem apenas o sexto rebanho bovino do Nordeste.

“A tendência é que esses números diminuam este ano entre 20% e 30%, pois não há previsões de chuvas até fevereiro do próximo ano. Os pequenos produtores estão vendendo os animais ou mandando para outras regiões e também não estão comprando mais. Estive com produtores de Catolé do Rocha, um dos dez municípios com maior rebanho bovino do Estado, e alguns deles me confessaram perdas de até 30% do gado tanto em vendas ou em decorrência da morte de alguns animais”, revela o presidente da Faepa, Mário Borba, que estima em até quatro anos o período necessário para que o Estado recupere as perdas da estiagem deste ano. Somente no ano passado, a Paraíba acrescentou 112 mil animais no rebanho bovino, melhor performance entre os animais de porte grande.

Segundo o dirigente, os números positivos registrados no ano passado podem ser atribuídos aos invernos regulares da década passada (2000 a 2010), que elevaram a produtividade de leite, do efetivo do rebanho bovino, de vacas para ordenha, que foram considerados bastante favoráveis para a criação de animais.

“Tivemos invernos acima da média até 2010, o que aumentou bastante o rebanho até o ano passado”, comentou.

O rebanho de ovinos acompanhou também a alta, que passou de 433 mil, em 2010, para 447,4 mil em 2011, registrou variação de 3,2% e manteve o Estado na sexta posição do Nordeste. Quanto à criação de caprinos, mesmo tendo registrado uma queda de 3,2% em 2011, a Paraíba segue com o quinto maior rebanho (de médio porte) do país. O IBGE registrou, no ano passado, 580,807 mil cabeças do animal contra as 600,607 mil de 2010.

Segundo ainda o estudo, mesmo sendo apenas o sexto maior estado nordestino em vacas ordenhadas (259,283 mil em 2011), a Paraíba tem uma das melhores taxas de produtividade de leite do Nordeste, ocupando a quarta posição. O índice paraibano é de 938 litros de leite por vaca ao ano. Já o Nordeste tem uma produtividade de 833 litros/vaca/ano, o que representa uma taxa 11% abaixo da Paraíba produzido por vaca ano.


 

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