quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Representantes do MST ocupam sede da Sudema em João Pessoa

24/10/2012 12h37 - Atualizado em 24/10/2012 17h44

Movimento pressiona o órgão para agilizar licença ambiental.
Manifestação também aconteceu em rodovias federais do Sertão.

Do G1 PB

Manifestantes disseram que só deixariam a sede da Sudema após um acordo para a liberação de licença ambiental (Foto: Jorge Machado/ G1)
Manifestantes ocuparm  a sede da
Sudema para pedir licença ambiental
(Foto: Jorge Machado/ G1)
Militantes do Movimento Sem Terra (MST) ocuparam na manhã desta quarta-feira (24) a sede da Superintendência do Meio-Ambiente em João Pessoa (Sudema). De acordo com a assessoria do movimento, a ocupação aconteceu como forma de pressionar a Sudema para liberar licença ambiental para que cerca de duas mil famílias possam produzir nos 40 assentamentos espalhados pelo estado.

No início da manifestação, os servidores da Sudema ficaram impedidos de deixar o local, segundo Frederico Rego, advogado do órgão. "Mas, como as negociações avançaram, os manifestantes liberaram a nossa saída", afirmou.

Além da ocupação à sede da Sudema, os manifestantes do MST, cerca de 2,8 mil, segundo a PRF, também bloquearam no início da manhã desta quarta-feira (24) trechos da BR-230 no Sertão da Paraíba.

Reprentantes do Incra, Sudema e do MST participaram de uma reunião na sede do órgão (Foto: Jorge Machado/ G1)
Reprentantes do Incra, Sudema e do MST participaram de
uma reunião na sede do órgão (Foto: Jorge Machado/ G1)
De acordo com a PRF, as duas faixas da rodovia federal ficaram interditadas, provocando intenso congestionamento entre as cidades de Sousa e Aparecida, no Sertão paraibano. Também, segundo a PRF, foi palco da manifestação do MST trechos próximos a Olho d'Água, no Vale do Piancó.

Segundo o MST, as famílias lutam pela licença ambiental há cerca de quatro anos. “Não há como a gente produzir sem a licença ambiental. As famílias estão sobrevivendo graças a cestas básicas doadas pelo governo ou contando com a solidariedade de outros assentamentos”, afirmou Heloisa de Souza, do MST.
 
A superintendente da Sudema Laura Faria disse que o impasse está em se formalizar um Termo de Ajustamento de Conduta que congreguem todos os órgãos quanto à licença para que os assentados possam produzir. “Estamos na elaboração de um tac que condiciona várias situações, para que órgãos como a Sudema, Incra, Ibama e Ministério Público Federal cheguem a um denominador comum”, afirmou.


Às 12h, a sede da Sudema foi desocupada, segundo a assessoria do MST, foi assinado um acordo que delimita a área em que deve haver atividades produtivas. Em reunião, estavam o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Sudema e representantes do MST. “Com esse acordo, acreditamos que o processo de licença ambiental seja agilizado", disse Heloisa de Souza.

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